Casamento arranjado
Eu tive a oportunidade
Tive o tempo
Só não tive coragem-Pedro Miranda
------------------------------❄----------------------------
Han Jisung
- Um simples filho de conde se casando com um marquês, que mundo injusto!
Quem falava sem parar era minha "amiga" - ou melhor, a pessoa que meus pais decidiram que seria a minha amiga. Uma beta. A única coisa que tínhamos em comum era a motivação de não irritar nossos pais. Ela andava de um lado para o outro, olhando as coisas que estavam naquela pequena sala. Nesse momento, eu me preparava para o meu casamento. Quando era pequeno, pensava que o dia do meu casamento seria o mais feliz da minha vida, mas, no momento, só sinto angústia e tristeza. Tudo o que quero é tirar essa roupa apertada e fugir para bem longe de tudo isso. Estou cansado de me destruir e fingir ser o que não sou, apenas para obter a aprovação dos meus pais.
Mas o que eu sinto importa? Não. Eles sempre fazem de tudo para manter a ilusão de que há algo de bom nessa situação. Como estávamos em uma posição baixa na sociedade, usavam de todos os meios para aumentar seu status. Esse casamento é um belo exemplo.
- Se acha tão injusto, você pode se casar com ele. Não me importo - disse de forma simples, ignorando meus pensamentos e sentimentos. Afinal, não havia como aquele pesadelo acabar.
- Se pudesse, com certeza faria isso. Você viu como ele é lindo? - falou de maneira debochada. Antes que eu pudesse responder, continuou: - Acho que você é o único no mundo que não quer se casar com ele.
- Claro que não quero! A personalidade dele é horrível! - respondi, como se fosse óbvio.
- Quem se importa com a personalidade? Ele é um alfa, tem uma boa posição social e é bonito. Você é tão sortudo por ter um casamento arranjado com um bom partido.
Apenas revirei os olhos diante do que ela disse. Não adiantava continuar aquela conversa. Casamento arranjado, algo comum por aqui. Os de baixa posição adoram vender seus filhos como se fossem objetos. Sinto nojo dessas pessoas.
Decidi me concentrar em algo que não fosse esse maldito casamento, que em breve começaria. Por mais que eu não quisesse, tinha muito medo dos meus pais. Não sou capaz de me sustentar sozinho, e não sou tolo a ponto de pensar em fugir. Sei que meu noivo não gostaria de se envolver em um escândalo. Ele não é tão paciente e gentil como dizem os boatos; é apenas um moleque mimado, que os pais querem colocar na linha e acham que ter um companheiro vai resolver a rebeldia do filho, mas aposto que não vai. Mesmo depois do casamento, tenho certeza de que ele continuará sendo viciado em jogos e sexo. Eu sinceramente agradeceria se ele apenas me esquecesse e não quisesse consumar o casamento, indo atrás de outra pessoa. Eu não ligo nem um pouco para o que ele fará, o que me importa é que ele não me mande de volta para casa. Mesmo que eu tenha que me deitar com ele, não quero voltar para aquele inferno.
Saí desses pensamentos assim que ouvi uma batida na porta.
- Pode entrar.
- Está pronto? O casamento vai começar - disse minha mãe, com um tom de impaciência. Pelo visto, ela estava irritada com algo, e em momentos assim, eu precisava tomar muito cuidado. Abaixei a cabeça, triste e angustiado por estar naquela situação, por não ter outra escolha a não ser aquela. Não queria olhá-la. Saber que ela foi uma das responsáveis por tudo isso fazia esses sentimentos aumentarem. Queria chorar.
- Estou, mãe - respondi, de forma baixa, tentando manter a tranquilidade.
- Ótimo. Vamos acabar com isso logo.
Não quero. Não quero! era o que minha mente gritava naquele momento. Tenho medo que, mesmo depois de me casar, as coisas continuem da mesma forma. Meu estômago revirava, meu coração parecia bater contra as costelas, e eu não conseguia parar de tremer.
Um zumbido no meu ouvido me fez sentir que tudo estava girando. Senti sua mão me arrastando pelos corredores até pararmos em frente a duas grandes portas, onde meu pai me esperava. Se não fosse meu pai, que havia agarrado meu braço, eu já teria caído.
Ao entrar naquele lugar, não consegui prestar atenção na decoração ou na música que tocava. Havia tantos cheiros diferentes que chegavam a arder. Se antes era difícil respirar, agora se tornava impossível. Sentia como se estivesse me afogando enquanto caminhava. Eu só queria que aquele pesadelo acabasse.
E não havia mais como fugir. Estava diante do meu futuro marido.
Quando minha mão foi de encontro à dele, senti que não havia mais volta. Ao olhar para ele, para minha surpresa, ele apenas olhou para mim e disse: "Acalme-se, está tudo bem". Mesmo que naquele momento tudo o que eu quisesse era fugir, tentei manter a calma e pensei que talvez ele não fosse tão ruim quanto eu pensava. Talvez minha vida melhorasse se eu saísse de casa, já que lá era o pior lugar do mundo; nada poderia ser pior, certo?
Foi com esses pensamentos que passei toda a cerimônia. Graças a ele, me acalmei e disse "sim" na hora certa, sem demorar, pois não queria irritar mais ainda meus pais. Na hora do beijo, não senti nada: nem nojo, nem alegria. Foi igual ao que eu sentia por aquele homem: apenas nada. A realidade é que tudo bem se ele não for fiel ou se não me der atenção; eu só quero sair de casa.
Graças ao céu, a crise de pânico não voltou. Consegui passar a festa de forma tranquila. Meus pais quase não falaram comigo, apenas deram os parabéns para meu marido e para mim, e foram tentar criar laços políticos. Estava aliviado por não ter que aturar mais eles. Depois que a maioria dos convidados nos parabenizou, meu agora marido foi conversar com algumas pessoas, enquanto eu me concentrei em comer. Foi a primeira vez que comi tantos doces na minha vida, já que sempre segui uma dieta rigorosa para não engordar, obviamente foi ideia dos meu pais
Quando a festa acabou, Bae Hoon e eu fomos para o nosso quarto. Combinamos que teríamos quartos separados após o casamento, mas como nossas famílias estavam dormindo em nossa casa hoje.
Para evitar problemas, decidimos dividir o quarto naquela noite. Depois de tomar um banho e vestir algo confortável para dormir e Hoon fez o mesmo. Estávamos conversando sobre se deveríamos ou não consumar o casamento.- Não sei se quero fazer isso - disse, um pouco com medo de como ele reagiria.
- Não vou fazer nada se você não quiser - disse, dando de ombros. - Mas a um teste para saber se aconteceu ou não. Se a verdade vier à tona, vou apenas dizer que foi você quem não quis.
Eu odeio admitir, mas ele estava certo, e não precisaria de muito esforço para saber se aconteceu ou não. Logo pela manhã, todos saberiam, pois e para eu estar "empreguinado" com o cheiro dele. Decidido a não ter problemas concordei com ele. Sinceramente estava com medo no começo era a minha primeira vez, mas Hoon foi bem gentil comigo, confesso que doeu um pouco no começo mais logo parou mais também não senti aquele prazer que muitos dizem. Fiquei aliviado quando ele gozou dentro significava que acabou.
Eu estava deitado sobre a cama olhando para o teto. Estava sozinho, quando acabamos ele vestiu sua roupa e disse que ia dar uma volta e que voltaria antes do amanhecer, para não ter problemas com os pais e mandou que eu não comentace isso com ninguém era óbvio para onde ele ia e o que faria mas eu não ligava na verdade usei aquele momento para fazer um acordo, disse que ele poderia fazer o que quisesse, jogar, beber, transar... o que ele desejasse contanto que ele não me mandasse para casa nem me encomodasse outra vez a não ser que fosse necessário. Ele concordou de imediato e foi ai que a gradeci todos os deuses por isso seguinifica que terei liberdade agora. Ou pelo menos era o que eu pensava.
------------------------------❄----------------------------
Bom pessoal eu espero que tenham gostado, não esqueçam da estrelinha.
Até o próximo capítulo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Rei Do Norte
FanficHan um omega, que deseja se livrar da família aceita um casamento arranjado para fugir de seu país rigoroso. So não imaginava que sua nova família seria pior. Tudo que ganhou com esse casamento foi traumas, insegurança e um bebe. Mais decidido a mud...