NEVER HAVE I EVER ✧ #2

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⌜ ~ ‹ ( SEGUNDO CAPÍTULO ) ›~ ⌟

Eu nunca

Me torturei mentalmente por ser burra

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EU NUNCA SENTI TANTO PÂNICO IGUAL ESTAVA SENTINDO AGORA

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EU NUNCA SENTI TANTO PÂNICO IGUAL ESTAVA SENTINDO AGORA. Sério.

Eu andava em círculos no meio do quarto, como uma fera enjaulada. Meu cérebro estava em pane total. Os passos que eu dava eram mais como uma tentativa desesperada de me lembrar como isso tinha acontecido. COMO? Apenas como eu havia sido burra o suficiente para esquecer algo tão importante lá, no antro do caos. A única coisa que realmente me importava. A caixinha de música da minha avó.

── Você é uma completa imbecil. ── gritei, enfiando os dedos no cabelo.

Girei mais uma vez. Como eu pude deixar isso acontecer? Aquele idiota ja devia estar rindo, debochando de mim enquanto segurava a caixinha como se fosse algum tipo de prêmio. Eu podia imaginar o sorriso irritante dele agora, aquele maldito sorriso presunçoso que ele carregava como uma assinatura.

Droga, droga, droga! Mas que merda!

Finalmente, parei de andar igual uma barata tonta e me joguei na cama, sentindo uma perna balançar descontroladamente, enquanto mordia a unha do polegar sem perceber. Entre todas as coisas que eu podia ter esquecido naquele quarto ── roupas, livros, até o carregador do celular ── como eu pude deixar justamente a minha caixinha lá?

Minha mente parecia focada em me torturar com todas as cenas possíveis do que ele poderia estar fazendo com a minha caixinha. E se ele quebrasse? E se ele jogasse fora? Ou pior, e se ele começasse a tocar a música toda vez que eu passe pelo corredor, só para me atormentar?

── Genial, Torami ── resmunguei ── Simplesmente brilhante!

Me peguei mordendo ainda mais forte a unha, até o gosto amargo me lembrar de que eu não devia fazer isso. Soltei um longo e frustrado suspiro, tentando me acalmar.

Como eu vou voltar lá e pegar sem passar pela maior humilhação da minha vida? O cara──possivelmente── já me achava completamente louca. Invadi o quarto dele, chutei uma parte importante, discuti com ele e saí de lá batendo a porta como uma adolescente rebelde, a situação não estava nem um pouco favorável para mim. Agora, eu teria que engolir todo o meu orgulho e voltar lá, de cabeça baixa, pedindo pela minha preciosidade.

Abri os olhos encarando o teto com um certo desespero.

── Será que eu posso viver sem ela? ── murmurei, num lampejo de esperança. ── Talvez eu possa só... esquecer que a caixinha existe.

𝙉𝙀𝙑𝙀𝙍 𝙃𝘼𝙑𝙀 𝙄 𝙀𝙑𝙀𝙍, shinichiro sanoOnde histórias criam vida. Descubra agora