Despedidas

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𝑲𝒂𝒕𝒉𝒍𝒆𝒆𝒏 𝑹𝒊𝒄𝒉𝒂𝒓𝒅𝒔𝒐𝒏 𝑺𝒘𝒂𝒏

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𝑲𝒂𝒕𝒉𝒍𝒆𝒆𝒏 𝑹𝒊𝒄𝒉𝒂𝒓𝒅𝒔𝒐𝒏 𝑺𝒘𝒂𝒏

A manhã se despedia do silêncio da noite, mas o dia não parecia disposto a trazer luz ou calor. Nuvens espessas, como mantos pesados, cobriam o céu cinzento, fazendo com que a cidade parecesse um retrato desbotado.

Eu observava pela janela do meu quarto, sentindo um nó na garganta ao ver as gotas de chuva escorrendo pelo vidro. O cheiro de pinho molhado invadia o ar. Era um aroma que sempre me fazia sentir-me viva, mas agora parecia um lembrete amargo de tudo o que deixaria para trás.

Enquanto eu pegava minha mala, acabei deixando escapar algumas lágrimas, misturando-se com a leve chuva que caía lá fora. Eu suspirei, dando leves batidinhas em meu rosto. Lissa adentrou meu quarto, enrolando um cachecol em seu pescoço; seu semblante também era triste.

— Está pronta? 
— Sim. —Termino de fechar minha mala. —Estão todos prontos? 
— Sim. Só estamos esperando por você. 

Assinto e pego minha mala; saímos do quarto em silêncio. 
Agora estávamos na reserva dos Quileutes, a chuva já havia parado. Aproveitamos para tomar café da manhã todos juntos. Ver meus lobinhos e amigos interagindo alegremente fazia meu coração ficar aquecido. 
Infelizmente, tudo o que é bom dura pouco e agora tínhamos que ir. Abraço meu padrinho mais uma vez. Afasto-me de Billy, sorrindo triste; ele acariciou meu rosto com um sorriso suave.

— Não desapareça de novo, sempre mantenha contato! 
— Sim, senhor. — Sorri e encarei Sam. 
— Precisa ir mesmo? 
— Sim. — Sorri triste. 
— Coma direitinho, você estava tão magrinha!— Meu padrinho advertiu-me. 
— Talvez tenhamos que mandar sempre comida para a academia. —Seth sugeriu, fazendo todos rirem. 
— Por favor! Meu buchinho ficaria muito agradecido. — Peter falou empolgado. 
— Cadê o Paul? — Pergunto. Não o vi desde que cheguei à reserva. 
— Ele ainda está irritado pelo fato de você levar o sangue-suga. — Quil disparou, e Embry deu um tapa na nuca do mesmo. 
— Oh... eu vou procurá-lo. 
— Não demore muito. — Lissa me alertou, e eu concordei. 

Caminhei um pouco pela reserva, tentando não tropeçar nos galhos. Maldita hora que inventei de usar saltos! Vejo Paul sentado em uma pedra na entrada da floresta.

— Não ia se despedir de mim? — Me aproximo, aconchegando-me na jaqueta
— Foi mal... Não sou muito bom em despedidas. 
— Eu sei. — Me sentei ao seu lado. 
— Você vai ficar bem? E se ele te machucar de novo? 
— Não se preocupe, tenho vários protetores lá. Christian seria o primeiro a acabar com ele... mas cá entre nós. — Me aproximei dele como se fosse contar um segredo. — Minha mãe mataria ele primeiro. — Digo isso e ele ri. 
— Você vai voltar, não é? 
— É claro que sim! Vocês não irão se livrar de mim tão cedo. — Sorri e o abracei. — Eu preciso ir. 
— Iremos sentir sua falta. 
— Eu também.

Voltamos de mãos dadas até onde o restante estava, aproveito o calor de suas mãos para me aquecer naquela manhã fria. Despedir-me novamente de cada um, Seth e Quil já estavam aos prantos, abraçados a Peter.

— Não esqueça de nós, viu!? 
— Não exagera, Embry! — Ri. 
— Iremos sentir sua falta aqui. — Sam sorriu
— Também irei sentir falta de vocês, principalmente desses tanquinhos. Posso tirar uma foto antes de ir? 
— Mamãe! 
— Kath!
— Kath!

Peter, Christian e Mason chamaram minha atenção enquanto os rapazes riam.

— Pode tirar, eu não me incomodo. — Paul deu um sorriso sacana, e Jared empurrou seu ombro, rindo.

Entrei no carro e acenei para todos, mas antes Sam pediu para esperarmos.

— O que foi? 
— Íamos esquecendo. — Paul entregou uma caixinha para nós. 
— É simples, mas é uma forma de vocês se lembrarem de todos nós. — Seth explicou.

Abri a caixinha e vi alguns cordões com o pingente de lobo, um para cada.

— É lindo! — Lissa exclamou maravilhada. 
— Meninos, não precisava! — sorri
— Por favor, aceitem. — Sam insistiu. 
— Obrigado. — Christian sorriu, colocamos e nos despedimos. 
— Adeus, tanquinhos sarados. — Lissa comentou, escorando sua cabeça na janela enquanto tocava seu cordão. 
— Ei! Também temos os tanquinhos sarados. — Christian falou chateado. 
— Mas não tem o mesmo bronzeado dos Quileutes. 

Os rapazes reviraram os olhos e rimos. 
Depois de uma despedida bastante chorosa entre meu pai, Peter e eu, nos despedimos dos Cullens e fomos em direção à academia São Vladimir. 
Iria no carro de Jasper com Peter. 
Não sabia o porquê, mas sentia que logo voltaríamos para Forks.

Seja o que Vladimir quiser! Adeus, Forks; olá de novo, São Vladimir.

Seja o que Vladimir quiser! Adeus, Forks; olá de novo, São Vladimir

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O Filho de Jasper Hale (𝑹𝒆𝒆𝒔𝒄𝒓𝒆𝒗𝒆𝒏𝒅𝒐)Onde histórias criam vida. Descubra agora