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O despertador tocou, quebrando o silêncio da manhã. Abri os olhos lentamente, a luz do sol entrando pelas cortinas. Me espreguicei, sentindo cada músculo do corpo acordar comigo. O cheiro do café fresco que minha mãe
fazia invadia o quarto, trazendo uma sensação de conforto e lar.

Após alguns minutos de luta com a preguiça, me levantei e fui até o banheiro. Olhando no espelho, eu vi minha cara toda amassada e cabelos bagunçados. Depois de escovar os dentes e arrumar meus cabelos, eu vesti meu uniforme -uma blusa branca e uma calça azul- e meu tênis branco "de guerra".
Entrei na cozinha e vi minha mãe servindo o café na mesa.
-Bom dia, querida!- disse minha mãe Fernanda- com um sorriso, enquanto servia o café em uma caneca colorida. -Pronta para mais um dia?

-Acho que sim- Falo rindo fraco pela preguiça, pegando uma torrada e pensando no dia que me aguardava. As aulas de matemática sempre me deixavam confusa, mas hoje era diferente; eu estava determinada a entender tudo -ou não.

Terminei de comer minha torrada e me levantei, pegando minha mochila vermelha com tudo o que eu precisava para o dia.
Pego meu celular e vejo que já são 06:36 da manhã, meu ônibus geralmente passa pelas 06:45 da manhã, então decido já ir descendo a pé até o ponto.
Olho para minha mãe, que estava fazendo algo no celular e tomando café e falo:
-Tchau mãe! Se cuida!- Falo e dou um aceno para ela que sorri e apenas fala um "se cuida".
Meu pai provavelmente ainda estava na cama, então apenas saio, sem querer acordar ele.
Desço o morro da minha casa até onde geralmente o ônibus para, e pego meu celular esperando.
Depois de alguns minutos vejo ele parando na minha frente, as portas se abrem, juntamente com a escada, então subo e me sento em um banco vazio, hoje tinha poucos estudantes dentro do ônibus.
Enquanto o automóvel se movimenta, eu não parava de pensar na minha viagem para o Rio de Janeiro, eu sei que estou pensando muito nisso, mas estou praticamente indo realizar um sonho, então estou muito animada do que está por vir.

Na escola, enquanto caminhava pelos corredores lotados, avisto minhas novas amigas. Elas estavam na entrada da sala de aula, falando sobre um show que aconteceria na cidade.

-Você tá animada?-perguntou Gabriela, olhando pra mim com olhos brilhantes.
Esse show seria bem no dia em que eu iria viajar, então acho que nem vou ir, mas nem tô muito animada pra show.
-Acho que nem vou, vou viajar- Falo fingindo desânimo.

Elas ergueram a sobrancelha e apenas
concordaram com a cabeça.
Depois de alguns minutos, o sinal ecoa pelos ouvidos de todos, nos fazendo entrar na sala.

O professor de matemática entra pela porta e se senta, colocando seus óculos e preparando-se para a aula.
Eu pego meu caderno e meu estojo, abrindo e pegando algumas canetas.
O professor inicia sua aula com entusiasmo e eu volto toda a minha atenção sobre o quadro, copiando cada palavra.

[...]

As aulas passaram lentamente, mas consegui me concentrar melhor do que esperava. Mesmo na aula de matemática, onde o professor falava sobre funções quadráticas — um assunto que sempre me deixava confusa — eu fiz anotações cuidadosas e me esforcei para entender, até porque meu futuro só depende de mim.

Após as aulas, era hora do estágio, mas estava faminta de fome. Então passei na padaria e comprei um pão de queijo para comer enquanto ia até meu estágio.
Depois que saí da padaria, eu caminhei até a empresa onde trabalhava como estagiária, com minha mochila nas costas. O escritório era pequeno, mas cheio de vida; as pessoas conversavam animadamente sobre projetos enquanto o cheiro de café fresco pairava no ar.

Me sentei em minha cadeira macia com rodinhas e liguei o computador, indo ver o que precisava fazer hoje.

[...]

Passei a tarde organizando documentos e ajudando meus colegas com tarefas simples. Eu gostava de estar aqui ajudando e aprendendo ao mesmo tempo.
Quando eu olho no relógio, já está acabando meu horário, então me levanto e desligo tudo, fechando a sala.
Saio da sala vendo todos saindo e seguindo até a portaria, indo embora da empresa.
Vejo José, o guarda que cuidava da empresa dia e noite e cumprimento ele, seguindo até a padaria, que é a onde espero meu ônibus novamente.

Me sento na frente da padaria, e aguardo mexendo em meu celular e vendo stories das minhas amigas.

Ontem, quando mandei mensagem pra elas surtando porque iria viajar, elas apenas riram e depois me contaram seu dia.
Elas estavam conhecendo uns garotos na escola delas, Kamila tá bem animada porque fez amizade com um garoto, Marianne, da sua vez conta que tá brava com uns meninos chatos da sala dela.
Quando vejo, o ônibus para e embarco novamente, fazendo o mesmo trajeto para minha casa, que não é muito longe, mas moro afastada do centro.

[...]

Quando finalmente cheguei em casa à noite, senti cada parte do corpo pedindo descanso. Eu tomei um banho quente e me joguei na cama com um suspiro aliviado.
Minha mãe veio no meu quarto me dar boa noite e eu sorri, agradecendo.
Com o celular na mão, comecei a rolar pelas redes sociais antes de dormir; fotos de amigos de infância viajando para lugares incríveis enchiam minha tela.
Depois de um tempo, me cansei e desliguei o celular e as luzes, fechando os olhos para dormir.
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