Novamente na biblioteca, Hope está rasgando as páginas dos livros que pegou, uma por uma, as jogando para o chapéu, seu laço cor de rosa se abre na parte da fita, se separando em uma metamorfose que fez a fita se tornar um tipo de boca, com um total de 40 dentes humanos por dento, de suas bolinhas amarelas olhos de todas as cores começaram a se formar, a criatura não tinha mais o ronronar, era agora um grunhido pior que os dos porcos que fazia em quanto devorava todas as páginas que Hope lhe dava.
Hope(Elowen): da próxima vez me avise quando tiver fome, não saia sem avisar.
Ela fala preocupada, após a criatura devorar as páginas dos livros os traços monstruosos começaram a desaparecer, voltando a ser um feio chapéu normal, Hope o segura e coloca-o na cabeça, a mesma levanta-se e joga as capas dos livros no lixo e sai caminhando calmante da biblioteca, sem mais nenhuma preocupação... por enquanto, a porta se fecha, o local fica silencioso sem a presença de Hope até que em um canto escondido entre as enormes prateleiras há um homem velho sentado no chão com as costas escoradas na parede, suas mãos estão sobre a boca em uma tentativa de abafar a respiração, horror visível em seus olhos e ele soando frio com o corpo tremendo.
Hope já voltando para o quarto não consegue desligar sua mente de tantos pensamentos,(vai completar 15 anos... estou trabalhando nisso a tanto tempo, eu já sei tudo sobre eles! Por que a mestra ainda não me chamou?...) sua mente se vê presa nesses pensamentos até que entra no quarto e se depara com Elara perto da penteadeira, ela está colocando rosas vermelhas em um vaso branco feito de porcelana com detalhes em azul, colocando-as de forma calculada para ficar bonito.Elara: vejo que encontro o seu chapéu, a senhora parece deslumbrante com ele.
Um elogio vasio, já que ela aprendeu a ter que elogiar seus superiores quando parecesse que deveria, a mesma pega o vaso e o mostra a Hope.
Elara: oque acha delas senhora?
Hope(Elowen): gostei delas, fez isso por que?
Elara: se não encontra-se seu chapéu, deveria ter outro meio de acalmar seu temperamento.
Hope suspira de cansaso, por mais que Elara seja extremamente prestativa a sua falta de emoções a faz sincera demais, Hope apenas gesticula com a mão e Elara deixa o vaso sobre a penteadeira, a mesma se aproxima da janela e puxando a cortina ficar observando o orisonte.
Hope(Elowen): nada hoje também?
Elara: exato.
Hope range os dentes mas logo para abaixando um pouco a cabeça, (fiz algo errado?) É nisso que sua mente pensa enquanto carrega um semblante triste no rosto, ela olha para dentro dos muros da mansão e se depara com uma movimentação incomum lá embaixo, carroças mercantes e várias pessoa andando de um lado para o outro, ela aponta para baixo.
Hope(Elowen): que alvoroço todo é aquele?
Elara: sua festa de maioridade está chegando, isso são coisas para ela.
Hope(Elowen): OQUE!? Ainda falta 9 meses!
Elara: não, faltam exatamente 1 mês e 7 dias até o final disso tudo.
Hope não consegue acreditar, ela fica paralisada no lugar por algum tempo e seu corpo tremendo, sua respiração passa a ficar acelerada e ficando cada vez mais difícil de manter o ar nos pulmões.
Hope(Elowen): um mês... um mês e tudo acaba... droga... DROGA! DESGRAÇA! Não pode!... eu... eu...
Seus olhos começam a lacrimejar, colocando as mãos sobre o rosto e segurando o choro, (não tenho um minuto de paz...) assim está sua mente, ela levanta a cabeça e seca o indício de lágrimas respirando fundo.
Hope(Elowen): vou ver o duque.
Elara: melhor trocar de roupa para ficar mais apresentável.
Hope apenas concorda, ela coloca um vestido com gola alta e longo o bastante para arrastá-lo no chão, logo sai andando, passando pelos corredores ela ocasionalmente encontra uma ou outra empregada pelo caminho ignorando todas e parecem aliviadas por serem ignoradas, subindo as escadas e andando mais um pouco ela chega em frente ao escritório do duque, Hope está séria, provável que não queria ir ali, ela bate na porta e do outro lado a voz de um homem por volta dos seus 60 anos pode ser ouvida.
Duque: estou ocupado, volte outra hora.
Hope(Elowen): sou eu Duque, Elowen, quero conversar com você.
Duque: Elowen!? Oque está fazendo aí? Entre minha filhinha.
A empolgação na voz do homem é notável, hope segura a maçaneta e abre a porta, se deparando com um homem de cabelo ruivo meio grisalho e olhos verdes, muito parecido com Clarisse, ele sorri alegremente observando Hope entrar.
Duque: então, oque deseja do seu velho pai?
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Criações De Oliveira
General Fictionum ser muito poderoso pode simplesmente optar por não interferir no funcionamento do mundo, isso abriu brechas para outros seres se envolverem em seu nome.