Ao sair do banho, Alessandra encontrou Giovanna ainda sentada na cama, mexendo no celular com um sorriso suave. O olhar de Alessandra percorreu o corpo de sua namorada, que estava envolta em uma toalha.
— Oi, amor, já terminou? — perguntou Giovanna, com um brilho travesso nos olhos.
— Humrum — respondeu Alessandra, se aproximando de Giovanna, tirando o celular de sua mão. Ela se inclinou e deu um beijo suave em seus lábios. Sem perder tempo, Giovanna puxou a toalha de Alessandra e a deitou na cama.
O momento íntimo, porém, foi interrompido por batidas na porta e a voz de Áurea, cortante como uma lâmina.
— As duas coelhas acordaram? — Áurea perguntou, com um tom de brincadeira que não combinava com a tensão no ar.
— Acordamos sim — respondeu Alessandra, tentando disfarçar a frustração. Giovanna fez uma careta, a raiva pela interrupção evidente em seu rosto.
Alessandra se levantou, vestindo uma roupa rapidamente, e abriu a porta. Áurea entrou, sua expressão carregando um peso que não passou despercebido.
— Cadê a Vivianne? — Alessandra questionou, notando a ausência da amiga.
— Ela não quis vir... preciso conversar com vocês duas — disse Áurea, a seriedade em seu olhar alarmando Alessandra.
— Aconteceu algo? Brigaram? — perguntou Giovanna, o nervosismo se instalando.
— Na verdade, não. Preciso te perguntar uma coisa — respondeu Áurea, desviando o olhar.
— Pra mim? — Giovanna franziu a testa, confusa.
— O que rolou entre você e Vivianne?
Alessandra franziu as sobrancelhas, um frio na barriga sugerindo que o pior poderia ser verdade. Giovanna olhou para Alessandra, balançando a cabeça, seu sorriso nervoso revelando mais do que queria.
— Amor, calma, não é nada disso! — disse, tentando tranquilizar Alessandra.
— Ah, ufa... então o que é? — Alessandra sentiu um alívio momentâneo, mas a inquietação ainda persistia.
— Vivianne disse que é uma história antiga e que, se você não der consentimento, ela não poderá contar... e então...
— O que é? — pressionou Alessandra, segurando a mão de Giovanna em um gesto reconfortante.
Giovanna, no entanto, estava com a perna tremendo e o lábio inferior preso entre os dentes, como se as palavras fossem veneno em sua boca. O suor escorria por suas mãos, e o nervosismo a dominava.
— Giovanna, o que foi? — Alessandra fez um carinho em sua mão, tentando acalmá-la. — Amor, não precisa ficar nervosa. Seja o que for, eu não vou ficar com raiva.
— Eu não garanto — Áurea interrompeu, seu tom sombrio provocando um arrepio.
— Chama a Vivianne — disse Giovanna, finalmente quebrando o silêncio, a voz trêmula.
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No outro lado do sítio, Gabriela tentava aliviar a tensão que cercava Bettina, percebendo seu nervosismo.
— E então, Bettina, o que você gosta de fazer no seu tempo livre? — perguntou Gabriela, com um sorriso gentil.
— Ah... eu leio, toco piano e às vezes gosto de desenhar — respondeu Bettina, hesitante.
— Sério? Qual é o seu estilo de desenho? — Gabriela encorajou, desejando quebrar o gelo.
Bettina riu, um pouco envergonhada.
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Luxúria feminina - Giovanna Antonelli e Alessandra Negrini
Roman d'amourPrólogo Giovanna e Alessandra se conhecem nos estúdios da novela "Travessia" e desde lá viraram super amigas. O tempo foi passando e Alessandra se viu apaixonada por sua colega de trabalho. Os sentimentos eram recíprocos mas elas decidiram ter um ro...