🎀
A luz do amanhecer ainda lutava para se infiltrar através das cortinas pesadas que pendiam na janela do quarto. A claridade, embora fraca, foi suficiente para trazer Eloise de volta à consciência. Ela continuou a se aconchegar em sua cama, que parecia ter sido feita a partir de nuvens, tão confortável que era. No entanto, um pensamento repentino a fez abrir os olhos em alarme: a aula.Com uma agilidade surpreendente, Eloise saltou da cama e lançou um olhar ansioso para o relógio ao seu lado. 07:20, os números vermelhos pareciam gritar para ela. Uma exclamação de pânico escapou de seus lábios. Sua aula começava às 07:30 e, por algum motivo desconhecido, suas colegas não a acordaram.
Eloise, de repente dominada pela pressa, correu para o guarda-roupa e agarrou a farda padrão do internato. Ela vestiu as peças rapidamente, ajeitou a gravata de qualquer maneira e tentou domar seus cabelos rebeldes com os dedos. Após um rápido borrifo de seu perfume habitual, ela pegou sua mochila e saiu correndo de seu quarto.
A sensação de sujeira a atormentava durante a corrida desesperada. Não havia tempo para o habitual banho matinal, e nem mesmo para escovar os dentes. Correndo pelo corredor silencioso do convento, Eloise atraiu olhares desaprovadores das freiras que passavam. Isso apenas confirmou seu medo - todas as outras alunas já estavam em suas respectivas salas de aula.
Ao chegar a sua sala, Eloise ficou totalmente atordoada. Sua entrada brusca causou um ruído alto, chamando a atenção de todos na sala. Isso incluía um grupo militares que, aparentemente, estavam dando algum tipo de aviso à turma.
"Eloise! Esses são modos de entrar em sua sala de aula?" A voz repreensiva da freira ressoou pela sala, fazendo todos virarem os olhos para Eloise, que agora estava no centro das atenções.
"Eu... sinto muito, irmã." Eloise murmurou, baixando a cabeça em sinal de arrependimento.
"Sente-se em seu devido lugar." A freira ordenou de maneira rígida. "Peço desculpas, senhores. Sabe como são os adolescentes." Ela deu um riso sem graça, tentando aliviar a tensão.
"Sem problemas, irmã Deborah." Um dos militares respondeu com um sorriso amigável. Eloise o reconheceu como o mesmo homem que sempre a encarava durante as aulas. Ele não parecia perturbado com a entrada tardia de Eloise e logo se despediu, deixando a sala.
O restante da aula passou de forma rápida e sem incidentes. Durante o recreio, Eloise e suas amigas discutiram sobre a possibilidade de escapar do internato à noite. Nathy, uma das amigas de Eloise, estava determinada a encontrar uma maneira de sair para encontrar seu namorado em alguma balada da cidade.
"E se a gente sair à noite?" Nathy sugeriu, um brilho de excitação nos olhos.
"Você enlouqueceu? Isso é impossível!" Elen, outra amiga, retrucou ceticamente.
"Eu já arranjei uma carona. Ele vai parar o carro perto daqui." Nathy argumentou, ignorando a reação de Elen.
"Cara, pelo amor de Deus. Aquieta esse rabo, ninguém vai correr esse risco só pra você ver seu namorado!" Elen repreendeu, revirando os olhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
- 𝗨𝗟𝗧𝗥𝗔𝗩𝗜𝗢𝗟𝗘𝗡𝗖𝗘- Roman Partizan
FanfictionUma jovem prestes a concluir seu ensino médio em um internato católico, acaba cruzando no caminho de um militar russo.