- CAPÍTULO 2 -

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Os olhos são as principais chaves de entrada para o novo, é de lá que desperta a curiosidade e o desejo, num simples ato de ver um reflexo qualquer; mas o que a visão do Ji-Ho presenciou a cada passo que ele dava, estava longe de ser algo qualquer

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Os olhos são as principais chaves de entrada para o novo, é de lá que desperta a curiosidade e o desejo, num simples ato de ver um reflexo qualquer; mas o que a visão do Ji-Ho presenciou a cada passo que ele dava, estava longe de ser algo qualquer. As paredes eram banhadas por inúmeros quadros e retratos da família, o lugar não era como os hotéis que estava acostumado a ir, a pousada era mais intimista, como um poema escrito e não lido.

Seus pensamentos foram despertados por uma breve curiosidade que surgiu em sua mente.

- É neta da Verona? - questionou com os olhos presos nas molduras de formatos peculiares.

- Bem... Quando eu levantei da queda que você proporcionou, eu falei meu nome, deveria prestar mais atenção, sabia? Moro aqui na pousada, os meus pais moram na casa ao lado, se precisar de algo é só chamar. Aposto que vai gostar daqui - a ironia fazia-se presente a cada palavra e frase emitida pela Amelie. A paciência era a virtude que ela com certeza não possuía.

Por um instante ele duvidou se gostaria ou não, questionou se aquele também seria o seu lugar favorito, e se perguntou qual seria o limite da paciência da mais nova, se é que em algum momento ela era paciente.

- Mas se não gostar, você é rico o suficiente para ir embora quando quiser, fique a vontade, estarei lá embaixo. E no banheiro tem curativos se quiser colocar aí - Amelie falou rapidamente apontando para a mão dele com os olhos e em seguida saiu fechando a porta revestida por uma tintura rosa que já estava descascando.

- Ela nem respirou... - sussurrou o suficiente para ela não ouvir pelo outro lado da porta.

E lá vem ela de novo, a constante necessidade de lembrar a si mesmo que suas decisões foram certas, ou as melhores entre o ruim, o terrível e o tolerável.

- Se eu tivesse hesitado por mais um segundo, ainda estaria na Coreia. Droga! Por favor, cérebro... Pare! - esbravejou deitando de barriga pra cima na cama que se localizava próxima a uma janela de madeira, que se encontrava aberta; provavelmente o vento agressivo havia a aberto.

Minutos se passaram com suspiros saindo dos lábios finos do músico, enquanto seus pequenos olhos se prendiam ao teto. Quando se faz a escolha certa sua mente descansa, pensou o jovem.

Nunca houve uma mudança drástica na vida do rapaz, tirando sua fama que cresceu de um dia pro outro e desde então seu rosto se transformou no ideal para a capa de uma revista, mas isso não é nada, não é?

...

Decidido a ir numa jornada de descanso mental, Park forçou seu próprio corpo a sair do estado vegetativo que se encontrava.

Seu pai estava meio certo, a senhora Eun-Bin deixou algo sentimentalista, algo que foi plantado ao longo de seus 25 anos de vida. Depois de um tempo, tudo fica monótono, mas isso não quer dizer que seu eu original foi embora por completo, ele está ali, só precisa ser encontrado de novo, é como um tipo de cura, e a Park mais velha mostrou que todos precisam se dar e viver uma segunda chance.

O ECO DOS SONHOS "PERDIDOS"Onde histórias criam vida. Descubra agora