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Eu a observei se afastar, seu corpo tenso, os passos rápidos, como se quisesse sair da minha presença o mais rápido possível. Estefânia era diferente de todas as outras pessoas que eu já conheci. Não havia submissão em seu olhar, não havia sequer medo - apenas raiva. Ela era uma chama, uma que eu sabia que poderia me queimar se eu não tomasse cuidado, mas não me importava. Na verdade, era isso que me fascinava.

Assim que ela virou a esquina e sumiu de vista, me encostei de volta no carro, um sorriso surgindo no meu rosto. Estefânia estava lutando contra mim, mas mal sabia ela que isso só a prendia ainda mais nos meus pensamentos. Cada palavra áspera, cada recusa... Era como um convite para eu continuar. Ela me desafiava de um jeito que ninguém mais fazia, e eu não conseguia parar.

Voltei para o meu carro e fiquei lá, parado por alguns minutos, pensando no que havia acabado de acontecer. Ela não tinha idéia do quanto eu sabia sobre ela, do quanto eu já estava envolvido em sua vida. Eu a conhecia mais do que ela imaginava. Desde a primeira vez que a vi naquela cafeteria, soube que não poderia deixá-la escapar. Fiz tudo o que sei fazer de melhor: segui cada pista, obtive cada informação. Eu sabia dos seus horários, sabia dos lugares que frequentava, sabia até mesmo de algumas coisas do passado dela que a faziam se esconder, que a faziam ser quem era.

Eu tinha me tornado um predador, e ela era minha presa. Mas não se tratava apenas de dominá-la. Estava começando a perceber que Estefânia despertava algo em mim que eu não conseguia nomear. Talvez fosse a raiva que ela mostrava tão facilmente, uma raiva que eu sentia desde minha infância, uma emoção que eu conhecia bem. Talvez fosse a forma como ela me encarava, sem medo, como se eu fosse apenas mais um homem tentando tomar algo dela - e ela nunca permitiria isso.

Eu ri, pensando no quanto eu deveria parecer um maníaco, encostado ali no escuro, obcecado por uma mulher que nem sequer sabia quem eu realmente era. Mas eu estava disposto a mudar isso. Ela ia me conhecer, e eu faria parte da vida dela, de uma maneira ou de outra.

Peguei meu telefone e liguei para Namjoon. Ele era o único que entenderia essa situação, a única pessoa que eu confiava. Ele atendeu após alguns toques, sua voz carregada de preocupação.

- Onde você está, Jhope? Não está fazendo algo estúpido, espero.

Namjoon sempre soube como eu era, e sempre tentava manter minha cabeça no lugar, especialmente depois de tudo o que passamos recentemente.

- Relaxa, Nam. Estou bem.

Menti, olhando para o escuro à minha frente.

- Eu só precisava falar com você sobre algo. Essa garota... Estefânia. Ela está mexendo comigo de um jeito que eu não consigo entender.

Houve um momento de silêncio do outro lado da linha antes de Namjoon falar novamente, a voz mais baixa.

- Jhope, você sabe o que está fazendo? Porque, pelo que me diz, parece que está cruzando uma linha que talvez não consiga voltar.

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⏰ Última atualização: 7 hours ago ⏰

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