9 anos atrás...
Eu poderia estar em qualquer lugar, mas estava na casa dos Warner. Todos ali choravam e se lamentavam, ninguém me novata - talvez por eu estar em um canto qualquer com o celular na mão, é realmente difícil prestar atenção em mim - Senti um arrepio e ergui minha cabeça pra cima vendo Ethan. Maldita hora que eu decidir vim pra essa casa. Ao lado dele Erick se apoiou e logo me encarou com uma cara nada boa, ele parecia irritado com alguma coisa. Os dois não se pareciam fisicamente, Ethan tinha cabelos castanhos, olhos azuis, tinha aproximadamente 1,90 de altura. Já Erick era um pouco diferente, seu cabelo era preto, os olhos verdes que puxou da mãe, e à altura 1,94.
—— Narvik? —Ethan perguntou com um sorriso genuíno.
—— Olá, Ethan. Faz um tempo que eu não vejo você. — Sorri. Ele desceu as escadas e logo se sentou ao meu lado.
—— Então, como anda a vida? Lembro de você pequenina brincando com o Erick...
—— O quê? — Pergunto duvidosa. — Eu não me lembro do Erick na minha infância, só me lembro de você
—— Isso é estranho, Erick passou a maior parte da sua infância do seu lado, mas vocês eram muito novos, esquecer disso é normal. — Ele acariciou minha bochecha. — Ainda sim, ele lembra de tudo
—— Podemos não falar do seu irmão? — Digo rindo.
—— Claro, princesa — Ele sorriu ladino. — Como vai a vida amorosa? Continua indo um desastre?
—— Nem tanto, digamos que está equilibrada! — O encaro. — Não acha que é meio inapropriado conversar sobre isso enquanto acontece um velório?
—— É melhor eu ir, estou sentindo os olhos do Erick perfurando o meu crânio. — Ele fez um sorriso e logo se despediu. Dei um aceno para ele.
—— Me encontra no jardim. — Escutei a voz rouca de Erick, mas ao olhar pra cima ele já não estava mais lá. Notei seu terno preto e seus cabelos bagunçados andando em direção à saída.
O segui rapidamente, meus olhos vagaram por todo salão, e notei meu pai me olhando. Henry poderia ser um pai bem rígido quando bem queria, porém de certa forma ele era liberal. Fiz gesto que iria pra fora tomar um ar e ele assentiu. Ao sentir a brisa do ar pela minha pele, coloquei minhas tranças para trás deixando meus ombros expostos. Erick se encontrava sentado do outro lado do jardim, ele estava sentado em um banco com as pernas totalmente abertas.
Como ele chegou ali tão rápido?
Fui em passos rápidos até ele, e logo travei ao ver que ele estava ereto. Totalmente duro, aquela merda é enorme.
—— Ele não é uma boa pessoa pra você, você sabe muito bem disso.
—— Não pedi a sua opinião em nenhum momento sobre as pessoas que eu me envolvo.
Uma risada escapou dos lábios dele e logo em seguida ele me puxou fazendo eu cair sentada em seu colo. Quis sair porém ele apertou minha cintura pressionando minhas nádegas em sua ereção.
—— Não seja tão rude assim, mi hermosa. — Ele me pressionou ainda mais fazendo com que minha intimidade pulsar. — Eu quero foder você.
—— Estamos no velório do seu pai, e você não está nenhum pouco triste? — Olhei por cima do ombro e vi que seus olhos estavam presos na maneira que estava sentada nele. — Está tendo pensamentos impuros com a garota que viu crescer? Que coisa feia, Rik.
Dei um gritinho ao sentir um tapa na bunda. Ele então me colocou sentada de frente para ele. O vestido que eu usava estava preste a rasgar por conta do esforço que eu fazia para deixar minhas pernas abertas.
—— Isso não importa, quero sentir sua boceta em volta do meu pau. — Ele sorriu malicioso me puxando para um beijo. Desviei o rosto saindo do seu colo.
—— Eu não sou a Loren, Erick. Que faz de tudo para ter o mísero da sua atenção.
{ . . . }
Os dias estavam ficando totalmente diferentes. Papai deixou-me na casa de pessoas estranhas, ele entrava em uma sala e demorava horas em uma reunião. Dois garotos me encaravam todos os dias que eu vim nessa casa. E hoje não foi tão diferente, eles não falavam, muito menos pediam para eu ir brincar com eles quando estavam no jardim. A casa parecia um grande palácio, de certa forma eu tinha medo daquela casa. Uma grande casa marrom.
—— Eu estou dizendo a verdade, Ethan! — O garoto de cabelos pretos disse. — A professora quer foder comigo.
—— Você é só uma criança querendo transar e perder a virgindade com uma pessoa mais velha. — Ethan riu.
A pequena brecha aberta da quadra de basquete que havia naquela grande casa era o único jeito que eu tinha para tentar me aproximar deles, mesmo que isso seja apenas para escutar as conversas alheias.
—— Perde a virgindade com aquela menininha que vem aqui em casa todos os dias com o pai dela. — Ethan sugere.
Arregalo os olhos dando um passo para trás prendendo a respiração.
—— Ela é uma criança. — Erick diz.
Acabei deixando a porta abrir um pouco, e quando os dois estavam olhando, sai correndo pelos corredores sombrios daquela casa. Um medo se instalou dentro de mim e quando notei estava em uma parte da casa que nunca vi antes. Um salão grande o suficiente para uma apresentação de ballet. Sorri vitoriosa por ter encontrado um lugar tão bom nessa casa. Comecei a me movimentar de acordo com a música imaginária na minha cabeça.
Fechei meus olhos sentindo o momento, meus pés saíram do chão quando eu dei um pulo, meus pés escorregaram pelo piso liso de madeira, uma dor terrível se instalou na minha perna e eu caí. Abri os olhos e provavelmente eu torci meu tornozelo. Maldita hora que isso aconteceu. Um par de sapatos pretos pararam na minha frente. Ergui o olhar vendo um homem, ele tinha cabelos pretos bem penteados para trás, seu olhar transmitia confiança. O terno estava bem passado, porém ele não era rico. Dava pra ver da forma que ele se comportava.
—— Está área é proibida. — Ele disse com as mãos no bolso.
—— Eu não sabia... Sinto muito mesmo.
—— Seu pai já está esperando você no carro.
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The Dark Side of Love
FanfictionNarvik Dorsey com sua ambição pelo perigo, e sua paixão pelo seu (ex) melhor amigo faz com que ela se torne uma pessoa totalmente diferente quando se muda pra Nova Iorque deixando tudo para trás em Miami. Erick Warner é o significado de problema e p...