𝐌edo. Um sentimento que persegue Priya Maverick desde jovem, após ter nascido em um dos lugares mais podres que poderia existir. A vida no subterrâneo das Muralhas era a pior, sendo considerado o lugar mais pobre e horrível de se viver, em um local...
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atenção: abuso sexual passado; assédio sexual; violênciadoméstica; morte; prostituição de menores;roubo e acusação de roubo.
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A primeira vez que Priya Maverick foi tocada, ela tinha oito anos. Ela ainda consegue se lembrar daquela noite terrível vividamente. Ela lembra das mãos sujas tocando-a, da maneira que o homem a elogiava e a xingava sempre que ela tentava pará-lo, ela também se lembra do depois, de como seu pai a espancou por não ser uma "boa garota" para aquele homem nojento, porque ele havia pagado muito para tê-la.
Aquela foi a primeira vez que Priya foi levada.
A primeira vez dela, sendo tirada de uma maneira tão horrível e mesmo tendo se passado tanto tempo, Priya ainda não consegue esquecê-la, não quando aquele homem volta noite após noite para levá-la, não quando ela conseguia sentir as mãos invisíveis em seu corpo a cada momento. Aquela era uma sensação que não sumia e que Priya Maverick acha que nunca irá esquecer.
Ela tinha onze anos quando viu aquele homem nojento ser espancado no meio da rua por um garoto, que parecia apenas alguns anos mais velho que ela. Priya se lembra daquela noite como algo bom, ela viu alguém que não conhecia, defendê-la de uma forma que ninguém fez por ela antes, bem quase ninguém.
Priya se lembra de observar o garoto chutar o homem com raiva, ela se lembra de apenas o observar, até que sua mãe a puxou pelo braço e a levou para dentro do bordel mais uma vez. Ela nunca descobriu o nome daquele garoto, mas vez ou outra, Priya o via andando por aí nas ruas sujas do subterrâneo.
O homem ser espancado, não o impediu de voltar mais vezes ao bordel, contudo, ele parecia sempre hesitante. Aquele mesmo garoto, às vezes passava pela frente do bordel, mais de uma vez e sempre que ele passava, o homem que tirou sua virgindade não aparecia, em vez disso, seu pai a vendia para outros, era um ciclo sem fim e infernal, que Priya vivia desde o seu nascimento.
