𝐃𝐚𝐫𝐤 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐬 - 𝐎 𝐑𝐞𝐢𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞.

➛ Prólogo

Há milênios, um leal servo das sombras perigrinava pelo mundo, abandonando o conforto dos mais nobres planetas em busca de seus soberanos exilados. Após anos de incansável procura, a miserável criatura encontrou os seres imundos e de alma perversa, aprisionados em um buraco de minhoca, condenados pela natureza de sua existência impura.

Incapaz de prestar auxílio, fez de sua pele um documento e, com seu sangue, escreveu o que via, narrando a desgraça de seus senhores. "Desesperados para recuperar a liberdade, meus senhores se rebelam uns contra os outros, e ceifam-se, abandonando a glória que outrora possuíam."

Com a sanidade ainda intacta, o servo das sombras sugeriu: "Os mais robustos devem consumir os mais debilitados, aumentando seu vigor, e em um ato de irmandade, explodir, para rasgar a dobra do tempo e escapar com as crias de seus salvadores."

E assim foi feito, os mais fortes devoraram os mais fracos e, como um último esforço, explodiram, rompendo a barreira temporal, e juntamente dos filhotes, foram lançados para fora do buraco de minhoca com os restos mortais de seus irmãos.

Ao se chocarem contra o chão, aterrissaram na lua de Umbra Sétima, (um planeta rico em elementos místicos e misteriosos). Famintos, devoraram tudo o que podiam. Seus corpos transcenderam, tornando-se corpos de deuses ao absorver os poderes dos elementos consumidos. Com o poder, veio a consciência, e parte de sua aura suja se limpou, trazendo remorso por deixarem as crias sem nada.

Em busca de sustento para os menores, foram para Umbra Sétima, encontrando novos elementos; impuros, caóticos. As crianças, ao consumi-los, foram corrompidas e adoeceram. Sendo dadas como mortas devido a seu estado mórbido e apático, foram lançadas a lua de um planeta distante.

Para aliviar a consciência, os deuses voltaram a viver na lua de Umbra Sétima, e acolheram  os habitantes de um planeta a beira da auto exterminação: a Terra. Escolheram os melhores humanos para povoar seu planeta e os monitoraram da lua, concedendo-lhes o apoio que não puderam dar aos próprios sobrinhos.

Com o tempo, os humanos mostraram sua real essência; a ingratidão, e esqueceram a importância dos deuses cessando suas adorações.