𝐂𝐚𝐩 𝟏𝟏

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𝐂𝐞𝐜𝐢́𝐥𝐢𝐚 𝐌𝐚𝐫𝐢𝐞 𝐳𝐚𝐜𝐡𝐢𝐧𝐢

Puts grila, essa semana teve altas emoções, prova na faculdade, trabalho para apresentar, consegui um estágio fixo e está sendo muito corrido e cansativo, fora que no começo da semana pude encontrar com uma pessoa inesperada, nunca imaginei que o Lorenzo iria trabalhar um dia, ele é tão riquinho e mimadinho que da até ódio.

Com certeza uma das piores coisas que eu fiz foi contar para a Malu sobre esse reencontro inusitado, ela surtou e ficou me atormentando pelo resto da semana.

Sabe, até agora tá indo tudo bem graças a Deus, hoje eu resolvi ir a missa, sozinha. Eu senti que eu precisava disso, fazia um tempinho que eu não ia a missa então isso foi ótimo.

Eu encontrei alguns conhecidos, como o tempo passa viu, parecia que era ontem que eu estava fazendo crisma e sendo praticamente escravizada na quermesse, brincadeiras a parte, a quermesse era a melhor época, eu lembro que sempre contava os dias para que ela começasse e eu e minhas amigas pudéssemos ajudar.
Óbvio que nem tudo era trabalho, a gente se divertia muito, e isso rendia assunto pro resto do ano.

Meu padrinho costuma ajudar bastante aqui na igreja, inclusive ele é professor de catequese, ele foi o meu professor, coitado passou por vários momentos caóticos com a gente.
Nunca vou me esquecer dele falando "esses guri da catequese só me dão trabalho", mas esse caos todo compensou, vivemos momentos incríveis na crisma que jamais serão esquecidos.

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A missa já tinha acabado, hoje teve bastante gente.
Quando estava indo embora vi ele, o meu padrinho, ele estava conversando com o padre, resolvi ir cumprimentá-lós.

-Oii tio Léo, quanto tempo!  -Eu disse, acenando com um sorriso para o homem em minha frente.

Ele virou-se rapidamente e sorriu meio surpreso em me ver.

-Ceci! Que surpresa boa! -Ele falou, envolvendo-a em um abraço apertado- Estava falando com o padre sobre a quermesse. Venha cá!.

O padre sorriu para mim.

-Olá querida, que bom te ver por aqui. Estamos precisando de mãos amigas para organizar tudo. Você gostaria de ajudar?

Confesso que senti um frio na barriga. A ideia de se envolver a fez lembrar das tardes divertidas que passava ajudando meu tio e as outras pessoas da igreja.

-Eu... não sei...  -Hesitei por alguns minutos- ando muito ocupada com a faculdade e o estágio não sei se vou conseguir arranjar tempo.

Meu tio percebeu a minha dúvida e falou com entusiasmo:

-Ah Ceci, vem sim! Vai ser divertido! Como nos velhos tempos, e você ainda pode rever muitas pessoas.

O padre me olhou concordando com a fala do meu tio.

-É uma ótima oportunidade para se conectar com o pessoal e fazer novas amizades.

Eu olhei para os dois, sentindo uma mistura de insegurança e também uma pontada de nostalgia. A ideia de ajudar na quermesse parecia animadora, mas ao mesmo tempo, eu não tinha certeza se estava preparada para isso.

Após alguns segundos pensando, eu respirei fundo e sorri.

-Tudo bem!, vocês me convenceram, eu vou ajudar! -digo me rendendo com as mãos para o alto.

O rosto do meu tio brilhou de alegria e o padre sorriu amplamente.

-Ótimo!, vamos precisar de toda a ajuda possível para fazer dessa quermesse um sucesso!

E assim, enquanto conversavam animadamente sobre as tarefas que precisavam ser feitas, eu acabei me sentindo mais feliz e leve por ter tomado essa decisão. Era como se estivesse voltando a um lar que nunca realmente deixei para trás.

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ℋℴ𝒿ℯ ℴ 𝒸𝒶𝓅𝒾𝓉𝓊́𝓁ℴ 𝒻ℴ𝒾 𝓂𝒶𝒾𝓈 𝒸𝓊𝓇𝓉𝒾𝓃𝒽ℴ 𝒶𝓂ℴ𝓇ℯ𝓈, 𝓂𝒶𝓈 𝒻ℴ𝒾 ℯ𝓈𝒸𝓇𝒾𝓉ℴ 𝒸ℴ𝓂 𝓂𝓊𝒾𝓉ℴ 𝒸𝒶𝓇𝒾𝓃𝒽ℴ...
𝒜𝓈𝓈: 𝐌&𝐌.

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