Fé à prova

Capítulo 2 - "Senhor, por favor..."

Você até pode pensar que Mary caiu de uma montanha - russa de mais de 6  metros, mas não, ela foi salva à tempo mas antes de ser socorrida, antes de os bombeiros armarem a escada até mesmo antes deles chegarem ela já orava uma oração que seu pai, pastor da Igreja Batista de Nova Iorque a ensinou

"Senhor, por favor… cuide da minha família, meus amigos e de mim senhor"

Já escutei uma irmã da minha igreja dizer que: "a oração das crianças aparenta chegar mais rápido no céu né…", é verdade depois da oração os bombeiros chegaram imediatamente. Pode ser que alguns pensem que foi uma coincidência, mas eu imagino que foi a Mão de Deus que estava guiando os bombeiros. Mary desceu segura de que seus pais não a levariam num parque de diversões denovo nem tão cedo.
Em outras palavras, ela teve que ficar de terapia por muito tempo .
Seu pai quando soube de tudo que aconteceu naquele dia ficou perplexo.

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— "Vamos começar, o que você vê nessa imagem"

A terapeuta mostrou uma imagem retorcida. Esta ao ver de Mary parecia uma mancha de sangue.

— "Parece… sangue"

A terapeuta porém nada disse, apenas escreveu na sua prancheta e Mary ficou sem jeito.

— "Pensando melhor…"
— "Não Mary, você disse o que pensa… e está certa ao seu ver"

Mary depois dessa rebatida achou melhor acabar com a sessão

— "Olha tá ficando tarde, é melhor eu ir para casa"
— "Claro Mary, na sua vontade. Eu também preciso ir embora"
— "Ok então, adeus senhorita Margareth"
— "Tenha um bom dia, aliás, boa noite"

Mary naquele instante estava se sentindo estranha, é claro que ela acabava de sair da terapia mas… aquela noite parecia ser mais mórbida e diferente das outras e só eram 6:30 da tarde

De repente Mary sentiu que estava sendo que estava sendo perseguida mas quando se virou para olhar percebeu que era seu velho amigo Bob.

Bob era um cara que não era cristão mas nunca gostou de se envolver em brigas ou em drogas ( o que era recorrente nas ruas de Brooklyn), ele era o "santo" da família e é claro que um garoto negro, alto e de boas atitudes como essas não era fácil de se encontrar

— "Oi Bob!"
— "Qualé cê sabe que meu nome é Roberto"
— "É claro, eu me acostumei com esse apelido depois que nós se tornamos melhores amigos"
— "Mas enfim, cê tá indo pra casa agora?"
— "Tô sim"
— "Eu posso te acompanhar até lá, eu tô com umas coisinhas pra fazer lá em casa, mas eu posso levar você até o seu apê"
— "Valeu Bo… Roberto"
— "De nada qualquer coisa é só chamar"

Enquanto eles caminhavam até a casa de Mary eles conversavam sobre a vida, escola e futuro trabalho. Mary disse que pretendia trabalhar numa biblioteca do Distrito de China Town e Bob gostaria de ser um garçom num restaurante de Harlem.

— "Garçom?!"
— "Sim, algum problema?"
— "Você cozinha muito bem, acho que não deveria desperdiçar esse talento numa mera vaga para ser garçom"
— "Você acha?"
— "É claro, aquele frango que você cozinhou pra o evento da escola tava maravilhoso!"
— "É se você diz… vou tentar"

De repente lá estavam eles no Edifício de Mary

— "Nossa! Nunca tinha percebido o quão grande era o seu prédio"
— "Pois é, enfim até amanhã Roberto"
— "Até amanhã Mary"