De Ex para Esposa

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- Mal posso esperar para ver a Aurora novamente - disse George, seu sorriso se ampliando ao imaginar a filha.

-Ela vai ficar tão feliz em te ver! - respondeu Sam, seus olhos brilhando. - E você sabe como ela adora fazer aqueles desenhos para você.

-Verdade! - George lembrou-se das pequenas obras de arte que Aurora fazia, todas aquelas cores vibrantes que capturavam a inocência e a alegria da infância. - Vou colocar todos na geladeira assim que chegarmos.

Eles continuaram andando até o hotel, e enquanto George tentava se concentrar em resolver as coisas com Lewis, sua mente estava cada vez mais absorta em pensamentos sobre a família e como as pequenas coisas, como o abraço de Aurora, podiam acalmar sua alma.

Quando finalmente chegaram ao hotel, George soltou um suspiro profundo, sentindo o peso do dia começando a se dissipar. Ele segurou a mão de Sam e a guiou até o elevador.

-Você falou com o Lando sobre a situação? - Sam perguntou enquanto esperavam as portas se fecharem.

-Sim, mas não sei se ele entende a gravidade do que fiz. - George fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar. - O que eu mais quero agora é resolver isso de forma tranquila.

-Você vai conseguir, George. - Sam deu um apertinho suave na mão dele, seu toque reconfortante. - Basta ser sincero. Lewis vai entender.

No momento em que as portas do elevador se abriram, George sentiu um frio na barriga. Ele sabia que precisava se pronunciar e fazer as coisas certas.

-Vamos, amor, você precisa de um banho e vai ficar tudo bem. - Sam sorriu, puxando-o suavemente.

Assim que entraram no quarto, George deixou suas preocupações de lado por um instante, apreciando a serenidade ao redor. Ele se virou para Sam, que estava com um olhar compreensivo, e disse:

-Você é minha âncora, você sabe disso, né?

-Sempre. - Ela respondeu, seus olhos se encontrando com os dele, transmitindo um profundo entendimento e amor.

Ele se dirigiu ao banheiro, e enquanto a água quente caía sobre ele, George finalmente começou a relaxar. As preocupações do mundo exterior se dissolveram em meio às gotas que escorriam pelo seu corpo. Ele sabia que o que tinha com Sam e Aurora era a coisa que realmente importava.

Ao sair do banho, envolto na toalha, George sentiu a determinação crescendo dentro dele. Ele se sentou na beira da cama, pegou o celular e mandou uma mensagem para Lewis:

"Oi, Lewis. Podemos conversar? Eu realmente sinto muito pelo que aconteceu."

Após enviar a mensagem, ele se virou para Sam, que estava organizando algumas coisas ao redor do quarto.

-Estou pronto para resolver tudo. - George falou, mantendo uma expressão séria, mas os olhos brilhando com esperança.

-Isso é o que importa. Vamos enfrentar isso juntos, tá? - Sam respondeu, se juntando a ele na cama e o envolvendo em um abraço apertado.

George sabia que, não importa o que acontecesse, ele não estava sozinho. E, em um instante, pensou que apenas parte de seu dia poderia ter sido conturbada, mas ao voltar para casa, ele encontraria tudo o que realmente importava.

A tranquilidade do momento foi interrompida pelo som de uma notificação no celular de George. Ele olhou rapidamente e viu que Lewis havia respondido.

"Claro, podemos conversar. Onde você está?"

Um nó se formou em seu estômago. Era agora ou nunca. George respirou fundo e respondeu:

"Estou no hotel. Posso descer até você?"

Com isso, ele se levantou da cama, já sentindo o peso da conversa que estava prestes a ter. Sam percebeu seu estado e, com um olhar compreensivo, se aproximou.

-Você vai ficar bem. Lembre-se do que conversamos. - ela disse, passando a mão suavemente pelo braço dele.

-Eu sei, eu só... não quero que as coisas fiquem ainda mais complicadas. - George confesse.

-Lembre-se, a sinceridade sempre é o melhor caminho. - Sam sorriu, dando um último beijo em sua bochecha. - Estarei aqui quando voltar.

George deu um leve sorriso em resposta e saiu do quarto, seu coração acelerado. Ele tomou o elevador até o térreo e fez o caminho até a área comum do hotel, onde encontrou Lewis encostado na parede, com os braços cruzados e uma expressão de expectativa.

-George. - Lewis o cumprimentou, o tom neutro, mas os olhos traíam a tensão que existia entre os dois.

-Lewis. - George respondeu, fazendo um esforço para manter a calma. - Obrigado por vir.

Lewis assentiu, mas não disse nada. George sabia que precisava ser direto.

-Eu quero pedir desculpas pelo que aconteceu. A forma como eu agi foi irresponsável e eu não deveria ter deixado as coisas chegarem a esse ponto.

Lewis o fitou, seu olhar avaliando as palavras de George.

-Isso foi mais do que irresponsável, George. Você arriscou nossas chances na corrida e a confiança que temos um no outro. - sua voz era firme, mas não havia raiva, apenas decepção.

-Eu sei, e é por isso que quero consertar. Eu não queria te deixar na mão, eu realmente... - George parou, pensando nas palavras certas. - Eu não quero perder nossa amizade e a parceria que temos. Isso é muito importante para mim.

Lewis suspirou, sua expressão suavizando um pouco.

-A gente sempre teve altos e baixos, mas precisamos estabelecer limites, George. Não dá para tudo ser uma bagunça assim.

-Eu prometo que vou melhorar. - George afirmou, colocando a mão no peito em um gesto sincero. - Pode me dar mais uma chance?

Depois de um momento de silêncio, Lewis finalmente consentiu, uma pequena mudança em sua postura indicando que estava disposto a abrir mão da raiva.

-Eu vou te dar mais uma chance, mas você precisa se comprometer de verdade.

George sentiu um alívio imenso ao ouvir aquilo.

-Obrigado, Lewis. Eu prometo que não vou decepcionar você novamente.

Os dois se entreolharam com um novo entendimento, e George percebeu que, mesmo após a tempestade, a amizade deles havia se fortalecido.

-Agora que isso está resolvido, que tal irmos até a área de recreação do hotel? - Lewis sugeriu, um sorriso tímido começando a surgir. - Queria ver se ainda sei jogar pingue-pongue.

-Ah, você está desafiando? - George sorriu, sua energia renovada. - Desafio aceito!