Lisa sempre soube que há diversas maneiras de um destino se enlaçar a outro, no entanto ela jamais se preparou para a perda da sua melhor amiga e logo depois a obrigatoriedade de seguir o tratamento com um médico recluso, babaca, mau humorado, fecha...
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Fico extremamente espantada quando o Damon sorri para mim e contemplo a sua expressão espontânea, foi tão no automático que me desconcertou, era como se esse momento entre nós tivesse trazido alegria para ele, assim como trouxe a mim. Foi como se eu tivesse iluminado o seu humor taciturno sem nenhum esforço. Engoli em seco o bolo que subiu pela a minha garganta e senti sua mão apertar a minha quando os meus olhos escuros desviavam do brilho claro do dele. Aquela sensação boa em meu peito me assustava e sabia que não deveria deixá-lo ter tanto poder sobre mim.
Fecho os meus olhos no momento em que sinto os lacrimejar. Porra, eu não gosto de chorar na frente dos outros, sempre gosto de lidar com as minhas emoções em privado, gosto de me proteger, pois tenho medo do julgamento e me sinto vulnerável em uma situação como essa. No entanto, me encontrava incapaz de controlar esses atos inconscientes, era como se isso tivesse escapado para longe de mim e não estou mais no controle das minhas reações e nem fico desconfortável em saber que ele estava ali me observando com atenção.
— Por que está chorando? — Escuto sua indicação e logo sinto a sua mão em meu queixo levantando os meus olhos para encará-lo melhor. — Você estava feliz nestante. — O fito e vejo a confusão nos pares azuis.
— Eu.. eu estou feliz. — Afirmei ainda sentindo os seus braços me segurando. — Não é como se eu não estivesse alegre antes, mas sentia essa emoção pelos outros e não por mim mesma, entende? Não tinha contentamento pela minha situação e agora me dei conta que realmente vou conseguir voltar a andar e que sou muito sortuda ou privilegiada pelas graças divina. — Seu polegar se aproxima lentamente até o meu rosto e limpa as minhas lágrimas cuidadosamente.
— Você deveria ter acreditado em mim quando lhe disse que você voltaria a andar, Deivenn.— Murmurou roucamente e estendeu os lábios, enquanto ainda mirava os seus olhos em mim e quase revirei as minhas órbitas escuras diante do seu tom irritante. — Sua persistência é admirável e se continuar focada dessa forma, logo vai poder estar correndo por aí. — Assinto respirando fundo e dessa vez experimentei o calor dos seus braços ao passo que ele se aproxima e me abraça em torno dos seus contornos. — Você é uma guerreira, pequena cobrinha. — Sussurra em minha orelha e o meu corpo se arrepia diante da sua bela voz. — E, não desiste antes de vencer a batalha, Lis. — O órgão que bombeia o meu sangue acelera e entra em êxtase em questão de milésimos de segundos. No entanto, não é isso que me assombrou e sim o fato de tudo em mim estar apreciando o seu cuidado comigo. Caralho! Gosto definitivamente desse jeito dele, mas ainda odeio quando é excessivo e passa por cima das minhas decisões. É o Damon, Lisa. Seu médico babaca e arrogante. Que merda estou pensando? Não estimo nada que venha dele.
Foda-me!
Ele está complicando a minha vida e definitivamente não devia estar tendo tais pensamentos, só que depois que esse médico arrogante chegou tudo se complicou durante os meus dias. Só que ainda não posso esquecer que o fato do Vamerrer ter me ajudado e não reclamado comigo por tentar esses movimentos sozinha fez a minha mente dar alguns pontos para ele e o enxergar de um jeito menos negativo.
