Entre corações e confissões

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Oi aqui  e a criadora é recomendável ler esse capítulo ouvindo  often ou earned it

Obs: +18
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Desde que cheguei no Brasil, meus pensamentos não se desviam do Feu. Sua imagem está sempre presente na minha mente, com aqueles cabelos loiros, quase dourados, que brilham à luz do sol, e seus olhos castanhos, intensos e cheios de mistério. A cada momento livre, me pego imaginando seu sorriso, sua voz suave que me acalma.

Decido finalmente tomar uma atitude. Pego o celular e, com as mãos um pouco trêmulas, escrevo a mensagem

— Oi, Feu. Tudo bem? Estava pensando... você quer vir aqui em casa passar uns dias? Se quiser, pode trazer o Carioquinha. Acho que seria legal passarmos um tempo juntos.

Mal consigo acreditar que enviei. O silêncio depois da mensagem parece se arrastar, mas então o celular vibra com a resposta:

F: — Claro, vou sim! Chego aí em três horas. Vou levar o Carioquinha também, ele vai adorar.

Um sorriso se espalha pelo meu rosto. O coração acelera. Feu vem para cá. Sinto um misto de nervosismo e expectativa.

Desligo o celular e vou até a cozinha para colocar ração para o meu gato, Doce de Leite. Ele mia baixinho, agradecido, e se esfrega nas minhas pernas. Depois, me deito no sofá, tentando relaxar, mas a ansiedade de ver o Feu cresce a cada minuto. Fecho os olhos por um momento, pensando em como será estar ao lado dele. Só a ideia já traz uma paz que há muito tempo não sentia.

"Finalmente, as coisas parecem estar melhores," penso, enquanto me deixo embalar pelos pensamentos sobre o que está por vir.

Quando Feu chegou, ajudei-o a guardar suas coisas, e decidimos assistir a um filme juntos. Escolhemos algo leve e descontraído, perfeito para relaxar. Assim que o filme acabou, eu me levantei, sentindo a necessidade de um banho rápido.

— Vou tomar banho e já volto — avisei, saindo da sala.

Depois de me vestir, voltei e encontrei Feu ainda no sofá, meio distraído, mexendo no celular. Me aproximei e passei levemente a mão pelos seus fios de cabelo, um gesto quase automático, mas que sempre me trazia uma sensação de proximidade.

— Feu, pode ir tomar banho agora — disse com um sorriso suave.

Ele assentiu com a cabeça, se levantando devagar.

F: — Ok, já vou — respondeu com um tom tranquilo, e seguiu em direção ao banheiro.

Enquanto Feu tomava banho, aproveitei para pedir uma pizza e escolhi A Noiva Cadáver para a gente assistir. Estava esperando o Feu sair do banho quando, de repente, ouvi batidas na porta. Estranhei um pouco, já que a pizza já tinha chegado. Ao abrir, me deparei com Ligonz, um amigo de longa data, segurando uma caixa de sobremesa com um sorriso debochado.

L: — Bom, aqui está seu pedido, Bern — disse ele, estendendo a caixa.

Levantei a sobrancelha, confuso.

— Fazendo bico de entregador agora?

L: — Não exatamente — Ligonz riu. — Meu namorado é confeiteiro, e tinha uma entrega perto daqui. Como eu estava de bobeira, ele pediu pra eu trazer.

— Ah, entendi. Mas... eu não pedi nada.

L: — Eu sei — disse ele, com um olhar travesso. — A entrega é para um tal de Felipe. Você conhece?

Soltei uma risada surpresa e balancei a cabeça.

— Conheço sim... é o meu namorado.

Ligonz me encarou com uma expressão desconfiada e divertida.

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