❥~ você já olhou para alguém e pensou , UAU Deus deve me odiar, porque ele gastou tanto tempo com elas e comigo ficou com preguiça.
Catie Turner - God must hate me. Cidade de Maputo.
1 anos depois: 2016.
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___________________________________ Sentada na cama há meia hora, sonolenta, esperando Ava terminar de se arrumar. Eram 5:45 da manhã e todos nós entramos no mesmo horário. Estudamos em escolas diferentes, mas tenho certeza de que, se Allan estivesse na mesma escola que eu, ele acabaria com todo mundo que zombava de mim e Ava também. A situação na escola não está nada agradável e, em qualquer lugar, não está realmente melhor. Agora que já tive meu tempo de luto, sou obrigada a conviver com pessoas. Eu odeio a raça humana.
── Ava, por favor, despacha-te ── reviro os olhos, resmungando.
── Espera aí um minuto ── Ela passou o gloss em seus lábios e virou-se para mim ── Já está. Podemos ir. Não vejo a hora de ficares vaidosa.
── Pegue uma cadeira e senta, isso não vai acontecer tão já.
Antes que Ava pudesse responder, alguém bate à porta.
── Quem é? ── indagou Ava.
── O Papai Noel, é Allan. Despachem-se.
Uma risada leve escapuliu da minha boca. ── O mano não gosta nada de acordar cedo.
── Ele é um miserável, rabugento ── anunciou Ava.
── Miserável é o seu cu, agora saiam desse quarto. Vamos nos atrasar ── resmungou Allan.
Pego a mochila e saio do quarto; Ava me segue e saímos de casa para o ponto.
── Gostaria tanto de ter um motorista particular ── Ava comentou.
── Eu confesso que também odeio transporte público ── bufo.
── Não se preocupem, daqui a dois anos terei 18. Vou comprar um carro e não vamos passar por isso ── os lábios de Allan esboçaram um sorriso leve e ele assentiu.
── Ava explode em uma gargalhada alta e sua respiração fica ofegante ── Sonhar é de graça.
── Se não te mato, é porque mãe ficará triste ── Allan declarou entre dentes.
── É porque você me ama, confessa ── Ava piscou o olho em sua direção. Allan deu um meio sorriso e assentiu negativamente.
── Nós nos amamos todos ── digo empolgada e os abraço.
Eles retribuem o abraço.
Estamos dentro do transporte; estou no colo de Allan e quase adormeço.
