Enquanto a noite avançava no local, o clima de tensão parecia aumentar ao redor de Mel, embora ela estivesse concentrada em suas tarefas. A música alta e o movimento frenético de clientes disfarçavam os olhares furtivos que Caio lançava em sua direção. Ele, agora com a missão dada por Lucas, estava visivelmente mais inquieto. Sua expressão havia mudado: o desconforto que antes mostrara deu lugar a uma determinação fria e distante. Caio não era mais o homem hesitante que Mel conhecera brevemente.
Ele se aproximou do bar com passos pesados, os olhos fixos em Mel, que ainda não percebera a gravidade da situação. Quando ela o viu se aproximar, sorriu levemente, tentando manter o profissionalismo, mas havia algo no olhar dele que fez um arrepio subir por sua espinha.
— Mais uma bebida? — Mel perguntou, tentando soar casual.
Caio não respondeu de imediato. Ele se inclinou sobre o balcão, os olhos semicerrados, e falou com uma voz baixa, mas carregada de ameaça.
— Não, não quero mais bebida. — Ele começou, sua voz agora mais rouca e ríspida. — Quero que você venha comigo. Agora.
Mel franziu a testa, confusa e um tanto assustada.
— O que você quer dizer? Estou trabalhando...
Antes que ela pudesse terminar a frase, Caio agarrou seu braço com força, puxando-a em direção à saída do bar. Sua pegada era firme, impiedosa. IItalla,de longe apenas observava com indiferença, como se tudo fosse parte da rotina.
— Caio! O que você está fazendo? — Mel exclamou, tentando se desvencilhar, mas ele apertou ainda mais, ignorando seus protestos.
— Fica quieta! — Ele rosnou. — Vai ser mais fácil pra todo mundo se você colaborar.
Mel olhou ao redor, procurando por ajuda, mas ninguém parecia notar o que estava acontecendo em meio à confusão do lugar. Caio a puxou para fora com força, ignorando os olhares curiosos dos poucos que perceberam a cena. Quando chegaram do lado de fora, Mel tentou resistir, mas Caio a empurrou contra uma parede, segurando-a pelo pescoço com uma mão, o rosto dele a poucos centímetros do dela.
— Escuta bem, garota. — Caio disse entre dentes. — Isso aqui não é um pedido. Você vai fazer o que eu mandar, entendeu?
Mel, ofegante e com o coração disparado, tentou manter a calma, mas o medo começava a dominá-la.
— Por quê? — Ela sussurrou, a voz tremendo. — O que você quer de mim?
Caio soltou uma risada curta e grossa.
— Não é o que eu quero. — Ele disse, os olhos frios. — É o que Lucas quer. E você vai fazer o que ele mandar, ou vai se arrepender.
Sem mais palavras, Caio a puxou para um carro estacionado nas sombras. Ele a empurrou no banco de trás, trancando as portas enquanto ligava o motor. Mel estava presa, e agora, pela primeira vez, percebeu a gravidade da situação. O homem que dirigia ao lado dela não tinha qualquer traço de empatia. Caio agora era apenas um peão de Lucas, cumprindo ordens com uma frieza assustadora.
Enquanto o carro avançava pela noite, Mel começou a tremer. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de escapar, mas, por enquanto, estava à mercê de um homem que, naquele momento, parecia disposto a tudo para cumprir a missão que lhe fora dada.
O carro deslizou pelas ruas desertas, e Mel sentia o coração acelerar a cada curva. A cidade, que antes parecia cheia de vida, agora era apenas um borrão de luzes e sombras. Caio dirigia em silêncio, a tensão no ar se intensificava a cada segundo. Mel tentava pensar em uma maneira de se libertar, mas a brutalidade que ele demonstrara a deixava paralisada de medo.
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Apaixonada por um Mafioso
AventuraMel Cristina Uma jovem garota que acaba se apaixonando pelo Lucas, um dos grande mafiosos de São Paulo.