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Enquanto Marshall trabalhava em uma nova música Ana se aproximou, pegando o filho no colo. O bebê, agora com uma expressão atenta, observava o pai no estúdio Marshall olhou para eles e sorriu.

"Ele está ficando meu maior fã," Marshall brincou, olhando para o filho, que balbuciava alguns sons, tentando imitar a música.

"Você tem uma plateia fiel," Ana respondeu com um sorriso, sentando-se ao lado dele.

Marshall depois parou e virou-se para Ana, os olhos refletindo a luz suave do fim da tarde. "Eu estava pensando... essa última música que compus, *not afraid*, acho que deveria ser a última do álbum. Ela resume tudo que temos vivido ultimamente, sabe?"

Ana assentiu, ainda segurando o bebê, que agora se distraía com uma pequena bola colorida. "Faz todo o sentido. Essa música... é como uma carta de amor para tudo que construímos. Nossa casa, nossa família."

Marshall suspirou, aliviado. "Eu acho que essa é a ideia. Cada vez que eu toco, sinto como se estivesse agradecendo por tudo — até pelos dias difíceis."

Ana o observou por um instante, com o olhar cheio de carinho. "Você é tão bom em expressar essas coisas. Às vezes, eu queria ter essa mesma facilidade com as palavras. Mas acho que encontro isso nas fotos. Cada imagem captura algo que eu não consigo dizer em voz alta."

Marshall estendeu a mão e tocou o rosto dela suavemente. "Você diz tudo de um jeito que ninguém mais consegue. Suas fotos me fazem enxergar nossa vida com uma profundidade que eu nunca teria percebido sozinho."

Ela sorriu, tocada. "E você me faz ouvir coisas que nunca imaginei serem possíveis de traduzir em som."

Eles se olharam por um momento, enquanto o filho, no colo de Ana, tentava alcançar o microfone, sua risada enchendo o ar com uma alegria pura.

"Você acha que ele vai seguir nossos passos? Arte ou música?" Ana perguntou, observando o entusiasmo do filho.

Marshall riu. "Ele pode acabar fazendo algo completamente diferente, e isso também será incrível. Mas uma coisa é certa — ele está cercado por criatividade. Isso vai moldá-lo de algum jeito."

Ana suspirou, olhando para o filho com ternura. "Eu só quero que ele cresça sabendo que pode ser quem quiser, que a casa dele sempre será esse porto seguro, onde ele será amado, não importa o caminho que escolher."

Marshall concordou, a voz baixa, mas firme. "E é exatamente isso que estamos criando para ele."

De repente, o bebê soltou um gritinho animado, batendo as mãos no microfone, fazendo um som dissonante que fez os dois rirem.

"Ah, temos um rapper aqui!" Ana brincou,  Marshall disse com uma expressão teatral. "Ou talvez... ele apenas gosta de fazer barulho."

Os dois riram, e Ana se inclinou para dar um beijo na testa de Marshall. "Eu amo como você faz até os dias mais simples parecerem especiais."

Marshall olhou para ela, a expressão suave. "É porque eles são especiais, Ana. Cada momento com você e com ele... tudo isso é parte da música que estamos criando juntos."

Eles se abraçaram, a melodia da vida deles fluindo em meio aos risos do filho e ao som das teclas do piano, ecoando pela casa que agora sentiam ser o verdadeiro porto seguro que Marshall havia cantado.

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