09.

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Tudo ocorreu como esperado durante a semana. Só vi Lisa nas aulas que realmente precisava frequentar. Sempre que Yejin está com Lisa, ela evita falar comigo, provavelmente porque sabe que não a suporto. Tae, por sua vez, tem passado mais tempo comigo, o que é ótimo.

Sei que pedir a uma amiga que não se aproxime quando estiver com o namorado pode parecer cruel e egoísta. No entanto, ela raramente está com ela, pois ela parece ter outros interesses além dela. Yejin não parece se importar com isso; ela apenas quer se divertir. Portanto, não vejo nada de errado com meu pedido.

Meus pais já se arrumaram e esperam os convidados na sala. Eu ainda estou terminando a maquiagem.

Escolhi um dos vestidos que comprei na minha última visita ao shopping. É de seda, numa cor semelhante ao cobre, e achei perfeito para a ocasião.

Sempre me acostumei a me arrumar bem para qualquer ocasião. Minha mãe me ensina isso desde que comecei a usar roupas, principalmente porque, para o trabalho do meu pai, é importante que eu esteja bem apresentada.

"Rosie, eles já chegaram, desça logo", minha mãe me chama antes deles entrarem em casa.

"Já estou descendo", respondo.

Logo ouço o som de novas vozes na sala, então visto meu salto rapidamente e dou uma última checada na minha maquiagem e no cabelo.

Imediatamente me lembro que Tae não chegou ainda e não sei se virá, então mando uma mensagem para ele. A mensagem não chega, e deduzo que ele deve ter tido algum imprevisto, pois ele sempre me avisa quando não pode vir.

"É uma vergonha que não nos vemos com mais frequência, somos vizinhos", ouço meu pai dizer enquanto desço as escadas.

"De fato, foi graças ao meu filho que estamos nos vendo novamente", responde o Sr. Levi.

Olho ao redor da sala e não vejo mais ninguém além do Sr. Levi, o que me surpreende, pois achei que ele chegaria com sua esposa e sua filha que chegou de viagem.

Eles param de conversar quando me veem chegando. Aproximo-me da minha mãe, paro ao seu lado e estendo a mão para cumprimentar nosso vizinho, Levi. Hesito em chamá-lo pelo primeiro nome, então espero que alguém me informe seu sobrenome para ser mais respeitosa.

"Sr. Manoban", diz meu pai.

"Por favor, me chame apenas de Levi, minha querida", ele diz, apertando minha mão. Congelo. Manoban?

"Me desculpe... Manoban?", pergunto, quase suando.

"Sim, não se lembra?", meu pai pergunta, dando-me um sinal para que eu responda que sim.

"Claro que me lembro! Foram ótimos momentos. Não sei por que paramos de nos falar", respondo.

Como eu não me lembrei? Como não me lembrei que o sobrenome do meu vizinho era Manoban? Ele é o pai de Lisa? Não pode ser...

Existe milhares de sobrenomes iguais ao redor do mundo, não é mesmo?

"Eu também não sei, mas espero que retomemos nossa amizade", disse o Sr. Manoban, olhando para meu pai e minha mãe.

"Com certeza, Levi", respondeu minha mãe. "E falando nisso, onde está sua filha?"

"Ela já deve estar chegando; chegou um pouco tarde em casa, então, a essa hora, já deve ter acabado de se arrumar."

"Enquanto ela não chega, por que não nos sentamos um pouco antes de jantarmos?" Meu pai apontou para a sala, já indo em direção a ela.

Nós todos fomos até a sala e nos sentamos. Eles começaram a conversar sobre vários assuntos, mas não prestei atenção a nenhum; só pensava se Levi era parente de Lisa. Sei que as chances disso acontecer são mínimas, mas não impossíveis, e como vou ignorá-la se ela morar na minha frente?

Minhas mãos estão suando, e há tantos pensamentos na minha mente agora que não consigo ouvir uma palavra do que dizem.

Alguns minutos depois, a campainha toca e nossa funcionária atende. Vejo então uma menina bem vestida entrando na sala. Ela tem o cabelo igual ao de Lisa, mas está arrumado; seu corpo é igual ao da Lisa, mas não veste a jaqueta; seus olhos são iguais aos de Lisa, castanhos como mel. Tudo isso faz sentido porque era ela.

Lisa acabou de entrar na minha casa para jantar com minha família. Meu maior medo se tornou realidade: a pessoa que tento evitar há dias mora do outro lado da rua.

"Pranpriya!", meu pai se levanta para cumprimentá-la.

"Sr. Lush," Lisa cumprimenta meu pai com um abraço e alguns tapinhas nas costas. "Faz tanto tempo que não nos vemos."

"De fato, minha jovem, você mudou muito durante este período."

"Concordo com o senhor; como dizem, o tempo faz bem," Lisa ri, mas não ironicamente, como se estivesse tirando sarro de alguém; desta vez, é um sorriso verdadeiro.

Meu coração começa a bater forte quando a vejo, e não sei se é porque estou ansiosa, com raiva, ou feliz. Ela está completamente diferente do que todos conhecem na escola.

Ela cumprimenta minha mãe e logo vem até mim. Meu pai percebe que estou mais nervosa que o normal e me pergunta o motivo.

"Não é nada, é que...", digo com o coração a mil. "Não esperava que fosse ela, na verdade nós estudamos na mesma escola."

"Mas eu te falei sobre ela, achei que sabia", meu pai diz com carisma.

"É que na escola ela é conhecida por outro nome", explico.

"É claro que sim", Levi diz colocando as mãos nas costas da filha. "Pranpriya sempre usou o seu primeiro nome com os amigos dela; nós da família somos os únicos que a chamamos pelo seu segundo nome."

Lisa olha para mim convencida; ela já sabia disso e, do mesmo jeito, não me contou. Ela estava falando a verdade no corredor, mas agiu como se fosse uma...

 Ela estava falando a verdade no corredor, mas agiu como se fosse uma

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Capítulo não revisado!
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𝐃𝐈𝐆𝐀 𝐌𝐄𝐔 𝐍𝐎𝐌𝐄 | ᶜʰᵃᵉˡⁱˢᵃOnde histórias criam vida. Descubra agora