CAPÍTULO 01

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                        CAPÍTULO  01

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                        CAPÍTULO  01

                                                                                                      2613  palavras 

                                 Marcela

          O vento forte típico de áreas praianas carregava consigo, além das folhas, o som de talheres raspando o prato ou caindo de alguma mesa próximo dali, o som de música alta de várias vertentes, gargalhadas e vozes esganiçadas compunha a melodia urbana dos bares da orla Marítima da cidade.

          Eu tenho que ser muito cautelosa com a pista nessas horas o vento carrega uma areia tão fina, que chega a ser invisível aos olhos essa areia se espalha no asfalto causando quedas e colisões com motoqueiros, venha pilotando minha mais nova aquisição uma  shineray worker 125,comprei não para exibir poder como muita gente faz, mas pela necessidade de ter que fugir em velocidade em certas ocasiões, dirijo de olho nos postes de iluminação fugindo das câmeras espalhadas pela avenida, procuro sempre o ponto cego que pela minha profissão sei onde fica, não tenho a mínima vontade de ficar no foco das imagens,  aguardava o sinal verde abrir dando passagem para meu brinquedinho correr.

           Estava assim olhando para frente, quando uma garota distraída atravessou a primeira marcha no exato momento em que o sinal fechou para os pedestres, a garota correu ficando no meio em cima da faixa, agora eu fiquei preocupada acelerei pouco para não assustar a garota, passando ao lado e observando, puta que pariu ela é simplesmente linda, alta, muito alta, cabelos castanhos claros cortados quadrado com as pontas, maior nas laterais, um rosto alongado e fino, a pele bronzeada, usando um vestido longo branco e florido solto valorizando suas curvas e que curvas, um copo feito para abraços, ali estava uma garota que com certeza em outros tempos eu teria um imenso prazer em conhecer melhor, ouvi os pneus de um carro frear com força e observei pelo retrovisor se a garota estava bem, gargalhei alto ao ver a imagem pequena pela distância ela fazer um gesto obsceno para os rapazes do carro que agora buzinavam mandando que eu abrisse espaço. Eu, que não ia facilitar para os desocupados, continuei acelerando a moto que ganhava velocidade na avenida, mas sempre dentro do meu limite de velocidade não posso me dar ao luxo de colidir ou me envolver em brigas de trânsito, por isso dobrei a próxima esquina seguindo rumo a praia, deixando os garotos para trás.

           Na av. Beira-mar o trânsito andava horrível pior do que nos outros dias muitos carros parados, buzinando, motoristas impacientes, tudo isso por conta da corrida que tinha visto la no começo e parte da avenida estava interditada, dirigi lentamente mesmo estando de moto, não dava para ir mais veloz, a quantidade de carro e de motoristas lesados era a mesma. 

AMOR  ALÉM DO.PERIGOOnde histórias criam vida. Descubra agora