Capítulo 08

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Em 2006, a Universidade estava em pleno vigor acadêmico, cheia de jovens esperançosos e determinados a fazer a diferença em suas respectivas áreas. Foi nesse ambiente vibrante que Samuel e Helena se conheceram.

Samuel era um prodígio da matemática, sempre cercado por colegas que buscavam sua ajuda. Helena, por outro lado, tinha uma paixão pela arqueologia, fascinada pelos mistérios do passado. Eles se conheceram graças a Haley, uma jornalista em formação que era amiga de ambos. Haley havia conhecido Helena recentemente, mas as duas rapidamente se tornaram inseparáveis.

Haley sempre brincava sobre a competição saudável entre Samuel e Helena. Eles viviam disputando quem era mais inteligente, sempre trocando provocações e teorias acadêmicas.___ "Um dia ainda vou provar que a arqueologia é mais desafiadora que a matemática," dizia Helena com um sorriso desafiador.

Samuel ria. ___"Veremos, Helena. Veremos."

Enquanto isso, Haley não conseguia esconder sua queda por Daniel, o irmão de Samuel, que estava pensando em iniciar a faculdade de medicina. Eles formavam um grupo unido e sempre se apoiavam nas decisões acadêmicas e pessoais.

Certo dia, após as aulas, Helena encontrou Samuel falando com uma colega de curso. A garota parecia estar pedindo ajuda em alguma matéria, mas Samuel, visivelmente irritado, recusava. Helena se aproximou, curiosa.

___"Samuel, o que está acontecendo?" Perguntou ela, interrompendo a conversa.

A colega rapidamente se despediu, percebendo que não conseguiria o que queria. Samuel suspirou, passando a mão pelo cabelo. ___"Nada demais, Helena. Só mais uma que acha que pode conseguir notas boas sem esforço próprio."

Helena arqueou uma sobrancelha. "___Você sempre pensa assim?"

"___Já vi esse filme antes." Respondeu Samuel, cansado. "___Elas só querem se aproximar de mim por interesse."

Helena ficou em silêncio por um momento, considerando suas palavras. "___Nem todas são assim, Samuel. Talvez você só precise encontrar a pessoa certa."
Samuel olhou para Helena, tentando decifrar o que se passava na mente dela. Ele se interessara por ela desde o momento em que se esbarraram no campus, mas sempre havia hesitado em demonstrar seus sentimentos.

"___Helena. Começou ele, com um tom mais suave. ___"Por que você decidiu estudar arqueologia?"

Helena ficou surpresa pela pergunta, mas decidiu responder sinceramente. ___"Sempre fui fascinada pelas histórias do passado, pelas vidas que vieram antes de nós. Arqueologia me dá a chance de descobrir essas histórias." ___De entender mais sobre quem somos. Não sei se acredita em Deus, mas eu acredito. Meus pais são protestantes. Então sempre fiquei fascinada pelas histórias bíblicas. Sempre quis mergulhar nelas. A arqueologia me dá essa possibilidade. Eu pretendo me especializar em arqueologia bíblica. ___ Disse Helena fascinada.
____ Meu pai era protestante e minha mãe ateia. Mas ele sempre lia as histórias bíblicas pra mim. Então eu acredito em Deus. Mas é uma surpresa para mim saber que tem protestante em um dos países mais católicos do mundo como o México. ___ Comentou curioso.
____ Existem muitas igrejas protestantes no México. Mas eu realmente amo a arqueologia.

Samuel sorriu, admirando a paixão nos olhos dela.___ "Eu entendo. Às vezes sinto o mesmo sobre a matemática. É como desvendar um mistério, camada por camada."

Houve um momento de silêncio, e Samuel decidiu ser um pouco mais ousado. "___Helena, posso te fazer uma pergunta mais pessoal?"

Ela assentiu, curiosa. "__Claro, Samuel."

"___Desde que nos esbarramos naquele primeiro dia, eu não consegui parar de pensar em você. Eu sei que pode parecer estranho, mas sinto que há algo especial entre nós. Você sente o mesmo?"

Até que morte nos separe Onde histórias criam vida. Descubra agora