O sol nasce no horizonte, guardas de uma mansão conversam casualmente enquanto trocam de turnos, a grande mansão é iluminada pela luz do sol e as empregadas vão a abrir uma por uma das janelas para deixar a luz radiante do sol entrar, os pássaros cantam e uma jovem acorda no seu quarto, cabelos longos e loiros num tom mais "apagado" com uma franja cobrindo uma parte do seu rosto, ela levanta-se da cama e escuta uma batida na porta, a mesma ignora e uma mulher de cabelos escuros entra, o seu cabelo está amarrado e os seus olhos são cinza com uma expressão neutra no seu rosto, a jovem loira se senta em frente a sua penteadeira e segurando a escova de cabelo a levanta, por sua vez a mulher de cabelos pretos se aproxima e pega a escova, passando ela pelos cabelos da jovem loira.
Mulher de cabelos negros: senhora hope, tem planos para hoje?
Hope: o mesmo de sempre, aliás, se esqueceu que não deve dizer o meu nome real aqui?
diz em tom de desdém enquanto a encara pelo reflexo do espelho.
Mulher de cabelos negros: perdão senhora, porém pensei estar tudo bem já que não há ninguém perto dos corredores do seu quarto.
Hope: da próxima vez não pense se for para ter uma conclusão tão idiota.
Diz Hope gesticulando com a mão, a mesma se olha para o espelho encarando o próprio reflexo por um tempo, quase como se entrasse em transe e se desliga-se do mundo, ficando apenas com os seus pensamentos (por quê...?) pensa ela quando a sua mente volta para o mundo ao seu redor após a mulher de cabelos negros chamar a sua atenção, a mesma continua com a sua expressão séria e fala.
Mulher de cabelos negros: perdão senhora Elowen, não estou achando o seu chapéu em local algum.
Hope rapidamente virá-se para ela, mesmo não tendo total visão do seu rosto, da para perceber a preocupação e raiva em Hope, ela levanta-se bruscamente e agarra o braço da mulher de cabelos negros.
Hope (Elowen): como!? Você é tão idiota que foi capaz de perder o meu precioso chapéu!?
Diz enfurecida apertando o braço da mulher, sua raiva era notável, porém a mulher de cabelos negros se mantém com a expressão neutra e indiferente, com a sua mão livre ela leva-a para um bolso no seu vestido e pega um batom vermelho.
Mulher de cabelos negros: perdão senhora Elowen, porém eu humildemente não sei oque aconteceu, e por favor não se esqueça do seu batom.
Hope (Elowen): entendo... se você diz eu não duvido, só tome cuidado para não repetir esse erro novamente Elara.
Ela diz em um suspiro de aceitação e contentamento soltando o braço de Elara, Hope pega o batom e o passa sobre os lábios.
Elara: sim, prometo dar o meu melhor para que isso não se repita senhora, aliás, posso pensar sobre isso? Garanto que não terei uma conclusão idiota.
Hope acena com a cabeça em concordância, essa não era a primeira vez que Elara levava as suas ordens ao pé da letra.
Elara: talvez o seu chapéu esteja com a jovem senhorita Clarisse, pois me lembro de quando a mesma pediu para usá-lo e a senhora recusou...
Elara não consegue terminar de falar, pois Hope já sai rapidamente do quarto, correndo pelos corredores para encontrar Clarisse, e após finalmente encontrá-la, Hope grita por seu nome e agarra o seu vestido.
hope(Elowen): CLARISSE!!
A jovem Clarisse, uma garota de cabelos ruivos em tom um pouco mais claro e seus olhos que brilhavam em verde esmeralda, que estava a caminhar tranquilamente, repentinamente escuta a voz de sua irmã a chamar, ela fica feliz e alegremente se vira para olhar sua irmã face a face, Hope por sua vez mantia uma expressão discreta de raiva, talvez... era difícil dizer com o cabelo que escondia parte do rosto, Hope solta o vestido de Clarisse e com seu olhar fixo no de sua irmã, ela fala em tom abitual porém de forma rude, quase como se a jovem Clarisse lhe causasse alguma repulsa.
Hope(Elowen): aonde caralhos você colocou a merda do meu chapéu...?
Clarisse fica em silêncio por um pequeno tempo, não é a primeira vez que sua irmã é tão rude com as palavras, a jovem está até acostumada com seu comportamento, e invés de repreende-la por falar de forma tão grosseira, Clarisse apenas sorri de forma doce. (Como pode? Minha querida irmãzinha ser tão fofa?) Assim pensa Clarisse que ama demais sua irmã mais nova e não consegue se irritar com ela.
Hope interpreta o sorriso de Clarisse como uma ofensa, ela grita novamente com sua irmã mais velha para chamar sua atenção.Hope(Elowen): está surda!? Estou perguntando oque fez com meu chapéu!
Clarisse: perdão irmã, mas eu realmente não sei, será que você não o perdeu? Já tentou falar com sua dama de companhia?
Hope(Elowen): não o perdi, e Elara também disse que não o viu, sobrando apenas você.
Diz Hope cruzando os braços sem acreditar nas palavras de Clarisse. Clarisse por sua vez arqueia uma sobrancelha, para ela o fato de Elowen mencionar o nome de sua dama de companhia a incomodava um pouco, lhe incomodava o fato de sua irmãzinha acreditar mais em uma dama de companhia do que em ela.
Clarisse: não acha que está defendendo de mais essa mulhe-
Hope(Elowen): calada... Elara jamais mentiria para mim.
Diz Hope sentindo o pouco de paciência que lhe restava começar a sumir. Clarisse está falando mas Hope não escuta, ela levanta a mão devagar, sua visão começa a ficar meio embaçada até que uma empregada chega correndo e fala.
Empregada: seu chapéu! Senhorita Elowen... seu chapéu foi encontrado na biblioteca!...
Diz correndo e ofegante, Hope se vira bruscamente para a empregada, somente a menção do seu chapéu já foi o suficiente para ela recobrar os sentidos, porém não de uma forma boa, já que a única coisa que passava em sua mente era.
Hope(Elowen): como você sabe que meu chapéu sumiu?
Questiona Hope em um tom de ameaça, até aonde sabia era impossível essa história se espalhar tão rápido, a empregada encolhe os ombros e fecha os olhos.
Empregada: E-Elara nos contou e pediu para procurá-lo...
Hope respira fundo e sai andando, Clarisse tenta chamar sua irmã mas ela apenas a ignora, a empregada abre os olhos ela parece assustada e solta um suspiro de alívio, Clarisse olha para a pobre mulher e pergunta.
Clarisse: para que tanto medo da minha irmãzinha?
Empregada: senhorita Clarisse... me perdoe mas a sua irmã é terrivelmente assustadora... a última empregada que tocou no chapéu dela foi espancada pela mesma, isso é demais por um simples chapéu.
Clarisse: hora, não seja boba, a minha irmãzinha não deve ter feito isso, é apenas um boato.
Diz Clarisse acompanhada de uma leve risada ela não acredita que sua irmã seja capaz disso, ela se vira e sai caminhando calmante, após ter distância a empregada abraça a si mesma, segurando seus ombros enquanto tem a memória da aquele dia terrível.
Empregada: não é um boato senhorita...
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Criações De Oliveira
Ficción Generalum ser muito poderoso pode simplesmente optar por não interferir no funcionamento do mundo, isso abriu brechas para outros seres se envolverem em seu nome.