As primeiras horas da manhã chegaram lentamente, o céu, ainda coberto por nuvens pesadas, dava um tom sombrio ao acampamento improvisado, a noite havia sido longa, cheia de debates sobre a melhor forma de avançar contra a seita, mas agora o grupo estava acordado e dividido, cada um lidando com as preparações à sua maneira.Dyana, acostumada a correr pelos campos e florestas à noite, sentia-se inquieta, ela olhava ao redor, seus olhos atentos captando os menores movimentos dos membros do grupo. Liam e Eleanor estavam mais à frente dela discutindo estratégias em tons baixos e sérios O modo como Eleanor sempre analisava tudo com tanto cuidado a irritava e fascinava ao mesmo tempo.
Beatriz, por outro lado, tinha um jeito mais leve, o que Dyana achava dahora. A lobisomem gostava da presença dela, ela era diferente de Eleanor menos séria, mas ainda assim inteligente e perspicaz, ao contrário de Liam, Beatriz parecia entender o equilíbrio entre o planejamento e o instinto, algo que Dyana amava.
Beatriz estava a alguns metros de distância, afiando sua adaga, quando Dyana decidiu que precisava de um tempo longe das preocupações da missão. Sem aviso, ela se levantou e caminhou até onde Isabelle estava, com um sorriso malicioso nos lábios.
— Você parece muito concentrada nisso aí. Cuidado pra não cortar o dedo.
Dyana provocou, apoiando-se em uma árvore próxima.
Beatriz levantou o olhar, sem deixar de sorrir de volta.
— E você parece entediada, oque foi? Cansou de observar a nossa chefe sanguessuga?
Dyana riu.
— Ela é uma peça difícil, não vou negar. Mas eu tô precisando de algo mais... relaxante digamos.
Isabelle ergueu uma sobrancelha, divertindo-se com o tom da outra.
— Relaxa, lobinha, vamos ter muita ação em breve. Aproveita essa pausa antes que as coisas piorem, descansa um pouco.
Dyana se aproximou um pouco mais, agora inclinando-se sobre a pedra onde Beatriz estava sentada.
— Às vezes, a gente precisa criar a nossa própria diversão, sabe???
Beatriz deu uma risada baixa e olhou para Dyana, seus olhos brilhando com um misto de curiosidade e provocação.
— Ah, é? E que tipo de diversão?
Dyana, sem hesitar, deixou seu sorriso se alargar ainda mais.
— Eu sou bem direta, Gosto de ir atrás do que quero. E, agora, o que eu quero é ver se você é tão corajosa fora de combate quanto é no campo...
A provocação no ar entre as duas era evidente. Havia uma química que Dyana sentia há algum tempo, e Beatriz, pelo jeito, também estava percebendo. Beatriz fechou os olhos por um segundo, como se entregasse sobre a provocação de Dyana, mas quando abriu os olhos de novo, sua expressão estava mais séria, mais firme..
Ela se levantou lentamente, agora ficando na mesma altura de Dyana.
Você tem um jeito bem direto né lobinha?
Dyana inclinou-se um pouco mais, agora praticamente roçando os lábios de Beatriz.
— Eu avisei que sou direta.
E sem mais hesitação Dyana se aproximou o suficiente para que seus lábios encontrassem os de Isabelle. O beijo foi imediato e intenso sem indecisão. Beatriz respondeu com a mesma intensidade, puxando Dyana pela cintura, sentindo o calor que emanava da lobisomem. A mistura de força e desejo que ambas sentiam tornava o momento gostoso como se toda a tensão dos dias anteriores finalmente encontrasse uma forma de escape.
Por um breve instante, o mundo ao redor deixou de existir. Não havia missão, não havia seita ou perigo, qpenas o calor entre elas, as bocas se encontrando com urgência e a sensação de corpos se aproximando, como se tentassem devorar o momento. O desejo era palpável, e cada toque era uma faísca que alimentava ainda mais a chama crescente.
Dyana separou um pouco beijou e olhou para Beatriz ofegante e falou
— eai... Você quer ir pra cabana e deixar eles seguirem?
— Ah... Claro Dyana, vamos para a cabana..
Assim, as duas foram para a cabana, chegando lá Beatriz sorri e olha para Dyana com malícia, Dyana retribui o olhar
— o que foi princesa? Quer algo?
— A Dyana, você sabe muito bem o que eu quero...
Disse Beatriz com um tom de malícia e se aproximando de Dyana a pegando pela cintura. O corpo de Dyana se chocou, ela sentiu o calor da pele de Beatriz, Dyana não hesitou e beijou a boca de Beatriz com intensidade.
Beatriz respondeu com a mesma intensidade, suas mãos se agarrando aos cabelos de Dyana enquanto o beijo ficava mais intenso. Beatriz segurava a cintura de Dyana com firmeza, suas mãos explorando às curvas da lobisomem.
As mãos de Beatriz desceram pela cintura de Dyana, agarrando seus quadris com força e aproximando o corpo de Dyana para mais perto, enquanto Dyana soltava um suspiro entre o beijo sentindo seu corpo reagindo a intensidade do momento. Os lábios de Beatriz desceram lentamente beijando o pescoço de Dyana e mordendo levemente a pele de Dyana.
Dyana incapaz de conter o desejo que crescia dentro dela, apertou a nuca de Beatriz com força.
— Você gosta de brincar com fogo...
Dyana murmurou com a voz rouca e baixa.
— Eu sou o próprio fogo...
Disse Beatriz, abaixando o short de Dyana, Beatriz se ajoelha na frente de Dyana e morde a coxa dela... Mas antes que qualquer coisa aconteça Eleanor chega. Ela ficou parada na frente da cabana, seus olhos brilhando de fúria que ela tentava disfarçar, seu olhar fixou em Dyana.
— Estou atrapalhando algo importante?
Eleanor perguntou com a voz fria e séria, mas qualquer um que a conhecesse bem sabia que aquele tom era de ciúmes.
Beatriz ainda ofegante a respondeu
— Parece que você chegou na hora errada.
Dyana que ainda parecia confusa com a entrada de Eleanor do nada, vestiu o short e cruzou os braços. Beatriz apenas sorriu.
— Você acha isso engraçado, Beatriz? Desde que você chegou eu já... Sabia que você ia causar problemas
Disse Eleanor .
Beatriz apenas sorriu novamente e a respondeu com um leve deboche.
— Problemas? Você está com ciúmes da Dyana, Eleanor? Porque se estiver eu posso sair e deixar as duas se resolverem.
— Ciúmes? Eu? Não seja ridícula.
Ela respondeu com a voz firme mas ela estava se perdendo no próprio disfarce e deixando seus verdadeiros sentimentos aparecerem.
— Você não consegue esconder, tá na cara.
Eleanor respirou fundo.
— Você está vendo coisas aonde não existe.
Eleanor se retirou, deixando Dyana e Beatriz a sós.
— Isso foi inesperado...
Disse Dyana sem entender nada do que estava acontecendo ali.
— Inesperado Dyana? Tá óbvio que ela gosta de ti, só não quer admitir.
— Ata! Eleanor? Gostando de mim? Nunca.
— Veremos.
Disse Beatriz.
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𝐌inha Lobisomem
VampirosEm um mundo onde vampiros e lobisomens coexistem com grande desconfiança, Eleanor, uma vampira orgulhosa e mimada, é forçada a trabalhar com Dyana, uma abusada e destemida lobisomem, em uma missão crucial para ambas as raças. Desde o início, a relaç...