𝑺𝑼𝑺𝑺𝑼𝑹𝑹𝑶𝑺 𝑫𝑨 𝑴𝑬𝑵𝑻𝑬 ღ ʲᵘˡᶦᵃ ⁿᵒᵗᵗ

ღ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ ₁₁

Eu ainda podia sentir meu coração batendo acelerado, o calor em minha pele e o gosto do desejo nos nossos beijos. Diego me olhava com aquele sorriso preguiçoso e satisfeito, seus olhos ainda brilhando na penumbra do carro. Um silêncio confortável se instalou entre nós, e eu percebi que precisávamos de um pouco de ar fresco depois do que acabamos de compartilhar.

— O que acha de irmos até o mar? — sugeri, minha voz soando como um sussurro cheio de expectativa.

Diego arqueou uma sobrancelha, um sorriso malicioso se formando em seus lábios. — Você está me convidando para um mergulho noturno, pelados? — ele perguntou, uma faísca de travessura em seus olhos.

Eu assenti, mordendo o lábio para conter um sorriso. — Só nós dois, sob a luz da lua e a brisa da noite... O que me diz?

Ele não precisou de mais nenhum incentivo. Diego se mexeu, abrindo a porta do carro e saindo, logo estendendo a mão para me ajudar a sair também. Quando nossos pés tocaram a areia fria, sentimos a leveza do momento. Sem dizer uma palavra, entrelaçamos nossos dedos olhando envolta vendo a praia totalmente vazia.

Com um sorriso divertido no rosto, começamos a correr juntos em direção ao mar, o vento da noite acariciando nossas peles fazendo nossos cabelos avoarem com o vento gélido e os sons das ondas nos chamando. Entramos na água, que estava surpreendentemente morna, e senti um arrepio de liberdade, como se o oceano lavasse tudo o que sentíamos naquela noite.

A água envolvia nossos corpos, e cada movimento fazia as ondas acariciarem nossa pele, como se fossem cúmplices do desejo que ainda vibrava no ar. Senti Diego me puxar para mais perto, nossas peles se tocando, quentes apesar da brisa fresca da noite.

Ele segurou meu rosto, os dedos deslizando suavemente pelo meu queixo, e me deu um beijo terno, diferente de todos os outros daquela noite. Era mais calmo, carregado de carinho e intimidade. Me senti leve, como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido, restando apenas nós dois, sob as estrelas e o som das ondas quebrando ao nosso redor.

— Eu poderia ficar aqui para sempre — murmurei contra seus lábios, sorrindo ao sentir suas mãos deslizarem para minha cintura, me puxando ainda mais para ele.

Diego sorriu, aquele sorriso que eu já conhecia tão bem, mas que agora parecia ter um brilho diferente. — A praia é meu lugar favorito — ele respondeu, a voz dele tão baixa que se misturava com o som do mar.

Sem pensar muito, ele me girou na água, fazendo com que minhas costas ficassem contra seu peito enquanto nos balançávamos com o movimento suave das ondas. Eu ri baixinho, sentindo a liberdade de estar ali com ele, nus e vulneráveis, mas ao mesmo tempo tão fortes e conectados.

— Só nós dois, nesse mar infinito — murmurei, olhando para o horizonte iluminado pela lua.

Diego beijou meu ombro, deslizando os lábios até meu pescoço, e eu fechei os olhos, me entregando àquela sensação única, quase mágica. Sentia que aquela noite seria uma lembrança que guardaria para sempre, uma noite onde o mar era testemunha de algo mais profundo do que apenas desejo. Era conexão, era entrega, era liberdade.