First day

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Elijah escreveu alguns cálculos no quadro, e eu percebi o quão complicados eles eram para mim

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Elijah escreveu alguns cálculos no quadro, e eu percebi o quão complicados eles eram para mim. Outros alunos também pareciam confusos, alguns até atordoados com a complexidade das equações que ele nos pedia para resolver.

— Espero que vocês não tenham dificuldades com essa questão — ele disse, olhando em volta pela sala. Mas, de repente, seu olhar parou em mim, como se estivesse me desafiando.

Eu estava com o lápis na mão, mas completamente perdida. Meu rosto provavelmente refletia a confusão que eu sentia. Quando percebi que Elijah continuava a me observar, minha respiração ficou um pouco mais rápida, e desviei os olhos rapidamente, tentando me concentrar no caderno.

Caroline, sempre atenta, cutucou meu braço com um sorrisinho.

— Ei, o que está acontecendo? — sussurrou. — Você está estranhamente quieta.

— Estou só distraída — murmurei, sem querer admitir o impacto que a presença de Elijah estava causando em mim.

— Distraída, é? — Caroline lançou um olhar rápido para Elijah antes de voltar para mim. — Entendi, você está olhando muito para ele.

Fingi ignorar seu comentário, mas era impossível negar. Algo em Elijah chamava minha atenção de uma forma que eu não conseguia explicar. Ele não era apenas bonito, era imponente, misterioso. E aquilo me perturbava.

— Certo, turma, quem gostaria de vir ao quadro tentar resolver o problema? — Elijah perguntou, sua voz grave ecoando pela sala.

Como esperado, ninguém se voluntariou. A ideia de se expor na frente de todos com um problema de matemática tão complicado era assustadora, e eu definitivamente não queria ser a escolhida. Mas, para minha surpresa, Elijah me chamou.

— Elena, por que não tenta você? — ele disse, com um tom firme, mas ao mesmo tempo encorajador.

Senti meu coração acelerar. Não sabia se era pela pressão de ter que resolver um problema que eu mal entendia ou pela atenção direta dele em mim. Relutantemente, levantei-me e caminhei até o quadro, sentindo o peso dos olhares da sala inteira.

Elijah me entregou o giz, e quando nossas mãos se tocaram brevemente, um frio percorreu minha espinha. Havia algo tranquilizador em seu olhar, e por um momento, me senti menos nervosa.

— Sem pressa — ele falou, sua voz suave, como se quisesse me acalmar. — Vamos fazer isso juntos.

Eu assenti, respirando fundo. Estar tão perto dele, ouvindo sua voz tão próxima, me fez esquecer momentaneamente dos números complicados. Estava confusa, não só com o problema no quadro, mas com a sensação estranha que Elijah me causava.

Quando cheguei ao quadro, senti o cheiro suave de Elijah — algo como cedro misturado com uma leve nota de especiarias. Era envolvente, quase hipnotizante. Ele se aproximou um pouco, e eu tive que me concentrar para não perder o foco completamente. Elijah era, sem dúvida, o homem mais bonito que eu já tinha visto. Seu rosto era esculpido de forma impecável, com traços fortes e bem definidos, como se tivesse saído de uma pintura renascentista. Os olhos dele, de um castanho profundo, pareciam ver além da superfície, quase como se pudessem ler minha mente.

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