Prolongo.

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O que atinge um, pode atingir a todos aqueles que conspiram junto consigo. As mesmas ideias, os mesmos costumes.

Que irritante.

Dividir o quarto com o meu irmão gêmeo é desafiador as vezes, sendo o mais novo por 17 minutos milagrosos da nossa existência, Boruto Uzumaki, eu mesmo, sou conhecido por irmão do meio.

Ou apenas como o "Gêmeo do Kawaki".

Certo que isso não o dá privilégios, mas ao meu ver ele tem muito mais que eu e nossa irmã menor juntos. Ele se dá bem com o papai, ganha os melhores presentes, é considerado o melhor capitão do time de vôlei, além de sempre ser um faz tudo que todo mundo gosta.

E eu? Sou um zé rico que a maior parte dos nossos amigos em comum diz para ser como o meu "irmãozão". A Himawari também tem toda essa atenção, a princesinha da família, uma cagueta de plantão que está pronta para dedurar você caso queira aumentar seu tom de voz, um pouco, para fazê-la entender o certo e o errado com seus plenos 12 anos de idade.

As vezes eu acho que as broncas do papai são piores a que as da mamãe, talvez seja pelo fato dele quase nunca estar em casa, então pode doer mais. Pelo menos para mim é assim. Naruto Uzumaki, um grande nome, sobrenome. Meu pai é conhecido por todos como um grande inovador de armamentos tecnológicos, podemos dizer que ele ganha milhões com isso, e muitos milhões. Me canso apenas de listar todos os ganhos da nossa família em luxo. Um negócio passado em geração à geração da nossa família, sendo o próximo sucessor; Kawaki Uzumaki.

— Acordem ou vão se atrasar! – Algumas batidas na porta de nosso quarto são escutadas apenas por mim, que já estava acordado.

Quando sentei-me na cama e olhei a minha esquerda, vi meu irmão dormindo como um ogro irritante. Seu ronco era tão alto que talvez eu tenha pena de sua futura esposa.

— Acorda, Usuratonkachi! – digo em voz alta, o vendo sentar na sua cama. – Bom dia, elefante. Dormiu bem?

— Vai se foder, Boruto. – Vejo Kawaki se levantar, apenas usando um short como única peça, até malhando ele ganha de mim. – Se quiser tomar banho, pega o banheiro do lado.

Então ele entrou no banheiro do nosso quarto. Sentindo meu corpo esquentar pela raiva, peguei minha toalha e me direcionei ao toalete do corredor.

Bom cada metro da nossa casa exalava luxúria. Nós tínhamos nosso motorista particular, estudávamos em rede privada e além do mais propagandas, comerciais, produtos entre outros com nossos nomes. KBH, é uma sub empresa criada pelo Naruto para divulgar nossos produtos internos; Roupa, jóias, entre outros. Não que tenhamos produtos, mas ele pode criar tudo.

— Boruto, acorda sua irmã para mim! – Minha mãe passou pelo corredor ao meu lado, quando eu estava em de frente a porta do banheiro. Resmunguei baixo e desci as escadas.

O quarto da Himawari ficava do outro lado da casa, precisamente quase perto do quarto dos meus pais. Digamos que 5 quartos de hospedes antes. Consequentemente o quarto dela é o maior de todos, o meu aparenta ser pequeno pois divido com meu irmão gêmeo, algo que tento mudar desde ano passado, já que estamos nessa situação até segunda ordem da mamãe. Ao olhar dos meus pais, nosso laço de irmãos tende a florescer. — Muito ruim. Somos forçados a dividir quarto desde pequenos, tantas coisas que eu já vi e escutei dele, tantas encrencas, brigas, ex-ficantes, e o maior quarto continua sendo o da Deusa Hima.

Quando abri a porta, observei penteando seus fios de cabelo, chegavam até o ombro praticamente. Ela está crescendo a cada dia que se passa. Isso é tão assustador.

— Pensei que estava dormindo... – falei baixo, me encostando na batente da porta. Ela continuou arrumando o cabelo. – Escuta, quando foi que seu cabelo cresceu tanto?

— Como assim? – Ela me perguntou confusa, soltando a escova e indo em direção a sua mochila em cima da cama. – Você ainda não tomou seu banho, Boruto!

Quando lembrei-me desse fato, arregalei os olhos e corri até o banheiro mais próximo, ao lado do quarto dos meus pais. Nunca me arrumei tão rápido na minha vida, — na verdade já, nos atrasamos todos os dias, mas quem liga? Aliás minhas notas estão ótimas nesse primeiro bimestre e já é o último ano do ensino médio, não faz mal. Fiz 18 anos em março, eu e o Kawaki.

Ao colocar meu uniforme e descer a mais de mil com pressa, notei ao relógio pontuando sete da manhã, pelo menos teria trinta minutos para tomar um café da manhã tranquilo. Ou não. Tudo é muito bem limpo, meu pai contrata duas vezes na semana alguém para limpar a casa para mamãe, só não todos os dias por ela achar um exagero claro, afinal... é a mamãe.

Sentei a mesa da cozinha, quase todos reunidos, faltava apenas uma pessoa...

— Mãe, o papai já... – Vi uma figura se aproximar da mesa, com um terno bem passado e sob medida pela melhor casa de costura do nosso país.

— Bom dia. – Ele despejou um beijo na cabeça de Himawari e logo se sentou entre a mamãe e o Kawaki. – Como estão todos?

Todos responderam em uníssono que estavam bem, uma conversa de quinze minutos, um café da manhã de quinze minutos. No final, apenas nos levantamos para nos despedirmos e começar nosso trajeto a escola. Mas tinha algo que eu queria perguntar a tanto tempo, que reuni forças do além e a coragem para conseguir.

— Aí pai! – Chamei sua atenção. – Será que podíamos... – Kawaki se meteu a minha frente, sobrepondo sua voz.

— Pai, eu tenho que está a qual horário na empresa para o treinamento? – Ele perguntou tão feliz. Meu irmão estava sendo treinado para assumir o negócio da família Uzumaki depois que se formasse na escola e faculdade. Não era uma tarefa fácil, mas nunca sentaram e conversaram comigo sobre isso.

— Ás dezesseis, acho que é esse horário já tenha acabado as aulas de vocês, certo? – Ele não sabe nossos horários de aula – Esse horário pode ser? – Nossas aulas acabam ás dezessete.

— Ah, sim... Posso pedir para sair mais cedo! – Kawaki sorri, então apenas reviro os olhos e acompanho a Hima até a saída da cozinha.

Que merda.

— Ah, Boruto! – Ele me chamou, virei meu corpo para observa-lo – O que você queria?

— Nada não, pode deixar para lá! – Eu iria fazer sozinho o trabalho. – Tchau, Tchau! – um trabalho sobre profissões.

A ideia era trabalhar nisso com pesquisa, eu iria à empresa, na verdade só faltava o meu pai. Eu queria que ele pudesse me conceder uma entrevista, mas ele vai estar ocupado com o Kawaki.

De novo.

— Ei, se liga! – Quando entramos no carro, Kawaki sacou seu celular e me mostrou uma foto. Posso estar exagerando, mas é a garota mais linda que meus olhos poderiam enxergar. – Essa é a Sarada, ela é neta do senhor Madara, conheci ela em um dos treinamentos que o papai me levou!

— Se é a neta do senhor Madara, então ela é filha do senhor Sasuke? Mas nós nunca a vimos. – Franzi a sobrancelha e peguei seu celular para ver mais de perto.

— Ela disse que é bem reservada, mas que estaria mudando para nossa escola semana que vem. O que você achou? – Linda.

— Vai me apresentar à ela?

— Apenas quando ela aceitar ser a minha namorada. – Ele sorriu, quando eu iria rebater, alguém puxa o celular das minhas mãos.

— Ela é muito bonita para você, Kawaki – Himawari disse analisando a foto da Sarada de todos os modos. – Talvez ela mereça coisa melhor.

— Cala a boca sua mimadinha! – Observei os dois brigarem pelo celular do preferido.

Algo na minha mente diz que eu deveria ficar feliz pelo meu irmãozão, mas uma parte pequena, lá no fundo, do fundo, fundo, do fundo, me afirma que pode ser até interessante. Não que eu queira ser um irmão fura olho, mas ainda assim... O Kawaki não é mais o único que a viu.

The Brother's Girl - BoruSara Onde histórias criam vida. Descubra agora