Prepare-se para acompanhar Luanny, que veio de outros pais, e agora, uma kook que se vê dividida entre dois mundos. Com um pé na rebeldia e outro na vida de privilégios, ela vai encarar provocações, amizades inesperadas e um romance complicado. Ent...
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— O que está achando de Outer Banks até agora? — perguntou Sarah, quebrando o silêncio enquanto entrava em seu quarto.
— Até que estou gostando, mas ainda não conheço muita coisa — respondi, seguindo-a para dentro do cômodo.
— Seu nome é Luanny e? — Sarah levanta a questão, indo em direção a sua cama
— Luanny Meverly. Na verdade era pra ser Luanny Gilbert, mas não sei porque e nem como minha mae deu um jeito de trocar isso — falei, lembrando a questão que estava na minha cabeça
Inclusive isso era uma coisa interessante, esses dias, antes de nós se mudarmos. Vi na bolsa dela um documento, onde aparecia que teoricamente eu troquei meu nome de Luanny Gilbert para Luanny Meverly. Deve ser mais um dos negócios dela, o problema é me meter no meio, como sempre.
— Entendi... E já fez algumas amizades? — perguntou ela, se acomodando na cama e apoiando o queixo na mão, me observando com curiosidade.
— Para ser honesta, nenhuma até agora — admiti, enquanto meus olhos percorriam o quarto, que era lindamente decorado e acolhedor.
— Sério? Então eu sou sua primeira amiga por aqui! — Sarah disse, e a animação em sua voz parecia crescer a cada palavra.
— Parece que sim — respondi, sorrindo de volta para ela, sentindo-me um pouco mais à vontade.
— Vem, pode se sentar aqui comigo. Vamos bater um papo — ela convidou, batendo no espaço vazio ao seu lado na cama.
— Sim, senhora — falei em tom brincalhão, me aproximando e me sentando ao lado dela.
Sentar ao lado de Sarah foi mais fácil do que eu esperava. Havia algo no jeito dela que me deixava à vontade, como se já nos conhecêssemos há tempos. Talvez, afinal, fazer amigos em Outer Banks não fosse tão complicado assim.
Assim que me sentei ao lado dela, Sarah puxou a almofada do seu lado e se acomodou melhor, parecendo disposta a conversar de verdade.
— Então, já ouviu falar sobre kooks e pogues? — ela perguntou, levantando uma sobrancelha com um sorriso curioso.
Eu franzi a testa levemente, tentando lembrar se alguém já tinha explicado aquilo para mim.
— Kooks e pogues? Não muito, só ouvi alguns comentários aqui e ali, mas nada que eu tenha entendido direito — respondi, me encostando mais na cama.
— Bom, aqui em Outer Banks, isso é praticamente o básico pra entender como as coisas funcionam — ela disse, com um tom meio brincalhão. — Kooks são as pessoas como nós, que moram nas áreas mais ricas, têm uma vida boa... cheia de festas, casas grandes, aquele tipo de coisa. E os pogues são o oposto. Gente que mora do outro lado da ilha, geralmente trabalhando pra gente como nós.
