cap 48

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         Lud: E tua amiga Keilão? Era confiável?

Clara: Mano tu não presta Ludmila,até numas horas dessas tu me faz Ri.

Lud: Eles tem problemas com nomes,só pode. É keilão,Isão. O vulgo nem se fala. Esse morro aqui é pequeno,se o Danilo pensar direito vão amassar isso aqui em cinco minutos.

Maia: O pior é que estamos todas aqui,vão pirar.

Clara: Verdade.  E tu Ludmila? Tá bem? Tá com fome?

Lud: Tô bem! Comi naquela hora. Qualquer coisa vou mamar o leite da Maia_____ Elas riem.

Clara: Isso lá é hora de rir. Nem estamos parecendo prisioneiras.

Maia: Nem reclama.

    As horas foram se passando e fui ficando inquieta. Não conseguia nem se quer me sentar. Minha barriga estava pesando muito,eu também estava com fome. Maia amamentava o Erick enquanto a clara apenas riscava o chão verde com o dedo.

Lud: vou enlouquecer aqui dentro.

Maia: Porque estão demorando tanto.

Clara: será que sabem que estamos aqui?

Lud: Acho que sim! Esse idiota do Kilo com certeza iria querer deixar o Danilo e o Lucas inquietos para receberem o vídeo pra saber se a gente está realmente bem.

Maia: Verdade.

Lud: Da vontade de sair gritando até alguém aparecer.

Clara: E fazer oque? Te bater? Ou bater na gente? Se liga Ludmila,estamos presas com bandidos que tá logando o foda-se Pra gente. Não somos queridas aqui,então vamos ficar bem quietas e sair ilesas por bom comportamento.

Lud: Tá achando que isso aqui é uma cadeia Clara? Com bom ou mal comportamento vamos morrer. Se liga se os meninos não conseguirem acabar com eles,o de menos  que vai acontecer com a gente é ser escravas sexuais desse Kilo.

Maia: Ave Maria! Vira essa boca pra lá.

Clara: E isso significa que você tem que colocar em risco a única chance de sairmos daqui sem levar chutes e socos?

  Minha paciência torra as vezes.

Lud: Eu disse que ia fazer? Eu disse que tinha vontade, é completamente diferente Ana Clara.

Maia: Para gente,pelo amor de Deus! Parem com isso,não vai levar vocês a lugar algum. Só quero sair daqui  viva com meu filho e ver meu marido. Só isso.

  Ver a maia chorar mais uma vez me doeu o coração. Com um bebê no colo, sentada em um chão sujo sem nem ao menos saber se vai sair viva ou morta daqui,sem saber oque vai acontecer com seu filho. Isso é doloroso,até maldade.

   Não consigo segurar as lágrimas,sinto cada uma delas descer por minhas bochechas. Deixando um rastro de dor por ali.

Lud: Queria sair daqui e ter certeza que veria o rostinho da minha Luna,ver meu irmão e meu Amor. Se eu pudesse ver eles só por uma vez,só uma,eu ficaria muito feliz.

Clara: Calma Lud,vai ficar tudo bem! Você vai ver.

      Pela janelinha dava pra ver que a noite já caia. Eu já nem conseguia mais ficar em pé. Toquei minha barriga pedindo mentalmente perdão para minha filha. Eu não consegui ser uma boa mãe nem mesmo ela dentro de mim.

Agora vamos morrer aqui dentro desse galpão. E não vou poder ver o rostinho dela.

    A porta do galpão se abre. O BH e outro menino magrelo entra,logo atrás vem o Kilo e a Isabela.

A encrenca do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora