EM ANDAMENTO | 𝘩𝘺𝘶𝘯𝘤𝘩𝘢𝘯 & 𝘴𝘦𝘶𝘯𝘨𝘪𝘯
Christopher pensava em mudar seu estilo de vida após quase ser preso durante sua primeira grande turnê mundial, por se envolver em uma corrida de apostas nas ruas de Seattle. Decidido em dar um tempo...
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Nada no mundo iria explicar a sensação de estar atrás daquele volante enquanto mirava os olhos de Hyunjin, estava longe, mas Christopher conseguia imaginar que brilhavam tanto quanto às estrelas naquela noite, tanto quanto o dia em o fez ir ao céu no quarto vermelho. Ainda era cedo para dizer que tudo havia dado certo, mas a sensação era de que nada daria errado.
— Aí, você pega o Rolls-Royce?
Hyunjin voltou sua atenção à garota que tirava as capas que cobriam os carros. Eram tão bonitos que precisava de um tempo para processar seus detalhes. Seu sorriso crescia ao que suas mãos deslizavam pela lataria vermelha polida do carro.
— La Rose Noire Droptail, Rolls-Royce, motor V12 biturbo de 6,75 litros, gera 600 cavalos de potência e 840 Nm de binário máximo!! — Dizia analisando com calma enquanto Chae cruzava os braços ouvindo sua aula. — Não é o tipo de veículo que usaria pra correr, mas exibiria minha puta nele, ela usaria seu vestido mais vulgar, contrastando com esse vermelho elegante e disputando pra ver quem é mais atraente.
— Lisa... — A garota murmurou quase inaudível.
— Aquela vadia, e ele é todo seu tá... — Sem cerimônias se dirigiu até o segundo carro, um Porsche 911 GT3 RS preto fosco, este que também carrega toda sua valiosidade poética. Entrou logo, sem descrições e a garota não o questionou sobre nada. — Atenção galera, a gente vai sair!! — Anunciou.
Os carros de Christopher e Eric abriram caminho, se alinhando respectivamente atrás dos carros de Felix e Jeongin nas laterais do caminhão. Chaeryeong foi a primeira a se preparar, acelerava com os pés no freio ao mesmo tempo, prendendo o carro, a fumaça causada pelo atrito do pneu começava a subir, e o som era agradável aos seus ouvidos. O contêiner se moveu levemente logo chamando atenção do motorista.
Pensavam que ele nunca iria se tocar. Mas era tarde demais pra pensar em agir ou fazer qualquer coisa que fosse para impedir aquele roubo bilionário. O homem encarregado de dar sua vida pelas máquinas murmurou suas lamentações "porra eu tô fodido, esses filhos da puta me fuderam". E se perguntava onde estavam os imprestáveis, pagos para ajudar na proteção dos veículos.
Talvez tenham morrido? Ele não sabia, não poderia dizer nem queria pensar. Mas estava desesperado, a princípio, mesmo sabendo os procedimentos e ordens a seguir. Não poderia chegar sem a mercadoria, o dinheiro que ganhava com aquele trampo não chegava perto do prejuízo. Deveria matar se necessário.
Quando Chaeryeong soltou o freio, o Rolls-Royce vermelho, entre vinho e sangue, saltou para fora do caminhão, e ela gritava comemorando já no controle do carro que nunca imaginou dirigir em sua vida, muito menos numa situação como essa. A troca rápida de marcha e o giro habilidoso do volante virava o carro na pista deixando leves marcas de pneu.
