Quando encerramos o ensaio de hoje, todos foram embora e eu fiquei para conversar e combinar como seria com o Miguel. O que durou umas horinhas e já estavam arrumando esse lugar para começar, pelo que prece, a '' balada' noturna que tem dos motoqueiros.
Arrumo as minhas coisas, pego e começo a ir na direção da saída, passando por aqueles dois. Na porta, sinto segurarem a minha cintura e olho para quem foi, um homem moreno de cabelos estilo militar, tatuado e com a jaqueta do clube do tio Jamal.
É um pouco difícil falar que agora é deles.
-- E aí princesa. - Me seguro para não fazer careta pelo, princesa.
-- Tira a mão. - Sinto os meus pelos se arrepiarem quando sinto um peitoral batendo contra mim.
O moreno sem pensar duas vezes, tira e abaixa a cabeça, murmurando um pequeno '' foi mal, chefe''. Reviro os olhos e saio andando não esperando, Santigo dizer algo a mais.
-- Ale? Espera aí. - Finjo não ter escutado. - Ale? - Continuo andando e coloco meus fones, mas sou alcançada e virada para ele. - Pequena, por favor. - Solto um suspiro.
-- O que você quer? - Me solto dele, tirando um dos fones do ouvido.
-- Me escuta, por favor. - Pede se aproximando, mas me afasto. - Pequena .... - O corto.
-- Fale de uma vez, Santiago. - Mando.
-- .... Olha, eu sei que está brava, chateada e magoada, eu sei.... Eu não concordo, totalmente com as coisas que o Juan disse, ainda mais que mereceu seja lá o que você passou lá. - Fico quieta. - Eu não sei o que você passou, não sei o que aconteceu.... Eu cheguei a ficar com raiva por achar que você não queria mais voltar, somente isso que passava pela minha cabeças esses anos todo e .... Quando voltou, eu não sabia muito bem o que fazer, como falar, entende? - Me olha nos olhos e noto um certo receio e medo.
-- Tô tentando. - Falo.
-- Eu sei que você não vai falar, eu te conheço, e por te conhecer, sei que não iria ficar lá por querer, você sempre deixou claro que a sua vida, a sua alegria era aqui .... - Se aproxima devagar, mas dessa vez não me afasto. - Somente fiquei com raiva por achar que não queria mais voltar, por isso que fiquei quieto quando Juan começou a falar. - Abaixa o olhar.
-- Não ficou tão quieto assim, não é? - Arqueio a sobrancelha, me referindo aos machucados que estava no rosto do Juan.
-- Ele mereceu um soco. - Dá de ombro.
-- Aquilo não foi um soco só. - Sorri de lado.
-- Talvez tenha exagerado, com dois a três socos. - Reviro os olhos.
-- Já disse que os dois não tem que ficar brigando. Ainda mais você batendo nele com tanta brutalidade. - Cruzo os braços.
-- Me desculpe. Mas sabe que tem alguém que faz nós brigarmos. - Me encara.
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Na mira deles
ФанфикO que faria, se os seus melhores amigos estivessem apaixonados por você?