00' prólogo.

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março de 2023

Já faziam algumas semanas desde que Doprê e Buttelli tinham feito uma música juntos. Ela tinha sido lançada pouco tempo depois de feita, e depois de terem uma conexão tão grande, estavam se encontrando sempre que podiam desde então.

Agora, fumavam um baseado na sacada do apartamento de Buttelli.

— Caralho, eu não imaginava que depois de ópio a gente seria tão amigos. — Bel falou.

— Papo reto, eu achava que você era meio mala, sabia!? — disse e ela se chocou.

— Eu sou mó paz! — disse e ele soltou uma risada.

— No papo, Bebel, cê tem que conhecer meus parceiros.

— Eu tenho preguiça de Guarulhos.

— Ish, porque? — perguntou ofendido.

— Seloco, meu ex é de lá.

— Caralho, cê já namorou?

— Aham, eu tinha dez anos. — disse e ele riu. — Não ri! Ele me traiu, deu caneta pra outra mina na minha frente.

— Você é maluca, parça papo reto.

— Mas falando sério, marca alguma coisa com seus amigos que eu vou.

— Vamo' pra norte hoje então. — sorriu.

— Ah não! Esse papo de batalha de novo não.

— Você vai sim! Você não tem escolha, oito horas a gente tem que estar lá.

— Eu te odeio, vou excluir ópio do spotify.

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O clima estava abafado em São Paulo, mas de vez em quando batia um vento gelado, o que fez Mabel vestir um moletom

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O clima estava abafado em São Paulo, mas de vez em quando batia um vento gelado, o que fez Mabel vestir um moletom.

Ela e Pedro foram de carro até a batalha da norte, não demorou muito, já que a garota morava na zona norte.

Mabel sentiu que as pessoas a observavam como se ela fosse uma grande atração naquele meio, se sentia assim em poucos lugares. Sentia que era especial e fora do comum.

Quando entraram no backstage, Dopre a guiou diretamente a um grupo bem específico, que ela deduziu que eram seus amigos.

— E aí rapaziada, essa aqui é a Buttelli, se pá cês já conhecem, mas hoje ela veio pra nossa área! — apresentou ela e a garota sorriu enquanto os cumprimentava.

Ela podia se recordar de seguir um deles no Instagram, o de dreads. Ele era muito talentoso em relação a músicas, mas nunca tinha o visto batalhar.

— Muito daora te ver aqui, tenho certeza que cê vai adorar ver as rimas. — Barreto falou.

— Valeu! Eu assisto muito pouco, não tenho tanto tempo e nunca tinha me interessado muito a esse ponto, mas hoje to disposta a conhecer esse mundo.

— Ela tá dizendo isso mas na verdade eu tive que arrastar ela pra cá. — Doprê disse arrancando risadas.

Maria Isabel nunca imaginou que se sentiria tão confortável em um lugar, quanto ficou ali

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Maria Isabel nunca imaginou que se sentiria tão confortável em um lugar, quanto ficou ali. Era um lugar simples, com fãs legais, artistas legais e organização boa.

E ela também não podia negar, os caras rimavam muito. E também tinham duas minas que dominaram tudo.

No fim, valeu a pena ter sido arrastada para lá.

— E aí, qualquer dia nois' tem que marcar uma resenha. — Bask falou.

— Papo, depois uma sesh... — Apollo sugeriu.

— Eu topo demais! Sério, falem pro Doprê marcar e eu passo o endereço.

— Ai eu vi vantagem! — Jotapê sorriu.

— Parem com isso, eu tenho ciúmes de feat com a Buttelli, vocês vão ficar querendo. — Doprê disse enquanto abraçava a garota de lado, a fazendo rir.

— Larga de ser chato! — Guri falou. — Ele vai marcar e depois a gente se tromba, parceira.

— Então é isso, vou indo!

Ela se despediu de todos que ainda estavam na roda, mas alguns já tinham ido embora.

Assim que ela entrou em seu carro, suspirou e pensou em quantos futuros ela tinha enxergado naquele dia.

Ficava feliz de ser referência pra eles, alguns mostraram sons que tinham e ambos eram talentosos. Podia prever um grande laço com a maioria.

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀, Jotapê McOnde histórias criam vida. Descubra agora