Hey, Diary.

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Kugisaki estava revirando as malas que sua avó havia feito, procurando um batom que ela perdeu há meses, e só agora precisou dele.

O motivo? Porque ela iria comprar alguns mimos para sua queridinha Mak... Torrar o dinheiro de Fushiguro e Itadori!

Isso, ela iria para o shopping com seus amigos, para falir eles. E comprar alguma coisa para Maki.

Mas esse, com certeza, não era o objetivo principal daquele rolê!

- É SÓ UM BATOM, NÃO DEVERIA SER TÃO DIFÍCIL! - Nobara reclamou, arremessando sua mala em Yuuji, que estava mais interessado no celular e nem percebeu a bolsa, que parecia pesar mais que ele, batendo com tudo na cara dele.

- Ai! - O rosado choramingou, caindo com tudo no chão com a força do impacto. - Pra quê toda essa agressividade?!

- Dá pra parar de stalkear o Fushiguro por, pelo menos, um minuto e me ajudar aqui?! - Kugisaki exclamou, pegando a bolsa de volta e vasculhando ela, pela décima vez.

- Eu não tava stalkeando o Fushiguro, tá?! - Itadori retrucou. - Eu só tava vendo o story que ele postou ontem.

Nobara arqueou uma sobrancelha.

E ele achava que aquilo era o quê?!

- Tá, tanto faz, pega aí meu batom. - A de cabelos castanhos revirou os olhos e pediu, estendendo o braço na direção dele.

- Nossa, nem sabia que você conseguia escrever. - Yuuji comentou, pegando um caderno que havia caído da mala quando Kugisaki a arremessou em seu amigo.

- Filho da puta, vai procurar meu batom e deixa essa merda pra lá! - Nobara reclamou, puxando o livro das mãos de Itadori. - Eu te empresto um pouco do meu blush se você achar o caralho desse batom.

- Fechado!

...

- Poisé, tipo, o Inumaki é tão fofinho tentando falar algumas coisas, sabe? - Okkotsu sorriu e comentou. - Como ele poupa muito a fala, tem algumas palavras que ele não consegue dizer direito.

- Aham, tá, e daí? - Maki indagou, arqueando uma sobrancelha, enquanto quase morria de tédio em ter que ficar com a mão parada, para que o moreno conseguisse pintar as unhas dela sem borrar.

- E aí que ele é muito fofinho tentando falar meu nome! - Yuta respondeu, animado. - Tipo, ele fica dizendo: Yuuda. E é muito fofinho!

E então Maki Zenin chegou a uma conclusão.

Yuta Okkotsu só era divertido quando estavam treinando, porque, puta merda, não era nada interessante ficar quase meia hora falando sobre como Inumaki era fofo tentando falar algumas palavras.

Ele sabia que Maki estava pouco se fodendo para aquilo?

...
Diário.
...

Já vou avisando que tô escrevendo essa bosta na base do ódio, porque o jumento do itadori nao ta achando meu batom e eu tô precisando de algo pra me distrair pra nao jogar esse caralho na cabeça dele

Eu queria comprar algo bem foda pra Maki hoje, porque na próxima semana vai ser o aniversário dela

E EU VOU DAR O PRESENTE MAIS FODÁSTICO DE TODOS PRA ELA

Finalmente um homem com um mínimo de bom senso chegou aqui (só tem o mínimo, porque é de conhecimento público que homens são jumentos (⁠ ⁠ꈍ⁠ᴗ⁠ꈍ⁠)

Enfim, ME AGUARDE, EU VOU VOLTAR AQUI COM O MELHOR PRESENTE DE TODOS PRA MAKI, OU NÃO ME CHAMO NOBARA KUGISAKI

...

- Eu tô até com medo de perguntar, mas... - Fushiguro suspirou e começou, entrando naquela zona que estava o quarto de Kugisaki. - ... O quê tá acontecendo?

- Batom. - Yuuji sorriu e respondeu, terminando de revirar a bolsa de Nobara.

- Quê? - O moreno arqueou uma sobrancelha.

- É, essa idiota perdeu o batom dela e disse que só ia sair se estivesse com a merda desse batom! - Itadori apontou para Kugisaki, que estava sentada em sua cama, terminando de escrever naquele caderno que eles acharam há um tempo atrás.

- Idiota é você, stalkeando o Instagram do Fushiguro. - Nobara revirou os olhos e retrucou, fechando o livro.

Megumi respirou fundo, se escorando no portal da porta.

- E como era o tal batom? - O mais novo indagou.

- Era um vermelho da Mari Maria. - Ela respondeu.

Fushiguro franziu o cenho, tirando algo do bolso.

- É esse aqui? - O moreno perguntou, pegando o bendito batom do bolso.

- Ah, valeu, Fushiguro! - Kugisaki sorriu e agradeceu, se levantando e pegando o batom de volta. - Até que é verdade que só mulheres e gays são inteligentes. - Ela comentou.

- Ei! - Yuuji reclamou, parecendo ofendido por ser o único bissexual da turma.

- Onde tava? - Nobara indagou, ignorando Itadori.

- Achei no quarto da Kurusu, e peguei emprestado. - Megumi respondeu, dando de ombros e coçando a nuca.

E aquela resposta foi o suficiente para fazer Yuuji lançar um olhar para o garoto.

- E o quê você tava fazendo no quarto da Kurusu? - O rosado perguntou, franzindo o cenho, e falando em um tom meio enciumado.

- Pintando as unhas.

- Aah, tá! - Itadori exclamou, como se aquilo fosse um código para alguma coisa. - Entendi, é, melhor mesmo.

Kugisaki arqueou uma sobrancelha.

Aquele quebra-cabeça estava estranho, e quem começou ele vai ter que terminar.

O Diário de Nobara Kugisaki - NobamakiOnde histórias criam vida. Descubra agora