Capítulo 7 | Ele não é bom com piadas

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• Luna

Se tivesse sido em outro momento da minha vida, eu super me derretia por ele ter lembrado do meu sorriso ao ver as flores. Se fosse em outra época e com certeza me apaixonaria apenas por ele ter aberto a porta do carro pra mim.

Se fosse em outra época eu me apaixonaria pelo o elogia, se fosse uma outra época... Eu com certeza deixaria ele entrar em meu coração.

Só que, ele estão tão bem trancado que nem mesmo a própria dona pode abrir...

Chegamos à pequena e charmosa cafeteria no centro da cidade. O aroma de café fresco e doces recém-assados pairava no ar, criando um ambiente acolhedor. Allan, sempre atencioso, abriu a porta para mim, que entrou com um sorriso contido, tentando disfarçar o nervosismo que sentia.

Enquanto nós caminhamos até uma mesa no canto, perto da janela, eu olhava ao redor, apreciando o ambiente. O lugar era intimista, com luzes suaves e uma decoração rústica, repleta de livros nas estantes que cercavam as paredes. Era o tipo de lugar onde eu me sentiria à vontade, mas a presença dele me fazia questionar o que estou fazendo aqui.

Estou com uma vontade enorme de esganar minha melhor amiga

Allan puxou a cadeira para mim e depois de ambos se sentarem, ele me olhou nos olhos com um sorriso gentil. — espero que esse lugar esteja à altura. Achei que você pudesse gostar de um ambiente mais tranquilo. Disse ele, pegando o cardápio.

Eu hesito por um momento, mas logo balanço a cabeça, tentando parecer mais descontraída do que realmente estava. — é perfeito. Eu adoro cafés assim.  Respondo, enquanto também pegava o cardápio, mas sem realmente prestar atenção ao que lia.

• Allan

Os pedidos chegam, eu pedi um capuccino e A bela moça a minha frente a mesma coisa.

Estamos sentados em uma mesa ao canto da cafeteria, cercados pelo aroma de café fresco. Eu a observo com um leve sorriso, enquanto Luna parece um pouco desconfortável, mexendo no anel que usa no dedo. Então decido quebrar o gelo.

Brinco, com um sorriso travesso. — você sabia que existe uma estatística que diz que derramar chá sobre alguém é uma das melhores maneiras de conhecer uma pessoa?

Luna rir sem acreditar. — ah é? E quantos estudos você precisou ler pra chegar nessa conclusão? A voz dela me deixa encantado.

Finjo estar sério. — bom, confesso que é a minha própria pesquisa. Estatisticamente, uma em cada uma Luna vai aceitar um pedido de desculpas com café. Ou, pelo menos, eu espero.

Luna sorrir novamente. — eu realmente espero que essa pesquisa não tenha muitos outros casos, ou eu ficaria preocupada com a quantidade de pessoas que você esbarra.

Dou um sorriso. — você é a única vítima, juro. Mas se isso te fizer sentir melhor, eu prometo que daqui pra frente sou oficialmente proibido de carregar bebidas perto de você.

Luna com os olhos brilhando de diversão.  — você deveria carregar um aviso. Algo como: 'Cuidado, esbarro em pessoas e derramo chás'.

Brinco com a mão no queixo, fingindo pensar.
— ótima ideia! Eu vou encomendar uma placa personalizada e usar sempre que estivermos juntos. Vai ser meu distintivo especial.

Luna rindo mais abertamente agora. — acho que vou aceitar esse pedido de desculpas. Mas, só dessa vez!

Eu com um olhar sincero. — ainda bem que consegui te fazer sorrir... Era exatamente isso que eu queria, seu sorriso é realmente encantador. Digo e ele passa a mão no pescoço de um jeito tímido.

Eu observo o sorriso de Luna enquanto ela tenta esconder a timidez ao receber o elogio. Eu penso em algo para quebrar aquele momento silencioso, então decido contar uma piada:

— Sabe, Luna… eu pensei em fazer uma piada sobre chá, mas acho que não seria infusão. — Eu abro um sorriso largo, esperando a reação dela.

Nem mesmo eu entendi essa piada.

Luna olha para mim por um segundo, confusa, até entender o trocadilho. Ela começa a rir, soltando um riso leve, enquanto balança a cabeça.

— Nossa, essa foi péssima! — ela diz, ainda rindo.

— Péssima, mas fez você rir — eu retruco, piscando. — Eu aceito isso como uma vitória.

Nós continuamos rindo juntos por mais um tempo, a leveza entre nós começa a surgir naturalmente. Quando o momento descontraído vai chegando ao fim, eu tiro um cartão do bolso e o desliza pela mesa, na direção de Luna.

— Aqui está meu número. Para o caso de você querer continuar rindo de minhas piadas ruins, ou, quem sabe, de algo mais interessante — ele diz, sorrindo de canto.

Luna pega o cartão, ainda com um sorriso tímido, mas algo em seus olhos revela que, mesmo não dizendo, ela já está considerando a ideia.

— eu acho que não preciso, já tenho seu número salvo. Diz colocando o cartão na bolsa. — fico feliz que tenha salvado. Digo olhando em seus olhos.

— a conta. Aparece um garçonete, Luna leva a mão até o pequeno papel, porém eu pego. — onde já se viu a dama pagar a conta? Pergunto entregando o dinheiro para a garçonete e ela rir.

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