𝐊𝐋𝐀𝐑𝐀 𝐇𝐀𝐑𝐑𝐈𝐍𝐆𝐓𝐎𝐍 era apenas uma garotinha de 11 anos quando o destino lhe trouxe algo trágico: a morte de seu pai. Como se já não fosse suficiente, a menina teve que se mudar para uma cidade que, de seu conhecimento, era no fim do mun...
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⤿ CASA DO HOPPER 23/01/1985
𝗢𝗕𝗦𝗘𝗥𝗩𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗝𝗜𝗠 𝗔𝗕𝗥𝗜𝗥 𝗢 𝗔𝗥𝗠Á𝗥𝗜𝗢 da cozinha, me joguei no sofá da casa e folheei a revista entediante que tinha nas mãos. Um leve suspiro escapou dos meus lábios.
― Esse tédio pode ser resolvido. - A voz de Jim ressoou pela sala, fazendo-me levantar o olhar.
― O que disse? - Sentei-me no sofá, apoiando o braço no encosto e observando-o.
― Que esse tédio pode ser resolvido. - Ele colocou uma colher de cereal na boca, me lançando um olhar firme, como se soubesse exatamente o que eu estava pensando. ― Você terminou o colégio. Talvez seja hora de começar a trabalhar, se preparando para a faculdade.
― Faculdade? Eu mal consegui passar no técnico em informática. - Ri de maneira irônica, balançando a cabeça. Não sabia o que ele via em mim para sugerir aquilo, mas a voz dele sempre tinha um tom de confiança que me fazia duvidar de minhas próprias limitações.
De repente, o som da porta do quarto próximo se abriu, atraindo nossa atenção. El apareceu, com uma expressão confusa e curiosa.
― O que é informática? - Sua voz suave me fez olhar para ela novamente.
― É algo que... - Mordi o lábio, tentando encontrar uma explicação simples. ― É um trabalho com computadores. - Falei, observando suas sobrancelhas se erguerem levemente, como se estivesse absorvendo a informação, o que me fez sorrir.
― Mas você passou. - Hopper colocou o pote sobre a mesa, com um tom encorajador. Ele sempre tinha esse jeito de ser firme, mas com uma leveza, como se quisesse me lembrar que eu não estava sozinha. ― Acho que você teve dificuldade porque esse não é exatamente o seu ramo.
Arqueei uma sobrancelha, com um sorriso confuso no rosto. ― E você acha que eu tenho um ramo agora?
― Sempre teve. - Ele se sentou ao meu lado no sofá, começando a calçar as botas. O som do zíper ecoou na sala, e ele continuou, como se fosse o normal entre nós, como se essas conversas não fossem tão incomuns. ― Parece... não sei, você não teve dificuldade nenhuma quando comecei a te ensinar sobre a polícia. Lembro que você pegou tudo rapidamente, Klara.