🥀Capítulo 22

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Sina Deinert

Puta merda, eu estou grávida. Eu estou grávida, há 2 semanas e pelos meus cálculos, eu engravidei na viagem que a gente fez no final de semana, com certeza foi na hidromassagem ou depois dela. Enquanto a Heyoon pula pelo seu quarto de alegria, eu estou sentada em cima da tampa do vaso com os dois testes na mão em choque, minha ficha ainda não caiu. Meu Deus, eu ainda tenho que contar ao Noah, aos nossos amigos e aos meus pais, essa é a parte mais difícil, chegar na frente dos meus pais e dizer que eu estou grávida, principalmente na frente do meu pai, ainda mais com toda a situação lá em casa.

– Você não está feliz, Sina? – Heyoon coloca a mão no meu ombro –

– E-eu não sei – Gaguejo e começo a chorar –

– Esse choro é de felicidade? – Heyoon me abraça –

– Eu não sei. Eu estou com medo Yoon – Me afasto dela e ela enxuga as minhas lágrimas –

– Eu imagino Sina. Agora é se acalmar e depois contar ao Noah

– Será que ele vai gostar da notícia? – Me levanto e saímos do banheiro –

– Pelo que eu pude perceber hoje, o Noah realmente gosta de você, com certeza vai amar a notícia

– Porra, ele vai ter um jogo importantíssimo semana que vem

– Você pode contar depois do jogo

– Eu não vou aguentar guardar isso por tanto tempo

– Podemos fazer assim, amanhã você faz o exame de sangue e depois a gente compra algumas coisa para você fazer uma surpresa para ele

– Tá bom. Posso dormir aqui hoje? Não quero ir para casa desse jeito

– Claro que pode, Si. Vou pegar um pijama para você

***

Eu acordei com o meu celular tocando várias vezes, atendi a chamada sem ver quem era, deve ser importante para estar me ligando desse jeito, porém era melhor eu não ter atendido era o meu pai me ligando para perguntar o porquê de eu não aparecer em casa desde ontem a tarde e não ter passado o meu aniversário com a minha família, só falei que estava na casa da Heyoon e que já estava indo para casa. Quando ele vai entender que eu já tenho 21 anos e não preciso ficar falando o que eu faço durante o dia inteiro e agora grávida. Deixei uma mensagem para o Heyoon e fui no laboratório fazer o exame de sangue para aproveitar que eu estava de jejum, segundo a moça da recepção daqui a 2 dias o meu exame fica pronto, tomei café da manhã numa padaria perto de casa e já me preparando psicologicamente para entrar na minha casa, que agora eu já não sinto mais o sentimento de casa nela.

– ISSO SÃO HORAS DE CHEGAR EM CASA SINA – Respira fundo Sina –

– Bom dia pai, são 9 horas. Não está tarde e nem tão cedo assim

– ONDE VOCÊ ESTAVA PORRA? – Entro em casa e vejo a minha mãe no sofá –

– Já disse, na casa da Heyoon. Bom dia mãe

– Casa daquela japonesa? Eu duvido

– Ela é coreana e eu estava sim na casa dela

– Se eu descobrir que você estava com aquele moleque

– Vai fazer o que, hein? – O desafio aumentando o tom de voz –

Quando eu menos espero, meu pai vai para cima de mim, pai não, porque se ele fosse meu pai não iria fazer isso, fecho os olhos e me encolho já esperando o tapa, mas não sinto nada porém escuto o estalo. Abro os olhos e vejo que a minha mãe ficou na frente e recebeu o tapa do verme.

– TÁ MALUCO PAI?!

– Sai da minha frente Alex – Ele empurra ela fazendo com que ela caia no chão –

– Não toca nela – Minha mãe fala com a voz firme e ele começa a rir –

– Cala a boca Alex. Ela não pode sair num dia e voltar no outro

– Eu tenho 21 anos, não preciso ficar falando o que eu estou fazendo em 1 e 1 minuto

Minha mãe levanta do chão devagar, eu limpo as minhas lágrimas e eu vejo o cara que um dia eu chamei de pai se aproximando de mim, saio da frente para que ele não me bata, mas ele só passa por mim bufando e sai de casa. Corro até a minha mãe e vejo seu rosto vermelho com as marcas dos dedos dele.

– Mãe, vamos na delegacia agora

– Não – Olho para ela sem entender –

– Como não mãe? Faz dias que ele te trata como um lixo e hoje bateu em você

– E-eu não posso Sina, me perdoa – Respiro fundo e a abraço –

– Eu estou vendo apartamento para a gente, eu vou te tirar daqui

– Não filha, vai você viver a sua vida. Sei lidar com ele, fiz e faço isso há muito tempo

– Como assim?

– Talvez um dia você saberá – Ela solta essa bomba e vai para o seu quarto –

– Mãe, volta aqui

Antes de eu ir atrás dela, pego alguns gelos e coloco um pano envolta, vou para o quarto dela e a vejo chorando.

– Aqui o gelo mãe e me explique o que você disse – Sento ao seu lado –

– Não é a primeira vez que isso acontece

– Mas eu nunca vi

– Eu nunca deixei que você visse Sina. Você era apenas uma criança, mas na sua adolescência ele parou e eu acreditei que ele tinha mudado

– Não mudou mãe, você tem que denunciar

– Não posso minha filha, eu não posso

– Então eu denuncio ele – Ela começa a negar várias vezes e chora mais ainda –

– Você não pode, me perdoa por isso Sina mas eu não posso fazer isso



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Amanhã estará disponível no meu perfil um conto de sinosh, especial Halloween

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