Corrida do destino

Capítulo 6

Sentamos em uma mesa de um restaurante aconchegante, com luzes suaves e uma decoração charmosa que criava um clima perfeito para um encontro. Matias pediu um prato especial da casa e eu optei por uma salada fresca. A conversa fluiu naturalmente, e logo estávamos rindo e compartilhando histórias.

— Então, me conta mais sobre você! O que você gosta de fazer quando não está estudando? — Matias perguntou, olhando nos meus olhos com interesse.

Comecei a falar sobre minhas paixões: eu adorava corridas e carros, sempre sonhando em participar de uma competição. Também compartilhei que passava muito tempo com meus amigos, explorando novas trilhas para caminhadas ou jogando vídeo games juntos. Ele parecia realmente interessado, fazendo perguntas e comentando sobre suas próprias experiências.

Conforme a conversa avançava, comecei a me sentir mais à vontade, esquecendo por um momento o que aconteceu com Kaius. A conexão entre nós era forte, e cada risada compartilhada parecia afastar as preocupações da minha mente.

Mas, de repente, meu celular vibrou na mesa. Era uma mensagem de Alanys perguntando se eu estava bem. Olhei para Matias e percebi que ele tinha notado minha distração.

— Tudo certo? — ele perguntou, preocupado.

Eu hesitei por um momento, mas então decidi ser honesta.

— Só uma mensagem da minha mãe... às vezes ela se preocupa demais. Mas está tudo sob controle!

Matias sorriu e segurou minha mão suavemente sobre a mesa.

— Sabe, eu realmente gosto de passar tempo com você. Você é incrível — ele disse, fazendo meu coração acelerar de felicidade.

A noite continuou mágica. Conversamos sobre nossos sonhos futuros e as coisas que queríamos fazer. Senti como se estivesse me conectando com alguém que realmente me entendia.

Quando finalmente saímos do restaurante, o ar fresco da noite me fez sentir viva. Matias olhou para mim e perguntou:

— Quer dar uma volta pelo parque? A noite está linda!

Aceitei imediatamente. Caminhar ao lado dele era como flutuar. Ríamos e conversávamos até que chegamos a uma pequena área iluminada por lanternas penduradas nas árvores.

Matias parou e olhou para mim com um sorriso tímido.

— Sienna... você se importaria se eu te desse um beijo?

Meu coração disparou novamente. Com um sorriso nervoso, respondi:

— Eu adoraria!

Ele se aproximou lentamente, e nossos lábios se encontraram em um beijo suave e doce. O mundo ao nosso redor parecia desaparecer enquanto aquele momento mágico acontecia.

Depois do beijo, nos afastamos levemente, ambos sorrindo como dois bobos apaixonados.

— Uau! Isso foi... incrível! — Matias disse, ainda segurando minha mão.

— Foi mesmo! — respondi, sentindo-me nas nuvens.

Nesse instante, esqueci completamente o que havia acontecido mais cedo em casa. Estava apenas eu e Matias naquele momento

Quando Matias me deixou em casa, já era quase onze horas da noite. O vento fresco fazia meu coração ainda acelerar com o que acabara de acontecer. O beijo dele ecoava na minha mente, trazendo um sorriso involuntário ao meu rosto. Mas, ao abrir a porta, a alegria foi substituída por uma sensação de frio na espinha. A casa estava completamente escura.

Com cuidado, passei pela sala e fui até a cozinha. A única luz vinha da janela da rua, mas o que vi logo me fez parar em seco. Uma sombra se movia na escuridão do corredor.