Capítulo 4: Sob o Feitiço da Noite

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A noite já estava profunda, e o acampamento havia se aquietado. A fogueira crepitava suavemente, e as estrelas brilhavam intensamente acima. No entanto, os sentimentos entre os casais ainda estavam em plena ebulição, como se a escuridão trouxesse à tona tudo o que estava escondido.

De volta ao riacho, Ana Bárbara e Davi estavam sentados, ainda ofegantes depois do beijo. O clima entre eles estava diferente agora, mais intenso, mais pessoal. Eles haviam cruzado uma linha que ambos sabiam que mudaria tudo.

Ana Bárbara: (desviando o olhar, com um leve sorriso no rosto) "Você beija bem."

Davi: (rindo baixinho) "Você também não fica atrás. Acho que a gente devia ter feito isso há muito tempo."

Ela sorriu, sentindo o calor subir até seu rosto. Apesar da confiança que sempre mostrava, Davi a desarmava de um jeito que nenhum outro rapaz havia feito antes. O coração dela estava acelerado, e o silêncio entre eles parecia confortável agora, como se as palavras fossem desnecessárias.

Davi: (quebrando o silêncio, olhando diretamente para ela) "O que acontece depois daqui, Bárbara? A gente finge que isso não aconteceu?"

Ana Bárbara olhou para ele, seus olhos buscando respostas no rosto de Davi. Ela sabia que aquele momento havia mudado tudo, e não queria que aquilo fosse apenas um flerte de uma noite.

Ana Bárbara: (balançando a cabeça lentamente) "Não, eu não quero fingir que isso não aconteceu. Mas também não quero pressa, sabe? Vamos deixar as coisas fluírem."

Davi: (sorrindo, compreensivo) "Sem pressa, então. Só... a gente."

Eles se olharam por mais alguns segundos, e a tranquilidade que sentiam era reconfortante. Não havia necessidade de palavras grandes, apenas a promessa implícita de que algo verdadeiro estava começando ali.

No acampamento, o clima entre Lucas e Ana Laura estava ficando cada vez mais íntimo. Sentados próximos um do outro, Lucas continuava com seu jeito descontraído, mas seus olhos diziam mais do que as palavras que saíam de sua boca. Ana Laura, sempre mais reservada, começava a relaxar ao lado dele.

Lucas: (brincando, mas com um sorriso cheio de segundas intenções) "Você sabe que eu sempre gostei do seu jeito, né? Meio séria, mas com esse humor afiado. Acho fascinante."

Ana Laura: (rindo, mas sem desviar o olhar) "Sério? Achei que você preferisse as garotas mais... óbvias."

Lucas: (balançando a cabeça) "Talvez no passado, mas você tem algo diferente. E eu... eu gosto disso."

O sorriso de Ana Laura se alargou. Lucas sempre soube como usar as palavras, mas havia uma sinceridade no olhar dele que a fazia se sentir especial. Ela sabia que ele era um flertador nato, mas ali, naquele momento, algo parecia mais genuíno.

Ana Laura: (provocando) "Cuidado, Lucas. Se continuar assim, eu vou começar a achar que você tá falando sério."

Lucas: (se aproximando lentamente) "E se eu estiver?"

Ana Laura sentiu o ar se tornar mais denso, e seu coração acelerou. Ela sempre mantinha o controle, mas Lucas tinha uma maneira de mexer com ela de uma forma que poucos conseguiam. Os dois ficaram em silêncio por um momento, enquanto ele se inclinava lentamente, seus lábios se aproximando dos dela. O momento parecia suspenso no tempo, e antes que ela pudesse reagir, seus lábios se encontraram.

O beijo foi lento, quase experimental no início, como se ambos estivessem testando os limites. Mas à medida que a intensidade crescia, Ana Laura percebeu que estava se entregando ao momento, permitindo-se sentir algo que há muito tempo ela mantinha guardado.

Do outro lado da fogueira, Maju e Portela ainda estavam próximos, mas o silêncio entre eles começava a ser preenchido por uma nova dinâmica. Portela, sempre brincalhão, havia adotado um tom mais suave com Maju. Ele notava o nervosismo dela e fazia questão de respeitar seu espaço, mas estava claro que havia algo no ar.

Maju: (tentando disfarçar o nervosismo) "Você acha que as coisas vão ficar estranhas depois desse fim de semana?"

Portela: (sorrindo) "Estranhas? Não sei... você acha que deveriam?"

Maju: (olhando para ele, séria) "Acho que tudo pode mudar. As pessoas podem mudar, sabe?"

Portela olhou para ela por um momento, percebendo que Maju estava se referindo a mais do que apenas o acampamento. Ele respirou fundo, tentando encontrar as palavras certas para acalmá-la.

Portela: (com um tom gentil) "A gente não precisa deixar nada mudar de um jeito ruim. Eu tô gostando de como as coisas estão entre a gente... e eu acho que você também."

Maju sorriu timidamente, o rosto esquentando ao perceber o que ele estava insinuando. Portela sempre tinha um jeito de deixá-la confortável, e a sinceridade dele a fazia se sentir segura. Ela olhou para ele, percebendo que talvez fosse hora de deixar suas inseguranças de lado.

Maju: (baixando a cabeça, mas depois erguendo os olhos) "Eu tô. Eu só... não quero estragar nada."

Portela: (com um sorriso suave) "Você não vai estragar nada, Maju. Aliás, acho que você tá fazendo tudo ficar melhor."

O sorriso que ele deu para ela era reconfortante, e, pela primeira vez naquela noite, Maju se permitiu relaxar completamente. Portela estendeu a mão e, de maneira cuidadosa, entrelaçou os dedos nos dela. Maju sentiu um arrepio percorrer sua espinha, mas dessa vez, era um arrepio bom, cheio de expectativa.

Enquanto a noite avançava, os casais, agora mais conectados, começavam a se dispersar para suas barracas. As conversas estavam mais suaves, e o som da fogueira morrendo lentamente criava uma atmosfera de paz.

Ana Bárbara e Davi retornaram ao acampamento, ambos com sorrisos cúmplices nos rostos. Eles trocavam olhares como se compartilhassem um segredo, algo só deles. Do outro lado, Lucas e Ana Laura, ainda se recuperando do beijo, estavam mais próximos do que nunca, rindo de pequenas coisas e trocando provocações. Já Maju e Portela seguiam de mãos dadas, sem pressa, com um carinho crescente que os unia.

O acampamento, antes cheio de risadas e brincadeiras, agora estava envolto em uma nova atmosfera, uma mistura de expectativa, descoberta e desejo. O fim de semana estava longe de terminar, e cada um deles sabia que essa viagem ainda traria muitas surpresas.

Esse capítulo explora ainda mais as conexões que estão se formando entre os casais. A intensidade dos sentimentos cresce conforme a noite avança, e cada um deles começa a se permitir sentir algo mais profundo. No próximo capítulo, podemos explorar o dia seguinte e como essas novas dinâmicas se desenvolvem com o amanhecer.

Acampamento do AmorWhere stories live. Discover now