Capítulo Um

5 1 0
                                    

Bem vindos a essa nova fase de KAZE, quem já leu os capítulos até o 13, peço encarecidamente que esqueça tudo que leu. Pois eu resetei a história, então MUITA coisa mudou - muita coisa mesmo.

Essa versão está mais pesada, mais emocional e profunda, então não espere ver muitos momentos felizes por aqui. Serão poucos, mas haverá - até lá eu espero que vocês sofram e chorem bastante com Aoi e o Kuroi.

Vale ressaltar que é importante se atentar a classificação indicativa e aos avisos de gatilhos:

- Violência gráfica
- Violência sexual
- Abuso físico e sexual
- Homicídio e Genocídio
- Abuso psicológico

Bom, boa leitura a todos, não esqueçam de curtir e comentar pois isso é incentivo para que essa história continua (e dessa vez termine!)

Bom, boa leitura a todos, não esqueçam de curtir e comentar pois isso é incentivo para que essa história continua (e dessa vez termine!)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Capítulo 1




A brisa de fim de verão acariciava o jardim da casa de chá, trazendo o aroma delicado das flores e o som suave das folhas que se agitavam. Kuroi avançava com passos firmes, o tecido escuro de seu kimono flutuando em sincronia com sua determinação. Seus olhos vermelhos, afiados como lâminas, capturavam cada detalhe ao redor, avaliando o ambiente com uma precisão inquietante.

A tensão em seus ombros rígidos revelava o peso invisível das decisões que se aproximavam.

Ao seu lado direito, Sakugawa Kaito o seguia com passos silenciosos, um passo atrás como sempre, a expressão atenta de quem estava pronto para qualquer imprevisto. Seus olhos dourados observavam tudo. 

À esquerda, Kurayami Ren caminhava com uma rigidez que beirava a obsessão, seus olhos vigilantes focados no primo. A distância entre eles não era apenas física — era um abismo de indiferença e antipatia.

A gueixa han'yō os conduzia com uma leveza quase sobrenatural, seus pés mal tocando o chão. O sorriso suave em seus lábios contrastava com a tensão que tremulava no ar, como a corda de um arco prestes a ser disparada. Seus olhos castanhos permaneciam abaixados, subservientes, mas o nervosismo no movimento de suas mãos traía uma inquietação invisível. 

Kuroi, imerso em seus próprios pensamentos, permanecia impassível, seus olhos cravados no caminho à frente. O encontro com Watanabe Ryo resolveria questões de segurança de Osaka, bem como de Nara.

Seu foco, antes implacável, tremeu por um instante quando uma fragrância doce e familiar invadiu o ar ao seu redor — camélias. 

Um perfume que ele reconheceria em qualquer lugar. Sutil o bastante para passar despercebido por outros, mas não por ele. No momento em que aquele aroma tocou seu olfato, uma corrente de eletricidade subiu por sua espinha, fazendo seus músculos tensionarem e seus passos cessarem abruptamente.

Ele parou, como se o próprio tempo tivesse hesitado com ele.

Os olhos vermelhos de Kuroi se estreitaram, a incredulidade açoitava sua expressão geralmente imperturbável. Sua respiração, antes controlada, falhou por um instante, seus ombros largos se enrijecendo como se fossem parte de uma armadura prestes a se quebrar. 

kaze: Entre a luz e a escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora