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꧁𝓮𝓶𝓲𝓵𝔂꧂

Thomas estacionou em frente a um restaurante japonês,que ficava a beira de uma praia,era um lugar bonito,calmo e bem iluminado,ele desligou seu carro e pegou a carteira que estava no bolso,tirando um cartão e colocando no bolso da camisa,então virou o rosto e me olhou.

-vamos?

Eu sorri e assenti com a cabeça,Thomas saiu do carro primeiro,quando ele saiu,aproveitei para abrir o pequeno espelho na parte de cima do carro e retocar meu batom,me assuntei quando a porta ao meu lado se abriu,revelando Thomas ali,como um chofer esperando com que eu saísse.

-sem pressa.-ele disse,sorrindo para mim.

Terminei de retocar o batom e guardei novamente na bolsa,então desci do carro e o agradeci com um "obrigada" e um sorriso amigável,começamos a caminhar até a entrada do restaurante,confesso que senti medo,quando estou com Thomas,esqueço que ele é um homem conhecido,e quando me lembro disso,sinto um medo enorme de ser vista com ele por algum fã lunático ou algo do tipo,por isso,prefiro evitar ter muito contato físico nesses momentos.

Fomos atendidos por um garçom,que nos guiou até uma mesa vaga no canto do restaurante,oque nos dava a perfeita visão da praia a nossa frente,o mar estava calmo e a praia vazia,apenas um ou dois casais caminhando e conversando por ali.

-oque vai pedir?.-a voz de Thomas me tirou de meus pensamentos.

-oque você sugere? Eu nunca vim aqui antes.

-bom,é sushi,mas eles devem ter outras comidas,se preferir.

-não,eu gosto de sushi.

Ele aproximou o cardápio aberto de mim e me mostrou as opções,observei tudo com calma,querendo sair correndo dali sempre que via o preço de cada coisa,mas me contive e fingi costume,acabamos optando por dividir uma barca média onde viriam várias peças diferentes de sushi.

-e como vai a floricultura?

Ele perguntou enquanto bebia um gole da água que o garçom trouxe quando anotou nossos pedidos.

-não muito bem,na verdade.-eu suspirei antes de continuar.-as vendas do mês passado e desse mês não foram tantas,e eu não consegui encomendar mais flores e vou ter que dar um jeito de juntar dinheiro até dezembro.

-oque tem em dezembro?-ele perguntou com tom curioso,parecendo realmente interessado.

-eu fui convidada para uma grande exposição de flores e cultura,uma das maiores,acontece uma vez por ano em Orlando.

-sério? Isso é incrível! Oque te preocupa?

Revirei os olhos internamente,parece difícil conversar com uma pessoa rica que provavelmente não entende que eu não tenho dinheiro para bancar a viagem.

-bom,eu preciso juntar dinheiro para a passagem,preciso preparar tudo oque levaria,se eu conseguisse ir,seria minha chance de tornar minha floricultura conhecida.

-eu realmente espero que consiga,se eu puder ajudar com algo,saiba que estou aqui.-ele disse,provavelmente por educação.

-obrigada,Thomas,mas eu vou dar um jeito.

Jogamos papo fora até que nosso pedido chegou,e era realmente muito bom,nós comemos enquanto Thomas me falava sobre seus novos projetos e planos,e me contava um pouco sobre sua história,eu escutei tudo atentamente,quando terminávamos de comer,uma garotinha de aparentemente treze anos se aproximou de nós,segurando seu telefone na mão,nesse momento eu quis pular aquela janela em minha frente e correr pela praia.

-Thomas! Eu sou sua maior fã!-a pequena garota de tranças grandes disse de forma estrondosa,fazendo com que algumas pessoas ao redor nos olhassem.-posso tirar uma foto com você,por favor?

Me ajeitei na minha cadeira,me afastando deles disfarçadamente,olhei para qualquer outro canto do restaurante desviando meu rosto dali,Thomas por outro lado,a recebeu com um sorriso enorme e segurou seus ombros.

-claro! Qual seu nome?-ele disse enquanto olhava para a garotinha.

-Sophie.-a garotinha respondeu.

-que lindo nome,Shopie!

A garota apontou a câmera e tirou cerca de cinco fotos com ele,então se despediu e voltou a se sentar com sua família,longe dali,eu voltei a olhar para Thomas então.

-isso deve ser comum.

-sim,é bastante comum.-ele ainda continuava sorrindo.-posso pedir a conta? Quer algo mais?

-não,pode pedir.

-ótimo.-ele esticou os braços e sinalizou para um garçom que estava parado perto de nós,logo eu abri minha bolsa e tirei minha carteira de lá,Thomas percebeu e virou o rosto para mim,parecendo sério.-nem pense nisso.

Eu suspirei e guardei minha carteira novamente,o garçom se aproximou e Thomas pagou toda a conta e se levantou,eu fiz o mesmo,esperando algum movimento dele para que eu fizesse o mesmo.

-quer ir para a praia? Podemos caminhar um pouco.

Eu sorri,era tudo oque queria ouvir.

-com certeza.

...

Caminhávamos na praia,deixei meus sapatos em seu carro,então molhava meus pés enquanto andava.

-sabe,Dylan me disse que você era uma mulher séria e fechada,achei que nunca conseguiria te chamar pra sair se quer,mas você não é assim.

Ele me olhou enquanto caminhava,seu rosto sendo iluminado pela luz da lua,oque só valorizava seus olhos castanhos.

-Dylan é um exagero,isso sim.-eu disse enquanto ria.

-Você morou em Londres desde sempre? Ou não é daqui?

-eu nasci nos Estados Unidos,mas vim com meus pais para Londres quando ainda tinha dez anos,e você?

-sou daqui mesmo.-ele disse,olhando para a agua em seus pés.-sabe,sobre sua floricultura e sobre Orlando,eu posso ajudar,posso pagar as passagens,ou qualquer outra coisa.

-eu agradeço,mas não posso aceitar,se eu conseguir o dinheiro,vai ser com meu esforço,e se não conseguir vai ser um aprendizado.

Ele suspirou em resposta,parecendo insatisfeito.

-certo,você quem sabe.

꧁𝒇𝒊𝒎 𝒅𝒐 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐꧂

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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𝐓𝐮𝐥𝐢𝐩𝐬 𝐚𝐧𝐝 𝐥𝐨𝐯𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora