premonição

12 3 0
                                    

Simone

Simone estava imersa em um profundo sono, envolta por um manto suave de escuridão que a transportava para um mundo além do tempo. Em seu sonho, a luz emanava, criando um ambiente acolhedor e sereno. O ar estava impregnado com o doce perfume das flores, e o suave canto dos pássaros preenchia o espaço como uma melodia suave. Era como se o próprio universo estivesse sussurrando segredos de tempos passados.

Ela se encontrou em um campo vasto, onde as flores dançavam ao vento, pintando o cenário com cores vibrantes. À distância, uma figura conhecida começou a se aproximar. Era sua mãe, uma presença que irradiava amor e calor. Simone sentiu seu coração acelerar ao reconhecer os traços familiares, o sorriso doce e os olhos cheios de compreensão. Sua mãe estava vestida com um lindo vestido branco que flutuava suavemente, como se tivesse sido feito de nuvens.

“Simone,” a mãe chamou, sua voz suave como uma brisa de primavera. “Estou tão feliz que você está aqui.”

Simone correu em direção a ela, as lágrimas escorrendo pelo seu rosto, uma mistura de saudade e alegria. Quando a abraçou, sentiu uma onda de conforto a envolver, como se todos os seus medos e ansiedades fossem dissipados pela presença da mãe. “Eu senti tanto a sua falta,” Simone disse, sua voz embargada. “Não sei como lidar com tudo isso sem você.”

“Eu sempre estarei com você, minha querida,” sua mãe respondeu, afastando uma mecha de cabelo do rosto de Simone. “Você é mais forte do que pensa. A vida está cheia de mudanças, mas cada uma delas traz novas oportunidades.”

Enquanto falavam, a cena ao redor delas começou a mudar. O campo se desfez, e agora estavam em uma pequena casa de campo, repleta de lembranças. As paredes eram cobertas com fotos de momentos compartilhados, risos e histórias contadas ao redor da mesa. O calor da lareira preenchia o ambiente com uma luz dourada, e o som do crepitar da madeira parecia criar uma sinfonia acolhedora.

“Lembre-se dos momentos bons,” a mãe disse, olhando para as fotos com um sorriso nostálgico. “Ainda há tanta beleza à sua frente.”

Simone sentiu uma onda de nostalgia, lembrando das tardes passadas com a mãe, fazendo biscoitos e contando histórias sob as estrelas. “Eu gostaria de poder ter mais tempo,” ela sussurrou.

“Você tem que viver cada dia plenamente, Simone. O que você deseja, o amor,  está mais perto do que imagina. Permita-se sentir, abrir seu coração,” sua mãe aconselhou, com um olhar encorajador. “Você deve aproveitar este momento, filha,” ela incentivou. “O amor pode surgir de maneiras inesperadas.”

A cena começou a mudar novamente, e Simone percebeu que o campo e a casa estavam se desfazendo como uma pintura sendo apagada. Ela tentou se agarrar à imagem de sua mãe, mas as cores começaram a se misturar, e a luz do sonho parecia estar se dissipando.

“Não vá,” Simone implorou, seu coração apertando-se. “Mãe, eu preciso de você.”

“Eu estarei sempre com você, Simone. No seu coração e nas suas lembranças,” sua mãe respondeu, sua voz agora distante, mas cheia de amor. “Abrace o que está por vir. O amor está à sua espera.”

Com essas palavras, a luz do sonho se apagou, e Simone acordou em sua cama, os raios do sol filtrando-se pela janela. O mundo real a envolveu, mas a sensação de amor e esperança ainda permanecia em seu coração. Ela estava prestes a embarcar em uma nova jornada.

Naquele dia, enquanto se preparava para enfrentar o mundo, Simone sentiu-se mais forte, mais viva. As lembranças de sua mãe ainda estavam frescas em sua mente, e com isso, um sorriso brotou em seus lábios.

Ela se espreguiçou e levantou da cama, seus pés descalços tocando o chão frio. O aroma fresco do campo entrava pela janela, trazendo consigo o perfume das flores silvestres.

—Vou fazer tudo hoje!— para si mesma

Após uma rápida ducha, Simone vestiu uma camiseta branca e uma calça jeans confortável. Ela olhou-se no espelho e arrumou o cabelo colocando um chapéu de palha para se proteger do sol.

Ela desceu as escadas correndo, sentindo a adrenalina pulsar em seu corpo. Na cozinha, preparou um café da manhã simples, mas delicioso: pão com manteiga e uma xícara de chá.

Depois de terminar o chá, Simone pegou uma garrafinha de água, seu celular. Saindo de casa, ela caminhou até o cercado onde o gado estava. Ela notou que a cerca do pasto novo estava um pouco danificada.

—Ah, não! Preciso consertar isso antes que eles saiam!

Simone correu até a cerca, tentando avaliar os danos. Ao se aproximar do local, seu coração disparou. Uma parte da cerca estava caída, e ela sabia que, uma parte do seu gado tinha escapado para fazenda vizinha.

— Isso não pode estar acontecendo agora! Hoje era para ser um dia perfeito!”

Ela começou a mexer na cerca, mas estava tão nervosa que suas mãos tremiam. Ao tentar levantar uma das estacas, ela escorregou e caiu, fazendo um barulho alto.

— O que foi isso? — gritou Luiz, um dos criados, correndo em sua direção.

— Inferno! — Simone disparou, levantando-se com dificuldade.

— Você deveria ter pedido ajuda!

— Eu não pedi sua opinião! — Simone retrucou, furiosa. — Vocês foram contratados para quê ? e agora está aqui, apenas olhando!

[...]

A luz do sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados, enquanto Soraya e Janja estavam sentadas à sombra de uma grande árvore na entrada da fazenda. O cheiro da terra  e o canto dos pássaros criavam uma atmosfera tranquila, perfeita para uma conversa.

— Eu não sabia o quanto sentia falta disso — disse Soraya, sorrindo. — A fazenda tem um jeito especial de me fazer sentir em casa.

Janja, com um olhar compreensivo, respondeu: — Eu entendo. Às vezes, a correria da cidade nos faz esquecer do que realmente importa. Aqui, tudo é mais simples e verdadeiro.

Enquanto as duas conversavam, um som de cascos se aproximou, rompendo a tranquilidade do momento. Uma figura montada em um cavalo de pelagem negra apareceu, sua postura era séria, mas seu olhar era suave. Era Simone, que se aproximou com confiança.

— Olá — cumprimentou, com um tom firme, mas gentil.
— Desculpem interromper, mas eu preciso falar com seu Roger. Alguns gados fugiram  para suas terras e vim pedir permissão pra pegar de volta.

Simone a observou com curiosidade, percebendo que não se conheciam. Janja, reconhecendo a prima, sorriu e acenou.

— Soraya, essa é minha prima, Simone... Ela está de volta à fazenda depois de um tempo.

Simone olhou para Soraya, seu semblante suavizando.
— Prazer , Espero que sua volta esteja sendo boa. A fazenda tem um jeito especial, não é?

— É verdade — respondeu Soraya, boquiaberta com a beleza da sua vizinha, de quem tanto falou. — ...Estou amando... cada momento.

—  Ótimo, então, se puderem, gostaria que chamasse seu Roger  — continuou Simone, passando a mão pela crina do cavalo.

Janja, sempre animada, respondeu: — Claro! Vamos falar com seu pai Sol e organizar tudo. Não se preocupe, Simone.

[...]

*Autora*

Oi, gente! Bom fiquei sem atualizar pois estava estudando para um concurso 😭

Enfim...

Espero que estejam gostando! Amanhã tem mais.


Ahh não foi revisado... Se tiver algum erro me avise! 😉
Boa noite!

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Fazenda alvorada | simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora