Taylor Swift tinha tudo: dinheiro, fama e milhões de fãs ao redor do mundo. Mas, acima de tudo, tinha Scarlet, sua filha de olhos verdes, sua maior alegria. Ainda assim, algo faltava. Algo que nenhum sucesso ou fortuna poderia preencher. Talvez foss...
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O Presente, Março de 2024
A noite de março estava fria e tranquila em Nashville, e o silêncio da casa oferecia um contraste ao turbilhão de pensamentos na mente de Taylor Swift. Dez anos haviam se passado. Dez anos desde a última vez que ela vira Travis Kelce, desde aquela noite inesquecível que mudara sua vida de forma tão profunda.
Ela estava sentada no sofá da sala, a lareira ao fundo emitindo um brilho suave. Ao seu lado, uma caixa de fotos antigas, memórias que tentara guardar ao longo dos anos, mas que hoje pareciam especialmente vívidas. Dez anos. E naquela noite, Taylor sentia o peso de cada um desses anos.
Lá em cima, sua filha, Scarlet Swift-Kelce, dormia. Uma garotinha de 9 anos, de cabelos dourados e olhos esverdeados, tão doce quanto o nome que carregava. Nascida em 13 de março, no mesmo dia que a mãe, Scarlet era o resultado daquela breve, mas intensa, história de amor com Travis. E ele não fazia ideia.
Taylor suspirou profundamente, levantando-se e caminhando até a janela. As luzes da cidade brilhavam ao longe, mas seu olhar estava perdido no passado, naquela noite de março de 2014. Um relacionamento que durou apenas dois meses, mas que tinha deixado uma marca permanente. Eles haviam se separado em meio à fama, pressões e as agendas lotadas que pareciam impossíveis de conciliar. E então, quando Taylor descobriu que estava grávida, decidiu seguir sozinha.
Ela acreditava que estava protegendo Travis, dando a ele a liberdade de continuar sua carreira sem a responsabilidade de uma filha que ele jamais esperava. Ele estava no auge de sua carreira no futebol, e ela temia que contar sobre Scarlet mudaria tudo, não apenas para ele, mas para o mundo. Era uma decisão difícil, mas tomada com o desejo de proteger o que eles tinham vivido e o futuro que ele poderia ter.
Agora, dez anos depois, Taylor se via confrontada com a realidade de que Scarlet crescia, e o dia em que teria de contar a verdade estava cada vez mais próximo. Não era apenas a questão de Scarlet não conhecer seu pai, mas o peso da verdade que ela carregava por tanto tempo.
De repente, o som do telefone vibrando na mesa ao lado a trouxe de volta ao presente. Ela pegou o celular sem pensar muito, mas quando viu o nome na tela, seu coração quase parou.
Travis Kelce.
O nome que ela não via há tantos anos, mas que nunca deixou de reverberar em sua mente. Uma mensagem, curta, direta, como um soco no estômago.
"Precisamos conversar."
Taylor ficou imóvel por um instante, sentindo o mundo ao seu redor girar. Como ele havia conseguido seu número? E o que ele queria depois de tanto tempo? Naquela noite, enquanto observava o fogo brilhar na lareira e a filha dormindo em paz no andar de cima, Taylor soube que o passado estava prestes a colidir com o presente de uma forma que ela nunca poderia ter previsto.
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Travis estava sentado em seu apartamento em Kansas City, observando o reflexo das luzes da cidade nas janelas. Apesar de ter alcançado o auge de sua carreira e ser um dos maiores nomes da NFL, a sensação de vazio o incomodava mais naquela noite do que em qualquer outro momento. Dez anos. Era difícil de acreditar que uma década se passara desde aquela noite de março de 2014.
Ele passou a mão pela barba, distraído, tentando afastar as memórias, mas era inútil. Por mais que tentasse seguir em frente, havia algo naquela época que o assombrava. O relacionamento com Taylor Swift tinha sido curto, mas nada na sua vida antes ou depois conseguia se comparar à intensidade do que viveram juntos. E então, de repente, tudo havia terminado, sem explicação suficiente, sem uma última conversa que desse sentido ao que aconteceu.
Por dez anos, ele havia tentado esquecer. Tentado se convencer de que o que viveram era apenas mais um capítulo na vida cheia de altos e baixos que ele tinha. Mas sempre que ele ouvia uma música de Taylor no rádio ou a via em premiações, algo dentro dele revirava. Ele se lembrava perfeitamente da última vez em que a viu, do jeito como ela olhou para ele naquela noite — uma mistura de tristeza e resignação. Havia algo que ele nunca entendeu completamente. Ela o afastara, e ele, focado no futebol e em seguir em frente, não lutara como deveria.
Naquela noite, sentado sozinho, ele não conseguia mais ignorar o que vinha tentando enterrar por anos. Decidiu finalmente confrontar o que o incomodava desde aquele último adeus. Travis pegou o celular e digitou a mensagem simples, sem pensar demais nas consequências:
"Precisamos conversar."
Ele hesitou antes de enviar, encarando a tela. Era tarde demais para começar uma conversa dessas? E se Taylor já tivesse seguido completamente em frente, sem nunca olhar para trás? Talvez estivesse casada, talvez nem se lembrasse dele — o que parecia improvável, considerando quem ela era, e a maneira como o mundo os conectava constantemente.
Mas havia algo que ele precisava entender. Era mais do que apenas nostalgia. Havia um vazio que nenhuma vitória no campo, nenhum título conquistado, nenhum aplauso de fãs apaixonados havia preenchido. Ele havia vivido a última década com a sensação de que algo não estava resolvido. E, mesmo que Taylor nunca soubesse disso, ela era o epicentro desse vazio.
Travis se levantou e foi até a janela, encarando o horizonte de Kansas City como se estivesse buscando respostas nas luzes. Ele se lembrou da primeira vez em que a viu, aquele vestido verde, o sorriso que parecia iluminar tudo ao redor. Ele nunca contou a ninguém o quanto aquele relacionamento o afetou — nem aos amigos mais próximos, nem à família. Era uma parte dele que ele mantinha trancada, achando que talvez, com o tempo, o sentimento desapareceria.
Mas não desapareceu. E agora, a curiosidade sobre por que Taylor desaparecera de sua vida tão repentinamente o corroía. Ele sempre soube que havia algo mais por trás daquele término abrupto. Dez anos de silêncio. Dez anos sem respostas.
O telefone vibrou em suas mãos, interrompendo seus pensamentos. Ele olhou para a tela, mas era apenas uma notificação qualquer. Nada de Taylor. Ainda não. Ele se perguntou se ela responderia, e, mais importante, o que ele diria se ela decidisse se abrir com ele.
Sentindo uma leve tensão nos ombros, Travis caminhou até uma mesa onde havia um álbum de fotos. Ele o abriu e, lá dentro, estavam algumas poucas lembranças daquele tempo. Fotos de eventos, festas e uma imagem específica dele e Taylor, ambos rindo, ela com aquele vestido verde que ele nunca conseguia esquecer.
Ele sabia que, qualquer que fosse a resposta dela, as coisas jamais seriam como antes. Mas ele precisava entender, precisava saber por que aquilo tudo o assombrava até hoje. Havia perguntas não feitas, palavras não ditas, e talvez até segredos que ele nem sabia que existiam.
Travis colocou o celular de lado, tentando não ficar obcecado pela falta de resposta imediata. Ele sabia que estava prestes a reabrir uma ferida que nunca cicatrizou, mas, por mais doloroso que fosse, talvez fosse a única forma de seguir em frente. Ou, quem sabe, reescrever o final da história que nunca teve uma conclusão real.
