A chegada de Peter Pan

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Era uma noite tranquila em Londres. O quarto de Wendy, João e Miguel estava mergulhado em silêncio, com as cortinas balançando levemente ao ritmo da brisa que entrava pela janela aberta. Lá fora, a lua iluminava o céu escuro, e dentro do quarto, tudo parecia em paz.

De repente, uma leve sombra se moveu entre as paredes do quarto. Era rápida, quase imperceptível, como se estivesse viva. E, em um segundo, Peter Pan, o menino que nunca crescia, entrou pela janela com um salto silencioso, seus pés pousando suavemente no chão de madeira.

Peter: (sussurrando para si mesmo) Onde está ela? Minha sombra deve estar aqui em algum lugar...

Ele começou a procurar pelo quarto, virando almofadas, abrindo baús, e tentando não fazer barulho. Mas, no meio de sua busca desesperada, ele tropeçou em uma cadeira, fazendo um estrondo que ecoou pelo quarto.

Wendy: (acordando, com os olhos semicerrados) Quem está aí?

Peter congelou no lugar, seu coração acelerando. Wendy se levantou da cama, os cabelos bagunçados e a expressão confusa.

Wendy: (sussurrando) Quem é você?

Peter: (tentando soar casual) Sou Peter Pan. Eu... eu vim buscar minha sombra.

Wendy, ainda meio sonolenta, olhou em volta, e então viu algo balançando debaixo da cama. Com um movimento rápido, ela se abaixou e puxou um pedaço de pano que parecia estar tentando escapar.

Wendy: (segurando a sombra) É isso que você está procurando?

Peter sorriu largamente, seus olhos brilhando de entusiasmo.

Peter: Sim, sim! Minha sombra! Eu sabia que estava aqui.

Wendy olhou para ele, intrigada, enquanto Peter tentava grudar a sombra em si, mas sem sucesso. Frustrado, ele suspirou e se sentou no chão.

Peter: (desanimado) Não funciona... ela não quer ficar.

Wendy: (rindo suavemente) Você não pode simplesmente costurá-la? Posso ajudar, se quiser.

Peter olhou para ela, surpreso com a ideia, e então assentiu. Wendy pegou agulha e linha, e em poucos minutos, estava costurando a sombra no pé de Peter.

Peter: (curioso) Como você sabe costurar?

Wendy: (sorrindo) Minha mãe me ensinou.

Enquanto Wendy terminava o trabalho, Peter olhava para ela com uma mistura de fascínio e admiração. Quando a sombra finalmente ficou presa, Peter se levantou, agora mais confiante, e testou alguns movimentos rápidos, vendo que a sombra o seguia.

Peter: (com um sorriso largo) Funcionou! Obrigado, Wendy!

Wendy: (curiosa) De nada... mas, o que você estava fazendo aqui, além de procurar sua sombra?

Peter deu um passo à frente, seus olhos brilhando com uma ideia que surgia em sua mente.

Peter: Venha comigo, Wendy. Eu posso te levar para a Terra do Nunca. Lá, você nunca vai crescer. Pode ser uma aventura como você nunca viu!

Wendy olhou para ele, surpresa e um pouco tentada pela proposta. O pensamento de nunca crescer, de viver uma vida cheia de aventuras ao lado de Peter, soava mágico demais para ser recusado.

Wendy: (hesitante) A Terra do Nunca?

Peter: (com um sorriso travesso) Sim! Um lugar onde a diversão nunca acaba, onde você pode voar e viver livre, sem preocupações.

Os irmãos de Wendy, João e Miguel, começaram a se mexer nas camas, despertando lentamente ao ouvir as vozes.

João: (bocejando) O que está acontecendo?

Miguel: (confuso) Quem é ele?

Peter: (com um olhar rápido para eles) Vocês também podem vir! Todos podem voar!

Wendy: (sorrindo) Tudo bem... mas como nós vamos chegar lá?

Peter então puxou um pequeno saco






































— Com pozinho mágico...

Neverland: O menino e o segredoOnde histórias criam vida. Descubra agora