-O que você fez? – ok, eu sei que deveria ter ligado antes, conferido se eu podia ter levado a Líliam, mas a verdade é que eu não pensei a respeito, aquela garota não podia ficar naquela situação.
-A situação em que ela se encontrava era completamente desumana, eu tinha que fazer alguma coisa Greg.
-Você deveria ter checado antes de trazer a criança. O que diabos você estava pensando, não temos espaço no abrigo.
-Eu sei que se você der um jeitinho vai conseguir uma vaga para ela.
-Hoje não tem como.
-Eu posso levar ela para o meu apartamento até você conseguir a vaga. Greg se você tivesse visto o que eu vi, você não deixaria aquela garota mais um segundo naquela casa.
-Por via das duvidas procure por outros membros da família dela caso não encontremos uma vaga pra ela, certo?
-Certo.
-Você ainda vai atrair muitos problemas para si mesma por agir sem pensar direito.
-Estou indo pra casa Greg. – desconverso. – me mantenha informada a respeito da vaga.
-Sim senhorita.
Sigo em direção ao meu apartamento com Lilly a tiracolo. Enquanto dirigia pelas ruas destruídas de Detroit, eu conseguia ouvir ela cantarolar uma música que eu não reconheci.
-Lilly, de quem é essa música? – pergunto.
-De ninguém. – ela responde.
Não pergunto mais, mas ela continua cantando.
Quando chegamos ao meu prédio, falo com a portaria e subimos. Ao abrir a porta do apartamento vejo Lilly congelar.
-O que foi, princesa? Pode entrar.
Ela respirou fundo e entrou.
-Você quer tomar um banho quente? – pergunto e ela faz um gesto positivo com a cabeça. – ótimo, vou preparar o seu banho, pode ficar à vontade, viu?
Ela não se move.
Preparo o banho dela e a auxilio o máximo que posso. Quando ela termina de tomar banho, lhe entrego um pijama meu que obviamente fica gigante nela, mas ela não parece se importar. Após o banho preparo o jantar e no momento em que a sirvo, Lilly come com tanta avidez que meu coração dá um pulo, com certeza aquela garotinha estava com muita fome.
Preparo a cama e a coloco para dormir no quarto de hóspedes. Ao enrolá-la e me virar para sair do quarto escuto ela falar para si mesma.
-Queria que o Rabbit estivesse aqui.
Rabbit? Não me lembro de ter visto nenhum animal no trailer, quanto mais um coelho.
Sigo em direção a sala e começo meu trabalho, procurar informações a respeito da família da Lilly.
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Broken
FanfictionUma assistente social obstinada, um caso de mais tratos infantil e uma história de amor que está prestes a florescer em meio ao caos. Como enxergar as coisas boas da vida quando a sua está completamente fudida?