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Contém erros ortográficos.
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O amanhecer trazia consigo um ar de renovação. A neve acumulada da noite anterior começava a derreter sob os primeiros raios de sol, deixando o chão úmido e revelando pequenas manchas de grama. Violet se levantou devagar, ainda sonolenta. Ela havia passado a noite inquieta, as palavras de Rhysand ainda dançando em sua mente. Havia algo em seu interior que parecia agitado, como se o simples ato de respirar a lembrasse de uma inquietação que não conseguia entender.
No andar de baixo, Lúcia já estava acordada, ocupada com suas ervas e poções, mas com a mente em outra parte. Desde o momento em que ela viu Violet usando aquele colar, sentiu algo estranho. Algo que lembrava o passado. Ela sabia que precisava descobrir mais.
Violet desceu, atraída pelo cheiro suave do chá que Lúcia preparava. O ambiente estava tranquilo, mas carregado de uma tensão silenciosa, como se houvesse uma conversa esperando para acontecer.
“Bom dia,” disse Violet, sua voz ainda rouca do sono.
Lúcia olhou para ela, um sorriso sereno nos lábios. “Bom dia, Violet. Durmiu bem?”
“Mais ou menos,” Violet admitiu, se aproximando e sentando-se ao lado de Lúcia. Havia algo na bruxa mais velha que sempre a tranquilizava, mas dessa vez, ela sentia que Lúcia estava com algo na mente. “Tenho me sentido... diferente. Como se algo estivesse crescendo dentro de mim.”
Lúcia assentiu, olhando profundamente nos olhos de Violet. “Você carrega um poder muito maior do que imagina, minha querida. E esse poder não pode ser ignorado.”
Violet ficou em silêncio, absorvendo as palavras. Ela sabia que havia algo diferente nela, algo que a fazia se destacar dos outros lobos, mas nunca conseguiu entender o que era.
“Desde quando você começou a perceber isso?” Lúcia perguntou, sua voz suave, mas firme, como se estivesse conduzindo Violet a uma revelação importante.
“Eu sempre soube que havia algo de errado,” começou Violet, hesitante. “Sempre senti essa... força dentro de mim. Mas recentemente, parece mais forte. Como se algo estivesse tentando sair, algo que eu não sei controlar.”
Lúcia suspirou, fechando os olhos por um breve momento. Ela conhecia bem essa sensação — o poder que corria nas veias de Violet era um eco de um poder que ela já havia sentido antes. Um poder que uma vez pertencia a sua filha, Elysia.
“Você é muito mais do que uma loba, Violet,” disse Lúcia, quebrando o silêncio. “Seu poder vem de algo muito mais antigo, mais profundo. E você precisa aprender a controlá-lo.”
Violet franziu a testa. “Mas como? Eu nem sei o que isso é.”
Lúcia se levantou, andando lentamente até a janela e observando o sol que começava a brilhar mais forte. “Há algo em você, algo que é parte da sua linhagem. Sua mãe biológica... ela também tinha esse poder.”
Violet ficou em choque. “Minha mãe? Mas... Elara me disse que ela morreu quando eu era bebê.”
“Sim, sua mãe biológica morreu, mas antes de partir, ela deixou um legado em você. Você herdou os poderes dela, e eles estão apenas começando a se manifestar. A loba dentro de você... ela carrega algo especial.”
Lúcia sabia que não podia revelar tudo de uma vez. A verdade sobre quem era a mãe de Violet e o que isso significava ainda era muito para ser dito agora. Mas ela sabia que precisava guiar Violet no controle de seus poderes, ou as consequências poderiam ser catastróficas.
“Violet, quero que confie em mim,” Lúcia disse, virando-se para encará-la. “Eu vou te ajudar a controlar esses poderes, mas você precisa estar disposta a aprender e a entender a sua verdadeira natureza.”
Violet hesitou, mas no fundo sabia que essa era a resposta que procurava há tanto tempo. “Eu confio em você. O que eu preciso fazer?”
Lúcia se aproximou novamente, estendendo a mão para segurar a de Violet. “Vamos começar pelo básico. A loba dentro de você está conectada ao seu emocional, e se você não conseguir controlar suas emoções, não poderá controlar sua transformação.”
“Isso é o que sempre me disseram, mas nunca soube como realmente fazer isso,” Violet admitiu, frustrada.
“Respire fundo, Violet,” Lúcia orientou. “Vamos tentar uma técnica simples. Feche os olhos e sinta sua respiração. Deixe a loba dentro de você despertar, mas não a deixe tomar o controle. Você é quem manda.”
Violet fez o que Lúcia pediu. Fechou os olhos e tentou se concentrar em sua respiração. No começo, era difícil — seu coração acelerava, sua mente ficava caótica. Mas lentamente, com a voz suave de Lúcia guiando-a, ela começou a sentir algo diferente. A loba estava ali, logo abaixo da superfície, mas dessa vez, não parecia incontrolável. Havia uma conexão, algo que ela conseguia tocar, mesmo que levemente.
“Isso,” Lúcia encorajou. “Sinta o poder, mas mantenha-o sob controle. Não lute contra ele, apenas o guie.”
Violet respirou fundo novamente, e por um breve momento, sentiu que conseguia segurar a transformação. Era uma sensação poderosa, mas ao mesmo tempo, calma. Como se a força que sempre a assustou estivesse finalmente sob seu controle.
Ela abriu os olhos, surpresa consigo mesma. “Eu consegui... por um momento, eu consegui.”
Lúcia sorriu, orgulhosa. “É só o começo, Violet. Você tem um longo caminho pela frente, mas esse é o primeiro passo. Com o tempo, você vai aprender a controlar completamente essa força.”
Violet sentiu uma onda de esperança. Pela primeira vez, ela acreditava que poderia controlar seus poderes, e isso a encheu de determinação. Mas ao mesmo tempo, uma pergunta ficou no fundo de sua mente.
Quem era sua mãe biológica? E o que mais ela herdou dessa misteriosa mulher?
Lúcia, por outro lado, olhou para o colar de Violet novamente, sentindo que as respostas que ambas procuravam estavam mais perto do que imaginavam.
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Olhar nos olhos de um lobo é como contemplar a vastidão da natureza, onde a beleza e a ferocidade se encontram em perfeita harmonia.
ASS:Nyssa🐺