Capítulo 5: O Amanhecer da Mudança

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O sol começou a despontar lentamente no horizonte, espalhando uma luz suave por todo o acampamento. As primeiras horas da manhã ainda estavam envoltas em um frio leve, mas o calor do novo dia prometia aquecer a todos. Dentro das barracas, os casais, cada um em sua própria jornada de descobertas, se preparavam para o que viria a seguir.

Ana Bárbara acordou lentamente, os olhos piscando para se acostumar à luz suave que começava a invadir a barraca. Ao seu lado, Davi ainda dormia profundamente, sua respiração calma e regular. Ela o observou por um momento, uma mistura de tranquilidade e excitação preenchendo seu peito. Era a primeira vez que ela se permitia estar tão próxima de alguém de maneira tão pessoal, e a sensação era estranha, mas boa.

Ana Bárbara: (sussurrando para si mesma) "Como a gente chegou aqui?"

Ela sorriu ao lembrar dos momentos da noite anterior, do beijo no riacho e de como tudo parecia certo, como se aquele fosse o próximo passo natural entre eles. Davi, sentindo o movimento ao seu lado, abriu os olhos lentamente e sorriu ao vê-la.

Davi: (voz sonolenta) "Bom dia."

Ana Bárbara: (rindo baixinho) "Bom dia. Dormiu bem?"

Davi: (espreguiçando-se) "Com você aqui, como não dormiria?"

Ana Bárbara revirou os olhos, mas não conseguiu conter o sorriso. Era difícil não se sentir bem com a maneira descontraída de Davi. Ele tinha um jeito de fazer tudo parecer leve, e ela adorava isso nele.

Enquanto isso, na outra barraca, Lucas e Ana Laura estavam em uma situação completamente diferente. Lucas, que normalmente era o primeiro a acordar, estava deitado de costas, os braços atrás da cabeça, olhando para o teto da barraca com um sorriso no rosto. Ana Laura, por outro lado, estava de costas para ele, ainda fingindo dormir, seu coração batendo forte.

Ana Laura: (pensando consigo mesma) "Por que eu tô nervosa? Não foi a primeira vez que beijei alguém..."

Mas havia algo em Lucas que a deixava mais vulnerável. Ele era confiante, brincalhão, mas, ao mesmo tempo, havia mostrado uma faceta mais séria, e isso a pegou de surpresa. Ela não queria admitir, mas estava começando a gostar mais dele do que esperava.

Lucas: (virando-se para ela, baixinho) "Você tá acordada, né?"

Ana Laura abriu os olhos e suspirou, sabendo que não conseguiria fingir por muito tempo. Ela se virou para encará-lo, os olhos semicerrados.

Ana Laura: (tentando parecer indiferente) "Talvez. Por que?"

Lucas: (sorrindo) "Porque eu queria saber se você também ficou pensando no nosso beijo a noite inteira."

Ana Laura sentiu o rosto esquentar, mas manteve o olhar firme em Lucas, tentando não demonstrar o quanto as palavras dele a afetaram. Lucas se aproximou devagar, seus olhos fixos nos dela.

Lucas: (baixinho) "Foi só um beijo, mas... você não sai da minha cabeça."

Ana Laura, sempre reservada, sentiu-se desarmada. Lucas estava sendo sincero, e isso a deixava sem defesas. Sem saber o que responder, ela se aproximou dele, encostando sua testa na dele, em um gesto silencioso de aceitação.

Na última barraca, Maju e Portela estavam entrelaçados em um abraço suave. Maju, ainda meio adormecida, sentia o calor do corpo de Portela a envolvendo. Eles não haviam dito muito um ao outro desde que se deitaram, mas a proximidade entre eles era reconfortante.

Portela acordou primeiro, observando Maju enquanto ela dormia. Ele sorriu, sentindo uma tranquilidade rara, algo que não costumava experimentar com frequência. Ela, tão tímida e cuidadosa, havia conquistado seu coração de uma maneira inesperada.

Portela: (pensando em voz baixa) "Como você faz isso comigo, Maju?"

Maju, como se tivesse ouvido, abriu os olhos devagar e encontrou os dele. O silêncio entre eles foi preenchido por uma ternura mútua. Ela sorriu suavemente, ainda sonolenta.

Maju: (voz baixa) "Bom dia."

Portela: (sorrindo de volta) "Bom dia, dorminhoca."

Maju corou, ainda um pouco envergonhada, mas não desviou o olhar. Eles permaneceram em silêncio por alguns minutos, apenas aproveitando a companhia um do outro. Para Maju, o simples fato de estar ali, tão próxima de Portela, era um passo gigantesco, e ele parecia entender isso.

Portela: (suave) "Você tá bem?"

Maju: (com um sorriso tímido) "Tô. E você?"

Portela: (acariciando o rosto dela) "Melhor impossível."

Com o amanhecer, o acampamento começou a ganhar vida novamente. O som dos pássaros e a leve brisa matinal traziam uma nova energia ao grupo. Depois de alguns minutos, os casais saíram de suas barracas, um por um, trocando olhares cúmplices e sorrisos discretos.

Ana Bárbara e Davi foram os primeiros a se aproximar da fogueira apagada, seguidos por Lucas e Ana Laura, que conversavam baixinho entre si, e, por último, Maju e Portela, que vinham de mãos dadas, um gesto simples, mas que não passou despercebido pelos amigos.

Davi: (alongando-se) "Alguém tá com fome? Porque eu tô morrendo de fome!"

Lucas: (rindo) "Você sempre tá com fome, cara!"

O grupo riu, e a atmosfera leve e descontraída voltou a tomar conta. Mesmo com tudo o que havia acontecido na noite anterior, a amizade entre eles permanecia forte. Era como se a intimidade compartilhada tivesse aproximado todos ainda mais.

Ana Bárbara: (olhando ao redor) "Quem vai se arriscar a fazer o café da manhã hoje?"

Portela: (levantando a mão) "Eu e Maju podemos tentar. Já tô devendo uma, depois do churrasco da noite passada."

Maju: (sorrindo timidamente) "É, acho que posso ajudar dessa vez."

Com todos colaborando, o café da manhã começou a ser preparado, e a conversa fluiu naturalmente. No entanto, cada troca de olhares, cada sorriso, tinha um significado diferente agora. O que antes era apenas amizade estava evoluindo para algo mais profundo, e cada um dos casais sabia que, a partir dali, as coisas não seriam mais as mesmas.

Enquanto o sol subia mais alto no céu, os amigos se preparavam para um novo dia de aventuras. Caminhadas, brincadeiras e momentos de descontração os aguardavam, mas, no fundo, todos sabiam que o fim de semana no acampamento estava mudando suas vidas de maneiras que eles ainda estavam começando a entender.

Esse capítulo começa a explorar como os acontecimentos da noite anterior influenciam as dinâmicas entre os personagens. O dia seguinte traz novas perspectivas e sentimentos em cada casal, mostrando que o que começou como uma viagem entre amigos está se transformando em algo muito mais profundo. Podemos continuar desenvolvendo essas relações e as descobertas que vêm com elas no próximo capítulo.

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