achei você

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As prateleiras cheias de livos se destacam-se por sua coloração escura e avermelhada, talvez seja madeira de  mogno?, seus livros se destacam com capas em cores vibrantes e títulos tão chamativos quanto, o local tem uma aparência quente e cativante as janelas abertas com cortinas brancas balançam levemente com o vento, a leve brisa que é soprada para dentro do local o deixa em uma temperatura deveras agradável.
Hope empurra as portas da biblioteca com ignorância e anda a passos largos pelo local, sendo o som de seus sapatos batendo no piso de madeira o único som que se escuta nesta biblioteca tão vasta, Hope pega alguns livros aleatoriamente por onde passa, após um breve tempo caminhando, ela o vê, sobre uma mesa ao lado de um candelabro lá está seu chapéu, um chapéu um tanto incomum, possuía a aparência de uma cartola e sua cor era a de um azul marinho repleto por bolinhas amarelas e uma fita cor de rosa que dava uma volta ao seu redor e terminava em um laço, uma paleta de cores e formatos que eram simplesmente péssimas combinadas, porém Hope sorri ao ver seu chapéu ali em cima descansando tão casualmente, ela se aproxima e coloca os livros sobre a mesa, sentando-se em uma das cadeiras ela deslisa a mão sobre o tecido do chapéu como se acariciase o objeto, o mesmo por sua vez não respondeu no primeiro momento, Hope apoia a cabeça no braço sobre a mesa e não cessa o carinho que faz ao chapéu, em seus olhos havia o olhar de um irmão mais velho que se preocupa com seu irmão novo.

Hope(Elowen): veio para cá por que? Fiquei preocupada.

Contrariando um chapéu convencional, o chapéu de Hope se balança levemente e solta um som semelhante a um ronronar de um gato, porém mais agudo,  Hope solta uma leve risada sem estranhar essa situação deverás estranha.

Enquanto Hope está na biblioteca, Elara se encontra no jardim dos fundos da mansão, com uma tesoura de poda em uma das mãos cortando os espinhos de uma rosa e a coloca sobre um pano branco e voltando a repetir o processo, sua expressão é neutra como sempre, nem mesmo uma única mudança em seu rosto, nem quando acidentalmente espeta seus dedos nos espinhos das rosa, em sua mente a apenas um pensamento (devo fazer um buquê de flores para a  senhora Hope para a consolar caso ainda não tenha encontrado seu chapéu, ela gosta de vermelho, vai gostar de rosas) o mesmo pensamento se repete várias vezes, quase como um disco arranhado a fazendo ter total foco em sua tarefa.  Ainda pelo jardim, estão passando duas empregadas responsáveis por lavar as roupas, elas carregam um cesto com lençóis recém limpos e passam por Elara a cumprimentando com um "bom dia", Elara por sua vez apenas responde com um leve balanço de cabeça.  Um jardineiro carregando um saco de adubo para as flores, também passa pelas duas empregadas e as comprimenta com um "bom dia" também, porém elas apenas o ignora e vão embora, o homem por sua vez um pouco aborrecido solta alguns resmungos, ao olhar para mais longe pelo corredor que passará ele vê Elara abaixada pegando rosas, o mesmo simplesmente coloca o saco no chão e se prepara para tomar a iniciativa de ir conversar com a mulher.  A três anos atrás quando veio trabalhar na mansão  foi quando havia à visto pela primeira vez, podia jurar que foi amor a primeira vista, porém era difícil para ele conseguir conversar com ela, e portanto aproveitava toda a oportunidade.  O jardineiro se aproxima de Elara um pouco nervoso pensando em como iniciar uma conversa interessante com ela, já mais perto da mulher, ele respira fundo e fala.

Jardineiro: bom dia senhorita, essas flores são para quem?

Elara: senhorita Elowen.

O homem fica meio constrangido, a resposta seca de Elara fez ele pensar que perguntou algo idiota, pegando uma das rosas já podadas ele observa o corte, foi feito de forma amadora e tem várias danos desnecessário no caule, o mesmo olha para elara novamente e mostrando a rosa fala.

Jardineiro: está errado, se continuar cortando assim vão morrer logo.

Elara por sua vez, que estava preste a cortar outra rosa para com a fala do homem, ela a solta e vira seu rosto para ele.

Elara: e como corto certo?

Jardineiro: há, bem aqui, faça um corte limpo e tente não segurar com força o caule pois pode machucá-lo.

Ele aponta para uma parte do caule da flor, explicando de modo simples e Elara faz como pedido, sendo cuidadosa realiza a poda de forma fácil, ele pega a flor e com um sorriso doce fala.

Jardineiro: ficou muito bom, conseguiu de primeira.

Elara pega a rosa de volta ea coloca com as outras, juntando todas elas formando um buquê de rosas vermelhas, nem tão grande e nem muito pequeno.

Jardineiro: ei... você gosta de flores ou só está fazendo isso pele senhorita Elowen?

Elara: não sei, tenho dificuldade em entender se gosto ou não de algo.

Ele fica confuso com a resposta de Elara, como alguém não sabe se gosta de algo? Elara se vira para ir embora, o homem fica um pouco decepcionado que a conversa já tenha acabado.

Elara: acho que gosto de azul.

Diz a mesma já indo embora, o homem sente seu peito quente, para ele, o simples fato de saber os gostos de Elara já era um sinal de que tinha chances, vendo ela se afasta ele diz.

Gorje: meu nome é Gorje! Podemos conversar mais qualquer dia desses!

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