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Bella Swan

O tempo parecia que havia congelado. Talvez fosse efeito da presença de quem estava na minha frente. O efeito que só ele me causava.

Engoli em seco. O ar quis me faltar as lembranças vieram em minha mente, meu corpo  não respondia aos meus comandos.

O mesmo removeu os óculos escuros que revelou seus olhos que estavam mascarados com uma lente verde. Ainda mais bonitos doque antes.

–Eles são $10 (dez dólares). —Respondi quase sussurrando.

O mesmo me olhou estreitando os olhos me observando e colocou a nota sobre o balcão e virou as costas.

–Porque voltou ? —Perguntei baixo.

O mesmo me olhou com um sorriso ladino me observando. E após o que me pareceram longos segundos respondeu.

–Voltei para terminar o que eu devia ter terminado a anos atrás. —Respondeu frio com um olhar gelido e virou as costas e saiu porta a fora.

Terminar o que deveria ter terminado? Ele iria me matar? Demetri me mataria? Então esse era o preço que eu pagaria pela minha covardia. Pensei abaixando a cabeça sobre o balcão soltando o ar dos meus pulmões.

Eu estaria condenada?

Demetri Volturi

Fechar a porta que estava atrás de mim foi como arrancar uma parte minha. Aquilo era agonizante, morrer certamente era menos doloroso.

Oque diabos eu vim fazer em Forks? Que inferno .

As dúvidas no tom de sua última pergunta me despedaçaram. Ela estava com medo, e com medo de mim.

Olhei uma última vez para trás para finalmente virar as costas e sair da frente da loja.

Terminar o que eu deveria ter terminado. Quem eu estava querendo enganar? —Pensei observando a fina garoa que agora caia sobre o parabrisa do carro.

Fiquei parado naquele estacionamento pelo que me pareceu um longo tempo. Eu precisava agir, precisava ser forte, precisava ser corajoso.

Estava perdido em meus pensamentos quando o celular me resgatou dos meus devaneios.

–Mestre.

–Demetri. Onde você está? Não me diga que você irá fazer oque todos da guarda estão falando. —Aro perguntou confuso.

Respirei fundo ainda olhando a faixada da loja.

–Eu preciso! —Respondi frio desligando o celular.

Passei anos esperando a minha companheira, cheguei a cogitar que jamais haveria uma metade que me completasse, Talvez fosse melhor se realmente não existisse uma.

Minha mente era assombrada todos os dias, quando eu fecho os olhos posso vê-la, meus dias são assim desde o maldito dia que vi a humana em volterra suplicando pela vida do maldito telepata.


...


Covarde.


Covarde! Minha mente gritava enquanto eu observava a humana dormir em minha frente. Tão frágil, tão tola, aquilo seria fácil muito fácil, Se não fosse Isabella que estivesse ali dormindo profundamente.

–Droga. — Sussurrei.

Me sentei da mesma cadeira que usei quando pisei pela primeira vez no quarto, parecia igual a a anos atrás. Fiquei longas horas ali de olhos fechados tentando compreender a minha covardia.

–Demetri?

A voz doce que assombra meus dias me despertou do meu devaneio.

–O que está fazendo aqui? Precisa de algo?

Silêncio foi a minha resposta.

–Você precisa conversar algo comigo?

Silêncio...

Eu pude ouvir a respiração de Bella falhar. Não precisava olhar em seus olhos para saber que ela estava com medo, com medo de mim.

Levantei os olhos lentamente e finalmente encarei a figura despenteada da garota sentada sobre o leito da cama me olhando.

–Sabe, Isabella... Eu acho você uma criatura tão miserável, tão insignificante... Mas mesmo assim estou fadado a viver uma eternidade em agonia por amar você. —Falei levantando da cadeira. Movimento que fez a mesma recuar.

Os olhos da garota brilhavam com as lágrimas que brotavam na raiz dos seus olhos, a respiração  vacilante, o corpo encolhido.

Eu havia magoado ela, Havia jogado qualquer esperança de recomeço no lixo.

Desviei o olhar para a janela e vi as poucas folhas da árvore dançando com o toque do vento sobre elas.

–Queria jamais te-la conhecido algum dia, Isabella. Jamais quis ter uma criatura tão medíocre como companheira.—Falei sentindo meu peito queimar.

Soluços eram o único som que pude ouvir. Soluços embalaram a dor que me atingia a cada palavra cortante.

Seria mais fácil assim, eu pensava como um conforto. Seria mais fácil.

Virei uma última vez para vê o rosto da garota que chorava em silêncio ainda no mesmo lugar. Me aproximei e abaixei observando aqueles olhos de um castanho tão intenso que pareciam me engolir.

–Eu posso aceitar o fato de você nunca me amar, ou nunca ter amado. –Falei vendo a última lágrima solitária escorrer pela bochecha rosada da garota.

–Mas eu te amo, Demetri... Eu te amei desde o primeiro dia que meus olhos te encontraram.

Continua....




Notas:

Olá... Tudo bemm??? Amores capítulo curtinho pra vocês. Desculpem a demora para atualizar.

Aproveitem a leitura. Votem e deixem o comentário de vocês aí. Beijinhos 😘

Cap não revisado!

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⏰ Última atualização: Oct 05 ⏰

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