Capítulo 8

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Lorde Maegon Strong estava sentado em seu solar, a coruja Aurion empoleirada próxima, quando o mensageiro real entrou, trazendo duas cartas seladas com a cera do Trono de Ferro. Ele pegou a primeira com certa relutância, reconhecendo o selo do Rei Aegon III. Maegon franziu o cenho ao abrir a carta, lendo a proposta para que assumisse o cargo de Mestre dos Sussurros no Pequeno Conselho. O convite, embora prestigioso, o incomodava profundamente; a ideia de ter que mudar de Harrenhal para Porto Real e viver naquele ninho de víboras, onde o que importava para todos era obter apenas mais e mais poder, não era algo que o atraía.

Ele já estava pronto para ignorar o pedido, mas a segunda carta chamou sua atenção. O selo da Rainha Jaehaera o fez hesitar. Maegon sempre teve grande estima por Jaehaera, uma das poucas que o acolhera em sua infância. Ao ler suas palavras, percebeu que fora ela quem sugerira seu nome ao rei, e não Aegon. Ela explicava com cuidado a importância de ter alguém leal e habilidoso em uma posição tão delicada e confiava que ele poderia proteger o reino de ameaças internas.

Tocado pela consideração de Jaehaera, Maegon refletiu por um longo momento, antes de finalmente tomar uma decisão. Relutante em servir ao rei, mas incapaz de negar um pedido da rainha, ele aceitou o convite. O jovem Lorde Strong enviou sua resposta ao rei, informando que assumiria o cargo no Pequeno Conselho, guiado por sua lealdade à Rainha Jaehaera.

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Desde que Jaehaera fora coroada rainha, a corte estava em constante mudança. Com o poder absoluto em suas mãos, ela decidiu que era hora de moldar a corte ao seu gosto. A primeira ação de Jaehaera foi organizar uma seleção para escolher novas damas da corte. Ela queria cercar-se de mulheres leais, mas também tinha um plano mais astuto em mente.

No grande salão, as candidatas se alinhavam, ansiosas e nervosas. Jaehaera observava cada uma com olhos críticos, ao lado de sua co-cunhada Daenera, que parecia alheia às intenções ocultas da rainha.

— Princesa Daenera — começou Jaehaera com um sorriso suave —, pensei em presentear você com algumas damas da corte. Sei que você tem se sentido solitária ultimamente.

Daenera sorriu, surpresa e grata pela gentileza aparente de Jaehaera.

— Vossa Graça, a senhora é muito generosa. Isso seria maravilhoso.

Jaehaera acenou para o mestre de cerimônias, que começou a chamar as candidatas uma a uma. A rainha fazia perguntas triviais, mas seus olhos buscavam sinais de astúcia e lealdade. Após uma longa seleção, ela escolheu um grupo de damas que, aos olhos de todos, pareciam perfeitas para servir na corte.

— Estas são as escolhidas — anunciou Jaehaera, com um sorriso que não alcançava os olhos. — Algumas delas serão suas, Daenera. Espero que você as trate bem.

Daenera agradeceu, sem perceber que as damas escolhidas eram, na verdade, espiãs leais a Jaehaera. A rainha sabia que, para manter seu poder, precisava estar sempre um passo à frente. E assim, com um movimento calculado, ela garantiu que teria olhos e ouvidos em todos os cantos da corte.

Logo após a seleção, um mensageiro chegou à Fortaleza Vermelha, trazendo uma adaga envolta em um tecido de veludo. Jaehaera recebeu o presente com curiosidade e admiração. A lâmina era obra-prima dos ferreiros reais, com detalhes intrincados e um brilho mortal.

— Magnífico — murmurou Jaehaera, enquanto examinava a adaga. — Agradeço aos ferreiros pelo excelente trabalho.

Daenera, observando a cena, não pôde deixar de sentir uma pontada de inquietação. A rainha estava sempre um passo à frente, e cada movimento seu parecia calculado e preciso.

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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